Vivemos numa época em que as grandes potências tecnológicas reinam o nosso espaço social, a nossa rotina, as nossas práticas sociais. O mundo encontra-se de imensos sinais, que nos permitem e que facilitam a nossa comunicação com outros seres do outro lado do globo.
As novas tecnologias portadoras de muitas vantagens, tais como a presença de múltiplos dígitos, códigos, a ubiquidade, as diversas funcionalidades que apresentam, a mobilidade e a ligação permanente com as redes de comunicação. Mas o problema que se insere neste contexto é, o facto, de nos termos tornado numa sociedade facilmente influenciável, adaptando-nos aos meios que nos são proporcionados. A partir do momento de inserção de novos aparelhos, nós enquanto sujeitos passamos a ocupar e a possuir uma nova localização, somos como que relocalizados no nosso próprio espaço, mas com uma dimensão meramente digital. Nós somos o fruto/produto que provém da interferência entre a utilização efetuada pelo ser humano e a máquina.
As novas formas de sociabilidade que surgem partem para a questão do drama da incomunicabilidade e do isolamento social, que são problemas que advêm do uso excessivo dos aparelhos eletrónicos, que revolucionaram a nossa sociedade. Ao deixarmos que estes diapositivos modifiquem as nossas práticas culturais, hábitos e rotinas, não só nos estamos a ligar eletronicamente à era digital, deixamo-nos de sentir sozinhas a partir do momento em que entramos em contacto com alguém, mas por outro lado perdemos a necessidade de construir relações verdadeiramente interpessoais, que são deveras importante para o nosso desenvolvimento psicológico enquanto seres humanos.
Enquanto estamos conectados com o mundo social, como o facebook, o instagram, entre muitas outras redes, entramos numa espécie de jogo de autorepresentações definindo ou não a nossa personalidade, o nosso dia a dia, a nossa vida através de fotografias, preenchimento de dados pessoais, da partilha de imagens ou músicas, etc.
Em suma, a palavra controlo será a mais apropriada para representar a maneira como devem ser utilizadas corretamente estas tecnologias. Sejamos comunicáveis com o interior e com o exterior, perfurando um espaço digital e social, e criando relações interpessoais.
Maria Beatriz Nogueira
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