Arquivo de Abril, 2011

Os Novos(mini) Filmes: os Videoclips

Os videoclips ou telediscos são filmes de curta duração e em suporte digital na sua maioria, tendo antecedentes directos do cinema. São como que um sinónimo de videos musicais, pois é através da música que mais se “propaganda” videosclips.

As famosas cenas de Gene Kelly em “I’m Singin’ in the Rain” de 1952, são tidas como que os primeiros ‘passos’ dos videos musicais. Contudo, só no ínicio dos anos 60, é que os videoclips começaram a ser mais utilizados, tendo como pioneiros The Beatles, que começaram a gravar-se a cantar, já que não podiam tocar ao vivo em todos os lugares, e estes videos passavam, assim, a ser exibidos na televisão.

A partir dos anos 80, surge a chamada Estética Videoclip, ou seja, os videos musicais desenvolveram uma estética e linguagem própria.

A MTV(Music Television), é um canal de televisão americano, que surgiu em 1981, e que consolidou uma verdadeira nova era musical. As selecções e produções que a Mtv fazia, passaram a ser seguidas por milhares de pessoas em todo o mundo. Os videoclips ganharam, assim, uma nova dimensão. Se nos anos 60, um videoclip era apenas uma banda a tocar e a cantar, hoje em dia é um verdadeiro mini filme, com uma história e com um verdadeiro enredo por trás, com efeitos especiais, já para não falar nos realizadores famosos que direccionam um video musical. Estes videoclips ou mini filmes, como os queiram chamar, são vistos como uma nova arte, na qual se gastam milhões, em apenas 5minutos de video, por exemplo.

Um dos videos mais dispendiosos de sempre.

Inês Oliveira

o cinema

O cinema foi dos primeiros vínculos de passagem de informação existentes, formou e continua  a formar momentos cruciais para o desenvolvimento da arte, como da ciência… em particular da antropologia visual. Ele foi desde sempre vinculador/portador de uma mensagem…  influi na sociedade do seu tempo alterando-o com mensagens explícitas ou subliminares por parte de quem o cria, fazendo o espectador repensar a sua mentalidade, o seu lugar na sociedade, assim como algumas atitudes que porventura tenha. O cinema é assim uma máquina poderosa, uma máquina utilizada para discorrer filosofia por parte de quem realiza os filmes, de quem está no meio, ou seja é um média poderosíssimo que vai alterando a história da Humanidade. O passar da mensagem remonta-nos já ao tempo do cinema mudo em  “O grande ditador”  protagonizado por Charlie Chaplin.. Mas o cinema não funciona apenas numa vertente educativa de pôr em sentido o espectador, ele é de uma função de entretenimento (lúdica), e até de relaxe, quando depois de um dia de trabalho nos apetece espairecer! Estas funções aparecem em uníssono em alguns filmes quando estas duas vertentes convergem (conhecimento e parte lúdica).

Um pouco de história

O cinema é possível graças a invenção do cinematógrafo pelos irmãos Lumiére no final do século 19. Em 28 de Dezembro de 1895 no subterrâneo do Grand Café, eles realizaram a primeira exibição pública e paga do cinema. Os filmes mais conhecidos desta primeira sessão foram “A saída dos operários da fábrica Lumiére” e “A chegada do trem à Estação Ciotat”.

Como forma de registar acontecimentos ou narrar histórias, o cinema é uma arte que geralmente se denomina de sétima arte, desde a publicação do manifesto das sete artes pelo teórico italiano Ricciotto Canudo em 1911. Dentro do cinema existem duas grandes correntes: o cinema de ficção e o cinema documental.

