Arquivo de 19 de Maio, 2009

” A short Love History ” por Carlos Lascano

Hoje trago um pequeno video em Stop Motion que simplesmente me deliciou.

Carlos Lascano é um artista multifacetado, que tem feito sucesso em pintura, ilustração, banda desenhada, fotografia, animação e efeitos especiais.
Ele tem produzido inúmeras curtas e longas-metragens. Já trabalhou com grandes corporações como o McDonald’s.
Após trabalhar para uma televisão espanhola, nunca mais parou. Começou a trabalhar como cineasta, editor, roteirista, animador e supervisor de efeitos especiais para cinema, televisão, documentários e publicidade, não só para a Espanha, mas também a França, Itália, Reino Unido e os Estados Unidos.
Os esqueletos foram construídos em madeira e fio torcido, e em seguida modelados em papel e porcelana fria.
A construção da escola foi feita em cartão e depois reproduzida num espaço 3D no Adobe After Effects.

Esta curta de animação em Stop Motion conta uma breve história de amor. Enquanto dois pássaros passam na janela de uma escola, uma menina põe-se a imaginar a sua vida. Talvez como uma antevisão de sua vida futura aparecem várias imagens que retratam a sua vida até à velhice. Tudo isto nas asas de um pássaro, a paz a ser assim representada.

Algo a não perder, uma boa animação de Stop Motion.

 Para mais informações do artista e seu trabalho visitar a seguinte página:

http://www.carloslascano.com/carloslascano/vid_ashortlovestory.html

Para assistir a esta curta em HD:

http://www.vimeo.com/877053?pg=embed&sec=877053

Problema de expressão

Jorge de Sena, no seu poema onde tenta descrever o que sentiu após a audição de uma composição de Bach: variações Goldberg, transmite a incapacidade de transpor em palavras algo que só se consegue entender plenamente quando se experiencia a música.

Chega mesmo a questionar-se se haverá algum momento em que deixemos de ser quem está a ouvir a música para nos transformarmos em música somente, e no final da audição, tudo se altera novamente, e não há maneira de recuperar aquela sensação da primeira audição da música. Neste poema, Jorge de Sena, tenta mostrar ao leitor, como é o acto de escrever no momento em que se dá e a forma como tenta escrever sobre música sem seguir padrões, torna-se complicada pois, como o próprio refere “A música é só música, eu sei. Não há/outros termos em que falar dela a não ser que/ela mesma seja menos que si mesma.”

Da mesma forma, Natasha Bedingfield, na sua música “These words” retrata o acto de escrita de uma letra e composição de uma música de amor, em que procura exprimir o que sente por alguém, de forma a dar a volta ao comum “I love you”, o problema surge, quando após pesquisar obras de poetas, e tentativas de descoberta de magia, não encontra outra forma de o dizer. Refere mesmo que as palavras são suas (embora sejam utilizadas por toda a gente), visto que vêm directamente do seu coração e nunca poderia exprimir isso de outra forma, qualquer.

Assim os problemas de expressão atingem uma nova dimensão no momento em que são reproduzidos desta forma, pois sentimos que fazemos parte desses dilemas e dessa criação artística.

Sara Fernandes

Sujeito Cartesiano/Sujeito Moderno

Enquanto que o sujeito cartesiano (descrito por Descartes), é o sujeito que pensa (“penso, logo existo”), em que a essência o do ser é o pensamento, pois o ser humano tem a consciência que existe visto que tem a capacidade de pensar e desenvolver um raciocínio, logo se tem essa capacidade está comprovada a sua existência, segundo a tese defendida por Descartes.

Em oposição a este sujeito, surge o sujeito moderno que é clarante visível na poesia de Fernando Pessoa, a partir do período moderno surge um sujeito que é influenciado pelo meio envolvente e que aparece fragmentado e não único como até então.

Assim, com Fernando Pessoa, o sujeito ganha uma nova dimensão, que com a sua escrita visa responder às inquietações que o perturbam, visto que a realidade percepcionada lhe causa uma atitude de estranheza face ao que as suas percepções lhe transmitem. Dessa forma o poeta recusa o mundo sensível, dando preferência ao mundo intelegível (platónico), ao mundo que não tem acesso. Pessoa defende que os poetas sinceros estão confinados ao estrito convencionalismo sentimental e quando se questiona sobre a sinceridade poética chega à conclusão que fingir é conhecer-se e daí  a despersonalização do poeta fingidor que fala e se identifica com a própria criação poética, como impõe a modernidade. Então Fernando Pessoa tem a necessidade de se fragmentar, e para isso cria vários heterónimos, dos quais são mais conhecidos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Com o auxílio da heteronímia tenta criar personalidades alternativas que o auxiliem na fuga desesperante, incessante e até mesmo doentia ao pensamento (ele busca algo de inatingível, não quer pensar mas ao mesmo tempo ter a consciência disso) que o poeta tanto invoca na poesia assinada sob o seu próprio nome, distanciando-se cada vez mais do sujeito cartesiano.

