Nightmare Revisited

Após ter assistido a uma apresentação sobre o filme de The Nightmare before Christmas (feita pela Mariana) e eu própria ter apresentado uma análise a um vídeo-clipe da banda Evanescence lembrei-me que não era só a atmosfera dark, o ambiente gótico ou o guarda-roupa e maquilhagem da vocalista que estabeleciam relação com as criações de Tim Burton. Foi algo que me esqueci de mencionar na apresentação, mas que acho bastante interessante. Estou a falar de Nightmare Revisited, lançado no dia 30 de Setembro de 2008, um remake dos temas compostos por Danny Elfman para o filme The Nightmare before Christmas feito por diversos músicos, dos quais destaco artistas como Korn, Flyleaf, Marilyn Manson e claro, Amy Lee dos Evanescence, que pediu especificamente para ficar encarregue da “Sally’s Song”, música que o próprio Danny Elfman confessou ser a sua predilecta, apesar de inicialmente ter sido a que lhe causou mais incertezas visto que a actriz que deu a voz a Sally (Catherine O’Hara) não tinha qualquer formação musical.

Seleccionei uns excertos de uma entrevista em que Amy Lee fala de Danny Elfman, da música e das actuações ao vivo:

“I got to meet Danny Elfman and he is my hero. He was super gracious and awesome to me and invited me over to his house which was incredible. I also did the performance at the El Capitan which was a night in honor of Danny [Elfman]. As part of that, I got to play the song he had written many years ago. It was so awesome to see those worlds collide a little bit because of the movie and Danny Elfman having such an impact on my life. To do that homage and to not do it horribly was really, really great.”

“The coolest thing was there was no input or direction from anyone at Disney or the label. It was a very creative experience. I got to go home and think about it; all the things I loved about the songs and embrace and anything I could add ‘me’ to, the Amy flavor. I knew I wanted to play the harp on it so that was a cool thing for the first time.”

“I was a little conflicted and it was hard. This song was really short in the movie. I had to do something like add the chorus one more time or maybe put a bridge in there. It was something I was thinking about though. I was asking myself ‘was it wrong for me to write a part to the song?’ In the movie and the context of everything, it was a short thought of her thinking. Once I started working on it and that part came out, I loved the part a lot. I felt like I wanted this from the beginning. It was like a climax of the movie, watching her sing her part.”

“I have only heard positive feedback which is cool. I didn’t even realize when I did the song there would be a live performance. I heard later through the grapevine, who knows how reliable that is, that he liked it a lot. They said that he asked for me to be the act to perform at the El Capitan event also and that was flattering. It was really cool after I played the song. He gave me a ‘you nailed it.’ I was really nervous playing the harp parts as it was only my second time playing the harp in front of people and my hands were shaking so bad I thought I wouldn’t hit the notes. The Tonight Show was the very first time playing the hard in front of an audience and I knew that was throwing a lot of extra pressure on myself. I didn’t want to chicken out and not challenge myself.”

Para terminar deixo-vos com o vídeo da actução ao vivo da Sally’s Song no The Tonight Show (10/7/2008 ) e o link da entrevista:

http://thegauntlet.com/interviews/447/Evanescence.html

 

Sara Fernandes

Cyberbullying – ameaça virtual.

Humilhar. Prejudicar. Insultar. Ameaçar. Intimidar. Discriminar. Difamar. Provocar.

Estas são algumas das palavras que podem caracterizar o cyberbullying, que consiste no ataque de uma pessoa a outra utilizando as tecnologias disponíveis com o intuito de humilhar a outra pessoa. Os meios utilizados para este fim podem ser jogos online, redes sociais, e-mails, vídeos, gravações de Mp3, mensageiros instantâneos, ou outros dispositivos tecnológicos, que actuam com uma velocidade superior do que a que teriam no mundo não virtual. Estes meios electrónicos servem para vincular ameaças de morte, envio de vírus, fotografias montadas, comentários ofensivos, acesso a contas de e-mail ou rumores maldosos. Tudo isto com a intenção de humilhar o alvo, insultá-lo e difamando-o. Tal, é uma prática que se vem a alargar devido à ampliação da tecnologia e ao seu fácil acesso. O cyberbullying é algo de bastante preocupante pois afecta a saúde física e mental da vítima, provocando sentimentos de angústia e de depressão, afectando também a aprendizagem. Em casos de extrema violência pode levar ao suicídio, como já aconteceu em Inglaterra, provocando o suicídio de vários adolescentes. Este fenómeno está a tornar-se tão frequente que uma pesquisa da Pew Research informou que em 2007, 32% dos adolescentes tinham sido vitimas de cyberbullying.

Por se processar através de meios tecnológicos, é muito fácil para o agressor se manter anónimo, usufruindo assim das vantagens da tecnologia para se esconder. No entanto, tal não invalida o facto de serem descobertos. Os agressores são normalmente adolescentes ‘sem limites, insensíveis, insensatos, inconsequentes e empáticos’. A vítima não tem uma caracterização específica, tendo muitas vezes medo de contar o que se passa com ela, vivendo aterrorizada. Como o cyberbullying é ainda pouco familiar, os técnicos defendem acções de sensibilização para uma melhor preparação. Em Portugal o cyberbullying é ainda pouco conhecido, no entanto já foram relatados casos por adolescentes que vivenciaram-no.

Este é mais um dos casos em que a tecnologia é mal utilizada, servindo para humilhar, insultar e menosprezar o próximo, em vez de facilitar e inovar a vida das pessoas. Ela pode até facilitar e incentivar este tipo de comportamento, pois o agressor fica anónimo e não tem de enfrentar possíveis consequências, sentindo-se protegidos pela tecnologia. Desta forma, é mais fácil agredir alguém de forma virtual do que no mundo real, ajudando para isso a facilidade de acesso aos meios tecnológicos, espalhando pelo mundo virtual tudo o que possa prejudicar a vitima, desde mentiras a intrigas. A tecnologia serve assim como uma protecção, pois através de um computador ou de um telemóvel ‘qualquer’ pessoa é capaz de ‘tudo’.

 

Cátia Teodoro