PEDRO POLÓNIO

A perda da aura

Em tempos mais recuados, a única maneira que o público tinha de entrar em contacto com uma obra de arte era precisamente estando na sua presença. Hoje, com o evoluir das técnicas e dos meios de reprodução, a obra de arte consegue chegar até ao público mais improvável. Com o aparecimento da fotografia e do cinema, tornou-se possível reproduzir tecnicamente a obra de arte, separando-a do seu contexto original e libertando-a para novas possibilidades de recepção, pondo-se porém em causa a questão da sua autenticidade. Contudo, se a fotografia e o cinema vieram abalar pela primeira vez este conceito, a Internet veio praticamente destrui-lo, juntamente com aquilo a que Walter Benjamin chama de aura. A aura designa a singularidade de uma obra de arte original, o “aqui e agora” que não se encontram em cópias e a própria reverência que a obra, por ser única, impõe ao observador. A reprodutibilidade arruína esta propriedade – assistimos ao fim do culto ao objecto único e dissolve-se o conceito de autenticidade. A Internet leva ao extremo este problema: sendo possível colocar qualquer obra em rede, ela é susceptível de um número de cópias potencialmente infinito, o que vai afectar o seu valor de unicidade. O mesmo acontece quando um manuscrito é digitalizado, ou quando um museu virtualiza a sua colecção de pintura. Decerto que esta estratégia conseguirá abrir novos caminhos para a produção artística ao levá-la até um novo público mas, por outro lado, leva a que ela perca o seu valor de culto, a sua presença única, enfim, a sua aura. A reprodutibilidade técnica supera este valor – conseguimos ver as pinturas e os manuscritos que sabemos serem os originais, mas não somos capazes de nos aperceber do valor da sua unicidade, ou de que estamos perante algo único, porque a verdade é que não estamos.

Rita Henriques

Os efeitos da reprodutibilidade técnica na obra de arte

Desde sempre foi possível reproduzir a obra de arte. Desde os aprendizes que as copiavam para praticar e melhorar a sua técnica, passando pelos próprios mestres, com o intuito de as divulgarem, até àqueles que, por ganância, as copiavam para praticar aquilo que hoje chamaríamos de pirataria. Contudo, inicialmente, a reprodução da obra de arte era feita manualmente, continuando a ter, apesar de tudo, bastantes limitações em relação ao que hoje conhecemos. De facto, com a ajuda dos novos media, temos hoje a possibilidade da reprodutibilidade técnica da obra de arte. Na obra de Walter Benjamin, são-nos apontados alguns exemplos, tal como o da fotografia e do cinema. Até à chegada da fotografia, era praticamente impossível a reprodução que não fosse manual. A partir do momento em que nos é dada a possibilidade de capturar instantaneamente o mundo à nossa volta, torna-se possível separar a mão da tarefa da reprodução do real e da obra de arte. A fotografia veio tembém, por sua vez, possibilitar o nascimento do cinema. Criado para a reprodução e para o colectivo, este acaba também por vir ajudar à reprodutibilidade técnica da obra de arte, inserindo-a, tal como fez a fotografia, em novos contextos de recepção. Apesar de Benjamin ver bastantes vantagens neste tipo de reprodutibilidade, entre as quais a democratização da arte, que deixa os círculos elitistas para se tornar alcançável por qualquer um, a verdade é que a libertação da obra de arte do seu contexto inicial acaba ao mesmo tempo por causar a perda do seu valor de autenticidade e também da sua aura, ou seja, o “aqui e agora” que só nos é possível experimentar na presença do original.

Rita Henriques

As redes sociais e as relações humanas

Lev Manovich define cinco princípios que orientam e caracterizam os novos media digitais. São eles a representação numérica (os objectos digitais são manipulados por algoritmos e, por isso, programáveis); a modularidade (os objectos têm a mesma propriedade estrutural em diferentes escalas); a automação (graças aos dois primeiros princípios, são susceptíveis de serem programados automaticamente); a variabilidade (são susceptíveis de um número potencialmente infinito de versões) e, por fim, a transcodificação cultural, ou seja, a transformação dos códigos da cultura por acção dos códigos computacionais. Manovich considerava este o princípio com mais e maiores consequências na vida e acção humanas. De facto, a crescente computarização do mundo à nossa volta acabará por nos trazer mudanças inesperadas a nível cultural e social. Um exemplo emergente é o das redes sociais. Inúmeras e espalhadas por toda a Internet, elas permitem um novo tipo de relacionamento interpessoal que se pauta, ao mesmo tempo, pelo distanciamento e pela proximidade. Ao mesmo tempo que tornam possível uma aproximação entre as pessoas nunca antes vista, promovem também um certo isolamento, no sentido em que acabam por tornar dispensável o contacto e interacção reais. Apesar de serem visíveis as vantagens por estas redes oferecidas, quer ao nível do comércio, negócios ou cultura, quer ao nível da simples interacção social, começam-se a questionar as enormes alterações a que podem levar no que toca aos padrões da cultura humana.  Por exemplo, as redes socias acabam por vir ajudar à democratização, funcionando muitas vezes, como vimos no recente caso Egípcio, como uma arma de liberdade, apesar de vir também acentuar o fosso entre os que têm acesso a este meio e os que não têm. Em todo o caso, a utilização de uma rede social para a convocação de uma manifestação revela-nos a mudança de práticas que este novo meio possibilita, e de que Manovich falava.

