Arquivo de 7 de Junho, 2009

Efeitos dos computadores e Internet na sociedade

Sem nos apercebermos, a tecnologia esta-nos a ultrapassar. Com a invenção do computador e da internet as possibilidades são ilimitadas. A sociedade esta a mudar abruptamente e a uma grande velocidade sem fim à vista num futuro próximo. Toda esta mudança está a lidar com os computadores e os efeitos que provocarão na maneira como viveremos “amanhã”. A internet afecta-nos de todas as formas, mas de forma mais notável na nossa vida social, os nossos empregos, e entretenimento. As nossas vidas sociais não são apenas comunicar usando telefone ou o correio. Ir “on-line” é a nova maneira que gostamos de usar para comunicar entre nós. Salas de chat na internet estão abertas para as pessoas falar e explorar entre si a partir de qualquer ponto no globo. O email é também outra forma popular de correspondência entre as pessoas. Os utilizadores podem enviar correio electronicamente para outras pessoas com uma caixa de correio on-line simplesmente escrevendo a mensagem e enviando-a apenas com um clique do botão. Dois segundos para mandar um email a alguém que esteja no outro lado do mundo é bastante mais rapido do que usar o correio tradicional.

A internet afecta também os nossos empregos, os computadores podem calcular e chegar a conclusões muito mais rapidamente do que uma pessoa, e este processo não salva apenas tempo, mas dinheiro também. A troca de acções faz-se já na internet, juntamente com todo o tipo de negócios que poderemos imaginar.O mundo requere que tudo seja feito com rapidez e eficácia, e a melhor forma de o conseguir é deixar um computador fazê-lo por nós. No futuro, centenas de milhões de empregos serão retirados a pessoas honestas e trabalhadoras para serem “oferecidos” a computadores. Não importam as escolhas que faremos, o que planos mudemos, estas consequências irão tornar-se reais. Porque deveria um patrão de um certo negócio pagar a alguém para atender telefonemas quando um computador pode fazê-lo em menos tempo e tornar o processo muito mais barato e facil para o negócio e comprador?

Os computadores e a internet estão certamente a afectar a maneira como nos entretemos também, o exemplo mais básico são os jogos de cartas. Se o computador pode distribuir as cartas num ecrã com um clique do botão, porque é que alguém quereria baralhar e distribui-las por si e depois no fim recolhê-las novamente? Na internet podemos jogar em casinos on-line, apostar em corridas de cavalos, e até ver filmes. As pessoas podem fazer isto tudo no conforto dos seus lares, poupando gasolina nas deslocações feitas à procura de divertimento e ficam felizes por isso. A consequência inevitável destas magníficas invenções vai mudar o mundo ainda mais futuramente e a sociedade esta contente com a maneiro como as coisas estão a acontecer. Mais barato é melhor, menos tempo gasto é excelente! Com a escolha de poder ter um computador e ficar on-line não há quase nada que não possamos fazer,e a ideia da internet vai revolucionar a maneira como vivemos no futuro.

Kat Cockbill

Cyberpunk, na literatura uma visão do futuro

Gardner Dozois, um dos editores da revista “Science Fiction” de Isaac Asimov durante on inicio da decada de 80 é geralmente reconhecido como a primeira pessoa a popularizar o termo “Cyberpunk” ao descrever um corpo da literatura. O próprio Dozois não reconhece ter inventado o termo, ele apenas diz que o encontrou “algures nas ruas”. Não será coincidência nenhuma que Bruce Bethke tenha escrito uma curta história intitulada “Cyberpunk” em 1980 e a tenha oferecido à revista de Asimov, quando Dozois a leu pelas primeiras vezes e a publicou na revista Amazing em 1983 enquanto era editor da “Year’s Best Science Fiction” e era responsavel também por ler as melhores revistas de ficção científica da altura. Mas como Bethke continuaria a afirmar “quem se importa com isto?” (Bethke nunca foi considerado um autor cyberpunk, em meados de 1995 ele publicou a revista “Cheap Truth”, autores como Stirley, Rucker e Shirley submeteram artigos para esta pseudonicamente, atacando viciosamente o mainstream da ficção científica). A literatura Cyberpunk, geralmente, lida com uma sociedade marginalizada em sistemas culturais tecnologicamente avançados. Nos enredos das histórias Cyberpunk, usualmente um “sistema” domina a vida do povo comum, seja um governo opressivo, um largo grupo de corporações paternais ou uma religião fundamentalista. Estes sistemas são apoiados por certos tipos de tecnologias super desenvolvidas, particularmente a tecnologia da informação (computadores, mass media) que torna o sistema eficaz em manter todos nele, dentro dele. Muitas vezes, este sistema tecnológico expande-se para os seus “componentes” humanos também, através de implantes cerebrais, membros prostéticos, orgãos genéticamente clonados ou manipulados, etc. Os próprios humanos tornam-se parte da “máquina”. Este é o aspecto “cyber” da literatura Cyberpunk. No entanto, em qualquer sistema cultural há sempre aqueles que vivem à sua margem, no seu limite: criminosos, visionários, excluídos, ou simplesmente aqueles que querem ter a sua própria liberdade. A literatura Cyberpunk foca-se neste tipo de indivíduos e como eles tomam partido das ferramentas do sistema para o seu próprio benifício, este é o aspecto “punk” do Cyberpunk. As melhores obras Cyberpunk destiguem-se de trabalhos prévios com temas semelhantes, o cenário é urbano, como um ambiente muito negro e pessimista, os conceitos são criados e expostos ao leitor sem explicação prévia, tal como desenvolvimentos recentes da humanidade nos são atirados a cara no nosso dia-a-dia. Há sempre um sentimento de ambiguídade moral. Lutar contra o sistema, dar a volta a ele ou simplesmente manter-se vivo dentro dele não torna as personagens principais de uma obra cyberpunk em “heróis” ou “os bons da fita” no sentido tradicional.

