Avatar

A ideia de avatar pode ter várias vertentes no sentido de identificar/dar identidade a alguém no “mundo virtual”.

A perspectiva de que o avatar transporta a nossa identidade os nossos preceitos , limitações e crenças para uma dimensão digital não se apresenta , para mim, como sendo algo plausível.

Por outro lado acredito que o avatar é uma forma de transpor ideais e objectivos por vezes otopicos, pois o lado virtual da realidade tem como característica a falta de limitações , pois todos os problemas podem ser solucionados e ou transpostos por apenas algumas linhas de códigos, o que faz com que o nosso avatar seja regido não pela verdade mas sim na verosimilhança , na tentativa de alcançar uma representação daquilo que gostaríamos de ser, e não do que somos.

Podemos assim identificar assim os “avateres

” como ferramenta de introspectiva.

O meio é a mensagem?

O meio é a mensagem , é o que nos apresenta McLuhan na sua visão sobre os média. Mas o que quererá dizer com essa afirmação?

Na minha perspetiva a afirmação coloca-nos numa posição onde o meio é o seu próprio conteúdo, isto é, as suas características técnicas condicionam a forma das práticas culturais, da organização social e dos padrões de pensamento.

Por exemplo, a maquina fotográfica foi inventada e introduzida na sociedade como forma de captar aquilo que vê-mos, congelar um momento, mas até então estas eram vistas como competências exclusivas de um pintor.

Isto desencadeou um número enorme de mudanças na sociedade, como as criticas por parte dos artistas e pintores que não aceitavam a fotografia como sendo uma arte, o nascimento de novas correntes artísticas que se afastam da representação do real por parte da pintura, e a tentativa da fotografia de acompanhar o resto das artes  criando assim correntes artísticas, o crescimento exponencial de retratos, o uso da fotografia como registo cientifico, o foto jornalismo, mais tarde a criação da cinematografia…

Hoje não há uma família que não tenha “fotos de família”, uma pessoa que não tenha uma selfie, não há ninguém que passe pelo Big Ben, pela torre Eiffel, pela capela Sistina, ou pelo Castelo de Guimarães… sem tirar uma foto, hoje em dia estão em vias de extinção aqueles que comem sem terem passado tempo a tirar fotos à comida.

A fotografia é só um exemplo, poderia ter usado qualquer meio, pois todos eles provocam alterações na sociedade, cultura e praticas em todo o mundo.Marshall_McLuhan

O que significou deixar de escrever à mão? O que acontece quando se escreve com um teclado?

A escrita é a pratica ancestral de “matar ideias”, pois uma ideia no papel não pode argumentar nem mudar consoante as barreiras impostas por uma argumentação, mas desde os primórdios da humanidade que vê-mos  a escrita ser usada como forma de fazer uma ideia perdurar no tempo e vencer as malhas do esquecimento.

Mas como terá sido escrever num teclado pela primeira vez? Como terá sido encontrar uma alternativa para uma pratica que teve inicio à já 3000 anos antes de Cristo com a proto-escrita?

A maquina de escrever é como uma prensa de Gutenberg , na qual os caracteres são impressos no papel, um a um consoante a tecla que pressionamos. Concede tudo o que necessita-mos para formular palavras e consequentemente frases e parágrafos, de uma forma sempre legível, mecânica ,e quanto mais a utiliza-mos , intuitiva.

A escrita por meio de uma maquina retira grande parte da humanidade de um texto, da expressividade da caligrafia, mas não retira a mensagem passada pelas palavras, daí o facto de ainda hoje o meio mais usado para propagar ideias sobe a forma de texto seja através da escrita a maquina, pois é aquela com a qual todos se podem relacionar, ler, interpretar, pois não é a escrita de uma pessoa , é a escrita de TODOS.

Google: informação ou manipulação…

É do conhecimento geral que a google detém a preferência de grande parte dos utilizadores de Internet, no que toca a motores de busca. Sendo esse o meu caso vejo-me em posição de poder citar aquilo que, para mim, faz com que o “Google Search” tenha tanto sucesso:

  • o Google atualiza a sua base de informações diariamente graças à utilização de um “crawler Googlebot”  ou seja, um bot que procura informações novas em “todos” os endereços possíveis da Internet.
  • O Google armazena quase todas as páginas encontradas pelo “crawler Googlebot” e permite que esse conteúdo seja acedido mesmo quando o site original já não se encontra ativo (informação em cache).
  • E por fim a utilização de um algoritmo conhecido por “PageRank” que define quais as paginas que são apresentadas na primeira pagina e qual a sua ordem.

Contudo este algoritmo tem gerado muita polémica no sentido em que para ocupar uma posição de destaque neste motor de busca já não basta ser relevante a nível de conteúdo ou de utilidade para os utilizadores mas sim a sua ligação com a empresa google, como por exemplo: paginas do “youtube” ou “google news” que são detidas pela empresa facilmente atingem locais de destaque nas suas listagens, o mesmo acontece com paginas que pagam para que a sua publicidade apareça nesta mesma posição.

Isto faz com que as opiniões perante o funcionamento da google entrem em debate. Será manipulação daquilo que acedemos ou uma simples tentativa de direcionar\auxiliar o utilizador ?

Na minha perspetiva o google detém este grau gigantesco de influência que se traduz na preferência da maioria dos utilizadores de Internet devido às suas características e excelente funcionamento. No entanto o crescente poder desta empresa leva-me a pensar na necessidade de condicionar a sua dimensão, mas não sei se estamos prontos para as consequências que tal acão acarreta.

Referencias: https://pt.wikipedia.org/wiki/Google_Search


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