Rita Henriques

David Crystal, A internet está a mudar a língua? (2010)

David Crystal contextualiza historicamente os efeitos dos média sobre a linguagem, identificando algumas mudanças que as práticas de comunicação mediadas pelas redes electrónicas implicam nos usos da língua. Para Crystal as mudanças trazidas pelos modos de comunicação da internet (conversação em linha; mensagens instantâneas; sms; correio electrónico; mundos virtuais; blogues) não são substancialmente diferentes dos processos de mudança e de interacção entre tecnologia e linguagem que sempre caracterizaram o desenvolvimento e transformação das línguas.  MP

Evgeny Morozov, A Internet na Sociedade (2011)

Esta animação, realizada para a RSA (Royal Society for the encouragement of Arts, Manufactures and Commerce), baseia-se numa palestra de Evgeny Morozov realizada em 2009 sobre os efeitos políticos da Internet. Morozov refere os usos da tecnologia digital e o modo como pode ou não ser instrumento de emancipação e de mudança política. À visão ciber-utópica da internet como instrumento revolucionário de defesa da democracia e dos direitos humanos, Morozov contrapõe os seus usos como instrumento de controlo e de entretenimento. MP

NOTA: ler também o texto de António Rito Silva sobre os argumentos de Evgeny Morozov no blogue Da Tecnologia e das Pessoas.

Identidade do Brasileiro e certificação digital

Nova identidade do brasileiro terá certificação digital
Por Redação do IDG Now!
Publicada em 16 de setembro de 2010 às 13h56
http://idgnow.uol.com.br/seguranca/2010/09/16/nova-identidade-do-brasileiro-tera-certificacao-digital/paginador/pagina_2

O que é o RIC?

O RIC é um número único de registro de identidade civil — disponível por meio de um cartão magnético com impressão digital e chip eletrônico — que substituirá gradualmente as carteiras de identidade e poderá agregar futuramente a função de outros documentos, como, por exemplo, o título de eleitor, CPF e PIS-Pasep em um só documento.

O cartão incluirá, obrigatoriamente, nome, sexo, data de nascimento, foto, filiação, naturalidade, assinatura, impressão digital do indicador direito, o órgão emissor, local e data de expedição e de validade.

Constará também um código conhecido como MRZ (sigla em inglês para zona de leitura mecânica), uma sequência de caracteres de três linhas que agiliza o processo de identificação da pessoa e das informações contidas no documento.

Para armazenar e controlar o número único de registro de identidade civil e centralizar os dados de identificação de cada cidadão, o governo criou ainda o Cadastro Nacional de Registro de Identificação Civil.

……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..

Vejo nessa acção do Governo Brasileiro duas situações interessantes:

1- Ao unirem todos os documentos civis em um só documento, temos a sensação de satisfação, pois nos é incomodo ter um documento para cada situação.

porém,

2-Identificamos que uma vez unido esses documentos num só meio, a responsabilidade que temos sobre esse documento passa a ter o mesmo valor dos demais documentos que serão agregados a ele.

O argumento que essa tecnologia quer nos passar é que estamos diante de um dispositivo seguro, que a junção dos documentos em questão só irá facilitar nossa identificação, mas ao mesmo tempo, ao entregar a esse dispositivo nossa confiança, nos tornamos cada vez mais dependentes dele, e fica a questão assim como no caso das Urnas Eletrônicas:

“Confiaremos que esse dispositivo não é passivel de fraude?”

Reduzimos cada vez mais nossa identidade pessoal a números, agora binários, nos tornando assim: código de barra.

Andréia Moro Maranho

La Stratégie commerciale d’Apple

En 10 ans la société Apple a affirmé sa position de leader sur différents marchés, sa politique commerciale en est une grande raison.

Apple a pris pour habitude de renouveler, chaque année, la plupart des gammes de ses produits. Si l’iPad – actuellement dans sa deuxième version – a déjà pris pour habitude de se faire renouveler durant la période mars/avril, l’iPhone, lui, est traditionnellement mis à jour au mois de juin, à l’occasion de la Worldwide Developpers Conference (WWDC), depuis sa première version lancée en 2007. Les iPods, eux, sont renouvelés annuellement au mois de septembre. Ces renouvellements rapides permettent à la firme de faire parler d’elle tout au long de l’année, à l’inverse de la concurrence.