Kat Cockbill

O Futuro no Passado

Chama-se Wear Ur World (WUW – “veste o teu mundo”), e o estudante Pranav Mistry é o “cérebro” do grupo de investigadores do Media Lab (do Instituto Tecnológico do Massachusetts – MIT), coordenados por Pattie Maes, que estão a desenvolver esta aplicação. Trata-se de um dispositivo portátil que tem a capacidade de transformar qualquer superfície num ecrã operado com movimentos dos dedos, dispositivo que há anos têm vindo a desenvolver.

Os utilizadores desta nova tecnologia poderão tirar informação da internet com os dedos e projectá-la onde desejarem, tirar fotos simplesmente traçando uma moldura no ar e enquadrando com as mãos, ver as horas desenhando com o dedo um círculo no pulso, ou até projectar um rosto digital com um simples gesto circular no ar. Desenhando um ‘ @’ no ar, é projectado um teclado no ar para escrever.

Ora, o objectivo desta equipa de cientistas é, exactamente, preparar os computadores para nos servirem de informação digital, da mesma maneira que os nossos sentidos “tradicionais” alimentam o cérebro de informação ambiental.

É composto por uma câmara – que se pode prender na orelha, óculos ou boné – cuja função é interpretar a cena diante si, tal como os gestos realizados no ar com as mãos; e um microprojector 3M (pendurado ao pescoço) que, com a ajuda de um pequeno espelho, pode reproduzir os dados em qualquer superfície diante do utilizador. Quando este aparelho começou a tomar forma, tratava-se em um projecto maior, incorporado num capacete, contudo a montagem, desta forma, tornava-se mais complicada e a informação cobriria a cara das pessoas que os investigadores tinham pela frente, pelo que o transporte do projector ao pescoço revelou-se a solução perfeita.

Isto significa que este sistema revolucionário traz com ele a possibilidade de libertar os dados da sua tradicional “prisão” material (papel, memória digital, de modo a incorporá-los na realidade e integrar perfeitamente a interface da informação com o mundo real. Para além disto, a Internet torna-se a mão direita do computador, para este processar os dados em tempo real, com o bónus de não ser necessário um monitor, visto que o ecrã pode ser qualquer superfície; o mundo transforma-se num imenso ecrã táctil. É também chamado de “SIXth Sense” (Sexto Sentido), uma vez que a ideia é este funcionar como um 6º sentido digital, que se transforma, praticamente, em parte do utilizador.

“Embora a miniaturização da tecnologia nos permita actualmente estar sempre ligados à internet, não existia, até agora, interacção entre estes dispositivos digitais e o mundo físico. O SIXth Sense estabelece uma ponte sobre essa lacuna” afirma o Media Lab.

“No universo táctil, usamos os cinco sentidos para recolher informação sobre o meio e reagir em função disso” explica Pattie Maes, a quem em 2000 foi atribuído o Lifetime Achivement Award pelo MIT e foi apontada pela revista Newsweek como “um dos cem investigadores norte-americanos a não perder de vista”. “Todavia, muita da informação que nos ajuda a entender e reagir ao nosso mundo não provém desses sentidos. Vem da internet”.

Neste vídeo podemos ver algumas das funcionalidades do aparelhor, que Pattie Maes cataloga como “um projecto ainda em marcha”, acrescentando ainda que “O potencial é sensacional. Talvez daqui a 10 anos estejamos a anunciar um implante SIXth Sense para o cérebro…”

Observando este excerto do filme de 2002 Minority Report, e tendo em conta o discurso de Maes no vídeo anterior, podemos verificar que as semelhanças são imensas. E é exactamente aí que quero chegar com este post: o Futuro no Passado. Muitos inventos estão-se a revelar concretização real das ideias passadas por muitos filmes de ficção científica que, na altura, poderiam não passar mesmo disso, ficção.

Além do mais, este desenvolvimento do SIXth Sense levanta ainda outras questões: mais uma vez, até que ponto é saudável o Homem confiar plenamente na máquina? Mais, não virão inventos como este provocar um aumento do abismal fosso entre a sociedade altamente privilegiada tecnologicamente face aos habitantes desfavorecidos de países de terceiro mundo?

Inês de Almeida


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