Sara Fernandes

Itinerário do Sal

‘Itinerário do Sal’ de Miguel Azguime é uma obra digital que tem como objectivo unir o teatro à arte digital, dessa forma atingir o espectador que normalmente reage com uma certa estranheza a este tipo de trabalhos. Não é algo de muito comum e para além disso começamos por ser bombardeados por sequências de sons e imagens aos quais não estamos muito habituados.

É necessário visioná-lo várias vezes para começarmos a compreender melhor a sua mensagem e a beleza artística que lhe está inerente, porque é importante absorvermos as palavras do actor e associá-las às expressões faciais, opções de colocação de voz e mesmo cores utilizadas. É uma forma muito interessante de apresentar um monólogo, de ler um poema ou até mesmo de contar uma história.

Uma das palavras com mais significado neste vídeo é o ‘silêncio’, pois transmite algo que se torna perturbador com o olhar perfurante do actor que afirma que “ o autor está no meio do silêncio, um silêncio tão profundo que o impele a olhar para o interior de si próprio”. Esta foi frase que mais me deixou a pensar, porque na verdade tem um grande poder, quase que exerce uma força doentia sobre os espectadores, só de pensarmos no medo de cair no silêncio. Pois é no silêncio, que o autor, ou uma simples pessoa comum, se vê a si mesmo e se tenta descobrir intensamente, é no silêncio e na solidão que nos despimos das opiniões da sociedade para encontramos a nossa própria essência, a nossa própria existência pois “a presença questiona-se”. A presença ou ausência de qualquer coisa determina quem somos e quem nos tornaremos, e só no silêncio é que somos de facto forçados a ver o nosso interior e a admitir as nossas falhas perante nós mesmos.

Sara Fernandes

Ingénuos ou Estúpidos?

Foi com a interrogação que dá titulo a este pequeno texto que terminou uma das nossas ultimas aulas. A pergunta sugerida pelo professor retrata, de facto, o pensamento de quem observou o vídeo apresentado num outro post sobre uma publicidade.

Na publicidade visionada observamos as transformações que uma mulher sofre até ficar representada sob um ideal de perfeição. Pondo de parte as técnicas usadas para melhoramento de qualidade de imagem, é importante falarmos sobretudo sobre o impacto social que os Media provocam no meio comercial e que passará para as pessoas, o alvo do mundo publicitário.

Este ideal falso de perfeição física, de apogeu de beleza e poder social vai influenciar não só a maneira de pensar, vestir, mas também  como regulamos o nosso dia-a-dia, no fundo é aquilo a que podemos chamar de total perda de identidade e a não criação de uma identidade própria e livre, como se fôssemos cativos de alguém visto como um modelo.

Este fenómeno é resultante em grande parte da cultura de massas, em suma, os Media, de tempos a tempos, criam uma personalidade para cada um de nós, segundo a moda, o que provoca uma desmultiplicação de personalidades, que neste caso é fragmentária, ou seja, não hesitamos em saber o que somos, apesar de amanhã podermos ser completamente diferentes, tal como a moda.

André Madaleno

Arte Cinética- acção enquanto Arte

A arte cinética ou Cinetismo (significa movimento), é uma corrente das artes plásticas que visa a sua função em demonstrar efeitos visuais por meio de movimentos físicos através da ilusão óptica ou de truques de posicionamento de peças.
Esta arte é representa o movimento que constitui o princípio de estruturação.
O cinetismo rompe assim com a condição estática da pintura, apresentando a obra como um objeto móvel, que não apenas traduz ou representa o movimento, mas está em movimento.
Por outras palavras, o cinetismo é a acção enquanto obra de arte.

Happy Tree Friends

                Continuando na animação “Happy Tree Friends” é uma série de desenhos animados, em Adobe Flash, de humor negro da Mondo Mini Shows, criada por Kenn Navarro, Aubrey Ankrum e Rhode Montijo.

                Surgiu em 2000, em episódios de aproximadamente 1 a 4 minutos, e passou a série de TV em 2006, com episódios mais longos, de 7 minutos cada, tendo sido produzidos até agora 39 episódios para a TV e 61 para a internet. Esta série desde logo se tornou num fenómeno na internet e alcançou fãs por todo o mundo.

                Estes desenhos animados são famosos pelos seus personagens fofinhos e pela sua extrema violência nonsense, com mortes sangrentas e brutais.

                Cada episódio começa com um álbum de fotografias, mostrando os personagens que irão entrar nesse mesmo episódio e mostrando uma frase-trocadilho, com algum significado moral, como por exemplo: Wash behind your ears! e Don’t bite off more than you can chew!

 

 

 

Davide Vicente


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