Les prix sont aussi un critère où Apple se distingue. Si le géant américain avait utilisé la stratégie classique,il aurait vendu son iPod à bas prix et aurait réalisé ses bénéfices lors de la vente des chansons sur iTunes. Mais non ; Apple a choisi de faire le contraire. Ils ont plutôt créé le site iTunes pour encourager les clients à acquérir un appareil créant une hyper fidélisation. Il en a été de même pour les Macs, Iphones et Ipads ayant des prix plus élevé que la concurrence. Ces prix assez élevés, et ce manque de produit d’entrée de gamme permettent à Apple d’avoir une image de marque désirable dont les produits sont de qualité. Avoir un iPod, Ipad, Mac ou encore iPhone devient une « chance », un privilège.

La communication d’Apple a toujours fait preuve de beaucoup d’imagination. Pour l’iPod tout d’abord les publicités étaient créatives, rythmées, laissant peu entrevoir les caractéristiques du produit.

Le spot publicitaire est en quelques sortes réservé aux adeptes d’Apple qui reconnaîtront le produit tout de suite. Par ailleurs, en étant assez réservé et discret quant au produit, le spot peut attirer l’attention justement sur ce produit et les valeurs que les scénaristes ont tentées de faire ressortir dans ce spot.

Pour l’iPhone, Apple joue sur la simplicité, la sobriété. Une simple description de quelques fonctionnalités, associées aux mains d’une personne utilisant l’iPhone. L’argument “téléphone” est presque anecdotique, seulement glissé à la fin, créant une surprise.

L’iPad première génération reste dans cette logique et a droit à une publicité encore simple, sans voix, juste des images d’un iPad en usage et une musique.

Cette simplicité dans les publicités Apple permet de cibler le plus de personnes possibles, les sceptiques peuvent voir quelques caractéristiques et la facilité d’usage, les conquis ne seront qu’encore plus attisés par ces publicités augmentant leur impatience pour la sortie du produit et les déçus de la marques verront qu’elle se renouvelle et s’améliore.

Apple a su choisir les méthodes pour conquérir le public le plus large possible et cela a, jusque là, l’air de plutôt bien fonctionner.

Julia Alberti

Jogo Pixelizado

Numa era digital em que vivemos, a tecnologia vai avançando progressivamente com o tempo, e com essa mesma tecnologia e com a sua capacidade de recriar o realismo, há ainda quem a põe de parte e decide voltar ao básico dos vídeos jogos – o pixel. O jogo Minecraft tem adquirido adeptos por todo mundo por ser um jogo livre e de pura criatividade. Sem um objectivo concreto, o jogador tem apenas a capacidade de criar e destruir cubos num ambiente 3D, conseguindo assim construir variados objectos, alterando a sua forma, e modificando o que anteriormente havia sido construído. Este jogo não-linear (sandbox) tem permitido aos jogadores criar e recriar edifícios e objectos mundialmente conhecidos, assim como criar “mundos” baseando-se apenas na sua criatividade ou alterando os locais de alguns jogos em 2D para um ambiente em 3D mas nunca perdendo a sua componente pixelizada (Super Mario).
O jogo, depois da enorme adesão pelo público, decidiu renovar e criou outro género, mantendo sempre o original, a criação com pixeis, adicionou o instinto de sobrevivência. Partindo do 1º género, o Clássico que serve apenas para construir módulos através de pixeis, nasce o 2º género, a Sobrevivência, que implanta novas funcionalidades ao jogo, aparecendo assim os inimigos que tentam destruir a personagem principal, necessitando esta de colher recursos naturais para sobreviver e também criar armas e utensílios que posteriormente serviram para criar novos objectos.
Seguindo alguns dos princípios de Lev Manovich sobre os Novos Media, o jogo Minecraft como estrutura de criação a partir de pixeis, consegue que o jogador crie módulos a partir de pequenos pixeis e assim explora a criatividade permitindo uma automação do imaginário.
Gustavo Fonseca

Liberdade Fotográfica Espontânea

Em pleno século XXI, em que vivemos numa era digital, e em que há cada vez mais uma rápida evolução nos objectos tecnológicos, ainda assim, há pessoas que escolhem os métodos antigos para fotografar os melhores momentos.
Contrariando os dois regimes de representação de Friedrich Kittler, a fotografia deixou de ser há imenso tempo um regime dos media para estar incluído no regime das artes. A Lomografia é o claro exemplo disso.
O que antigamente era apenas uma Lomo e um rolo a cores para fotografar transformou-se agora numa colecção de variadas máquinas com diferentes funções (Fisheye, Pop9, Colorsplash), para diferentes locais e diferentes géneros de rolos para diferentes ambientes fotográficos (cores saturadas, escala vermelha, nocturno, infra-vermelhos). Com esta introdução de novos artigos que vieram renovar a Lomo, a fotografia deixou de ser apenas uma fotografia do quotidiano para vir a ser uma fotografia como obra de arte pela liberdade como a fotografia é tirada. A Lomografia como arte é essencialmente fotografar os movimentos espontâneos de algo. Os chamados “Lomografos” consideram que as pequenas coisas que estragam as outras fotografias, (tais como: imagens em movimento, cores saturadas, o desfocamento, etc.) são o que tornam as fotografias da Lomografia como algo único. E são aproveitados esses “acidentes fotográficos” para criar fotografias que captam o momento exacto da fotografia, a espontaneidade, a naturalidade e a criatividade é o que torna a Lomografia tão especial. Seguindo as “10 regras de ouro” da Lomografia, o lema da marca Lomo é bem específico para quem desconhece a arte: “don’t think. just shoot“.
Gustavo Fonseca

Evolução Tecnológica

A tecnologia tem evoluído de forma exponencial em diferentes áreas. Seja na criação de novos empregos em áreas onde a tecnologia ainda não chegou, na constante alteração do conhecimento possuído hoje, que é alterado no dia seguinte, na relação entre pessoas afastadas fisicamente mas virtualmente muito perto, na quantidade massiva de informação online global, num maior consumismo por novas tecnologias por parte da população, e na rapidez do processo de melhoramento de qualquer aparelho tecnológico.

A nossa geração, hoje em dia, está a viver em tempos onde a evolução tecnológica avança muito mais rapidamente do que acontecia há 10 anos atrás e consequentemente as gerações futuras irão presenciar uma evolução ainda mais acentuada do que a que acontece neste momento. Esta nova geração futura faz parte e é integrada nesta evolução tecnológica que está a preparar jovens para empregos e tecnologias que ainda não foram inventadas, e que o que inicialmente eles aprendem vai ser alterado anos depois, devido a esta rápida evolução. As relações e conversas entre pessoas afastadas por milhares de quilómetros é feita actualmente com centímetros de cabos de fibra óptica, a multiplicação diária de utilizadores na World Wide Web é superior à população mundial, a massificação de informação existente na internet cresce todos os dias gradualmente, o acesso (quase) imediato de novos consumidores a novas tecnologias que antigamente era feito de uma forma lenta, e a criação de super-computadores que hoje são inexistentes mas que futuramente podem serem superiores ao cérebro humano tanto em rapidez como em informação.
Com o futuro das novas tecnologias é certo afirmar um coisa. A tecnologia que há 10 anos atrás era apenas um ideal utópico, daqui a 10 anos irá passar a relíquia de museu.
Gustavo Fonseca

A Arte como Meio Digital

Em pleno século XXI, é possível deslocarmo-nos até outros espaços, cidades, países a uma distância de um click, o mesmo acontece com o conhecer arte e o espaço onde esta se encontra ‘salvaguardada’. Um bom exemplo disso, é a viagem digital que qualquer um pode fazer à Capela Sistina, quando procura por esta num motor de busca da Internet. Esta Capela é simplesmente uma das mais importantes do mundo, das mais espectaculares, um verdadeiro marco na arte renascentista e na história da arte.

Se por um lado toda a inacessibilidade monetária e geográfica que é colocada para a podermos visitar é facilitada por este tipo de meios, por outro lado, eu pergunto-me se vale a pena visitar desta forma algo que é considerado tão especial…toda a sua visibilidade de construção monumental e artística perde, de certa forma, credibilidade por ser vista de uma forma tão banal, tão sem realismo, emoção, sentimento, espectacularidade…

Convenhamos, que tem a parte positiva, para aqueles que desconhecem por completo do que se trata, ou daqueles que nunca a poderão visitar, mas e o resto?

Como percebemos a dimensão da Capela, através de uma viagem como esta? Ou o trabalho da luminosidade natural quando incide sobre os frescos da mesma? A textura e as cores? A perfeição do traço e da pintura? Só estando lá é que temos a visão ‘correcta’ e nossa de uma obra de arte desta dimensão, em que somos contemplados, literalmente, do chão até ao alto das ‘nossas cabeças’ com arte, arte e mais arte…

Sendo assim, numa geração como esta, que o mundo digital controla o mundo real, será que é bom, que as preciosidades como a Capela Sistina se ‘percam’ também para este novo e viciante mundo?

Inês Oliveira

Influência dos Novos média na Cultura

Quando Mcluhan traz a reflexão da temática intitulada cultura eletrônica, ele evidência a interdependencia que os novos média causam a sociedade.
Actividades como enviar um fax, ouvir música, ir ao banco, enviar uma correspondência, assistir um filme entre outras, foram totalmente modificadas após a presença de determinados dispositivos digitais, que hoje fazem parte do nosso quotidiano.
Vivemos num ritmo acelerado, nos distanciamos da natureza, do outro, assim vemos as relações humanas se modificando.
A cultura não é estática, e os novos médias reforçam esse conceito. Da mesma maneira que nossa identidade cultural também passa por transformações, ou seja, está em movimento, não é inerte.
Vemos assim, dentro de uma mesma cultura, várias culturas se aflorando com o passar do tempo,e a transformação devido a evolução mediática que Mcluhan nos apresenta é que contribui para essa metamorfose.
Andreia Moro Maranho

A obra de arte e sua autenticidade

A industrialização empreendeu de forma sistemática a massificação das coisas, a produção em serie aguçou o mundo ocidental capitalista com  o slogan propagandista  do desenvolvimento tecnológico  e  trouxe  a tão almejada modernidade. Walter Benjamim analisa as mudanças que ocorreram no inicio da  era das máquinas e suas consequencias  na sociedade de seu tempo e na arte em geral.

A arte e  particularmente a pintura retratista foi afetada com a chegada da fotografia, o click da maquina passou a ser usado de forma habitual para eternizar o momento e a face das pessoas passou  então ao  realismo de facto, apesar de no começo a fotografia retratar o mundo em preto e branco, representava as caracteristicas fidedigna do retratado. Os artistas do século XIX,  perderam de certa forma seu quinhão de sobrevivência, a fotografia revoluciona a maneira de fixar a imagem com o uso da luz e pode reproduzir cópias diversas em curtíssimo tempo usando as chapas negativas e depois as películas, o oposto  da pintura retratista que  dispunha  de tela ou papel como suporte e demora horas hoje ainda  para produzir uma imagem usando tintas e pincéis  ou outros materiais disponiveis, o artista trabalhava e trabalha o retrato ainda manualmente (apesar e não ser realista como a fotografia), como um artesão que produz uma única peça, e a unicidade da imagem é que contém o que a fotografia jamais terá: originalidade. A crise causada com o advento da fotografia no mundo artístico foi tão impactante ao ponto de se prever o fim da pintura retratista, paisagista ou natureza-morta,  mas o que se viu foi a reação dos artistas (Impressionistas) que  foram aos espaços abertos pintar o cotidiano das grandes metropolis (Paris), usando as tintas  produzidas em larga escala e  modificando a relação com os pigmentos que os artitas prepravam  em seus ateliês com a matéria prima. A reprodutibilidade técnica e a  fotografia  impulsionou a arte pictórica a buscar novas alternativas de se produzir obras de arte e não meramente reproduzir mecanicamente e foi isso que os artistas fizeram e estão a fazer, e nesse contexto, a arte ganhou autonomia, liberdade e criatividade.

Na atualidade, com o uso dos recursos tecnológicos que  possibilita  mostrar as imagens das obras de arte de qualquer lugar do mundo,  pode de certa forma democratizar a visibilidade , mas a relação e o contato com a obra  é algo  mágico e ainda ritualista e  faz a obra de arte perpetuar sua “aura” por ser autêntica e original como Walter Benjamim a definiu: o aqui e agora da obra, ou seja,  os detalhes, a percepção e a contemplação presencial é algo que a simples imagem do ecrã não conseque  realizar.

Manoelito Neves.

A problemática da reprodutibilidade técnica na obra de arte

Á medida que a Humanidade avança na implementação do projecto moderno e consequentemente se desencanta a obra de arte perdendo o valor de culto, passando a ganhar o valor de exposição. Ainda assim ocorre uma dinâmica essencial á obra de arte que é preservada, a sua unicidade.

Segundo Walter Benjamin a obra de arte, na Idade Média centrada no seu valor de culto possui duas dinâmicas essenciais: o distanciamento e a unicidade

Distanciamento significa que a obra de arte parece sempre inacessível, intocável, distante das pessoas.

Unicidade significa que ela parece coesa, inteira, integra aos olhos das pessoas.

E a junção destas duas características fazem com que a obra tenha uma aura. Aura é um espectro sagrado, do sublime, do metafísico. Quando a sociedade transita do medieval para o período moderno burguês a obra de arte torna-se mais acessível em função da sua temática objectual que passa a representar menos as temáticas sacras e mais a vida quotidiana, as paisagens e a figura Humana.

Assim, na evolução da modernidade, a obra perde em distanciamento ao tornar-se próxima das pessoas, mas não perdeu em unicidade, pois continuou a ser única, referente apenas a si própria e reprodutiva apenas conforme cópias que, em si mesmas, eram tão difíceis de fazer como a própria obra de arte. Ou seja, a aura da obra de arte era preservada. No entanto a modernidade engendrou novos processos não apenas mercantis como os que assinalavam a mutação inicial da modernidade mas também industriais. Com o avanço da modernidade a obra de arte passou a ser reproduzida tecnicamente por meio das indústrias gráfica, fonográfica, editorial, e mais tarde através dos veículos mediáticos como a rádio e a televisão. As consequências são assim devastadoras a obra de arte perde assim a sua unicidade e consequentemente a sua aura.

PEDRO POLÓNIO

A internet como modificadora das relações sociais e as comunidades virtuais

Talvez um dos pontos mais importantes seja a reorganização dos hábitos de socialização que a Internet proporciona. A análise da Internet como factor modificador das relações sociais é principalmente enquadrada, em nosso ponto de vista, pelo estudo das comunidades virtuais, como forma mais pura de consequência da interacção entre o humano e o ciberespaço.

A mudança de paradigmas que o surgimento da Rede trouxe para o mundo acabou por trair os conceitos de comunidades tradicionais. Não há interacção física. Não há proximidade geográfica: Estas comunidades estruturam-se fundamentalmente sobre um único aspecto: o interesse em comum de seus membros. A partir deste interesse, as pessoas conseguiriam criar entre si relações sociais independentes do factor físico, e com o tempo essas relações tornar-se-iam de tal forma poderosas que poderiam ser classificadas como laços comunitários. Estruturadas sobre um lugar virtual, não físico e nem real, essas comunidades surgiriam através da interacção puramente comunicativa entre seus membros.

REINGHOLD (1997), um dos pioneiros na identificação deste fenómeno, descreveu sua experiência na rede “The Well”, contanto como o sentimento comunitário permeava todos os participantes dos fóruns e de como estas relações a princípio virtuais foram estendidas para o mundo real. Ou seja, através das comunidades virtuais, a Internet estaria actuando como meio de encontro e formação de grupos sociais.

O que é evidente, se verificarmos a existência de grandes redes articuladas internamente à grande rede, no limbo de uma existência, que divulgam informações e atuam como ponto de encontro para pedófilos, hackers ou mesmo, crackers. A este respeito, fazemos menção a uma teoria um pouco antiga, de RAY OLDENBURG, sobre o desaparecimento dos terceiros lugares na América. Segundo ele, em sua análise da sociedade norte-americana, a vida cada vez mais atribulada das pessoas, o surgimento das metrópoles e o crescimento da violência estariam contribuindo para o desaparecimento dos lugares mais fundamentais para as sociedades humanas: os terceiros lugares, lugares lúdicos, de prazer e lazer.

OLDENBURG diz que existem basicamente três categorias de lugares essenciais para o indivíduo: os primeiros que compreenderiam seus lares, onde criam relações entre os membros de sua família; os segundos, os do trabalho, onde nascem relações profissionais; e os terceiros, aqueles que estimulariam o lazer, sendo os mais propícios param o surgimento de relações sociais.

Com o desaparecimento destes lugares, estaria havendo uma queda no sentimento de comunidade, levando a uma exacerbação do individualismo e ao fim do social. Entendendo por este lado, a Rede teria propiciado o renascimento dos terceiros lugares, num momento onde o medo da violência e o desaparecimento desses lugares seria um fenómeno mundial, desta vez como lugares virtuais, que revelaram-se propícios para a retomada de laços sociais que levam ao surgimento das comunidades. Ou seja, seria uma reacção ao individualismo pregado pelo capitalismo, um retorno ao sentimento comunitário que auxiliou as comunidades humanas na sobrevivência e perpetuação da espécie por muitos séculos.

O que observamos aqui é, portanto, uma nova forma de estabelecer laços sociais, de reunir pessoas sob a forma de uma comunidade. Essa modificação é muito importante pois derruba o paradigma geográfico das comunidades, graças à reconfiguração do espaço proporcionada pelo ciberespaço.

Raquel da Cunha Recuero, ‘A Internet e a Nova Revolução na Comunicação Mundial’ (2000), in http://www.pontomidia.com.br/raquel/revolucao.htm

Luiza Fernandes

A moda e os novos média

A moda já percebeu e muito bem que os novos medias estão cada vez mais dentro das nossas vidas. Os novos medias já estão bem na moda, então o próprio mundo da moda investiu nas novas tecnologia para reforçar o seu lugar na sociedade.

Assim vemos os vídeo clips das músicas na moda patrocinados por certas marcas, aparelhos de alta tecnologia como o blackberry nas mãos de muitas estrelas da pop. T-shirt imitando um corpo robótico ou até fingindo que a pessoa que veste a t-shirt tem uns fones a volta do pescoço. As marcas investem nos vídeos clips para propaganda do seu produto, vários exemplos: relógios no vídeo “the time” dos black eyed peas, a marca sony no novo vídeo clip da britney spears, e claro a lady gaga que mostra uma variedade de produtos em seus vídeos. Já não chega passar a publicidade no intervalo dum programa, as marcas usam as celebridades para vender, nasce assim uma forte concorrência de quem estará mais na moda.

Já por falar no vídeo clip “the time” dos black eyed peas, outro efeito electrónico esta bem-posto em evidencia: o pixel! Que agora se pode encontrar em qualquer vestimenta, pois tornou-se até um padrão para calças ou camisolas! Podemos dizer que a nossa roupa além de estar na moda também esta no topo da tecnologia!

Luiza Fernandes

Anti-retro

John Lennon disse: “O passado é o passado. Porquê essa nostalgia dos anos 60, 70? Buscar a inspiração olhando para trás, copiando o passado, não é rock ‘n’ roll. Faça algo de novo, seja você mesmo, viva a sua vida agora.”

Assim constatamos que a tecnologia embora seja um fenómeno recente já passou por varias épocas, e já na altura do famoso cantor dos Beatles, os medias eram assunto polemico. As pessoas já tinham anciã de avançar, sede de progresso, não queriam mais olhar para trás e criar, viver as suas vidas agora.

Quero dizer com isto, que a “engenhoquice” de inventar tecnologia vem de há muito tempo atrás, e se olharmos desde a invenção da empresa, electricidade, televisão, telefone até ao mundo digital de agora…é verdade que tudo foi muito rápido duma certa maneira, e ao mesmo tempo parece tudo novo, “coisa” de agora; parece que os informáticos apareceram agora, ou que estavam adormecidos e que agora acordaram com o ipod nas mãos. A realidade é que os supostos novos medias tem passado, tal como nos todos! Até a novidade tem o seu passado e é engraçado se aperceber disso!

“Não compreendo porquê tanta gente vive no passado. Não é porque éramos mais novos que era melhor. Tem que inventar ícones, vosso próprio modo de vida. A nostalgia não tem nada de glamour. Se tivesse uma só coisa a dizer, era: Viva sua vida agora.” Dizia Marylin Monroe.

Luiza Fernandes

A Internet e o Amor

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          

“A internet está acabando com o romantismo” será?

 Entre uns e outros sites de encontros, a internet faz os possíveis para juntar pessoas e criar casais, tudo depende se depois do casal se formar a internet continua interferindo, mas desta vez para os separar; pois há vários relatos de homens e mulheres que chegam a descobrir no computador do companheiro e-mails revelando infidelidades. No dilema “será que internet é benéfico para o amor?” só se pode responder: com internet nunca se sabe.

Achei interessante uma história de amor que percorre por ai nos média e que pode calar o mito que a internet é um quebra-romance:

Histórias de amor sempre acontecem por aí. As dos filmes de Hollywood geralmente são as mais açucaradas ou choronas. Mas uma dessas histórias que parecem ter saído das telas de cinema (outro média) aconteceu em Nova Iorque. Um indivíduo viu a mulher dos seus sonhos no metro, criou um blog para achá-la e… conseguiu.

Se a história teve ou não um final feliz, ninguém sabe. Ele deixou de actualizar o site depois que a mulher aceitou o primeiro encontro com ele. E agora quem não acredita na força da Web?

Luiza Fernandes


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