Memória e criatividade!
O que é que estamos a perder quando abandonamos o papel e a caneta? Um assunto muito pouco debatido, pelos demais, aliás, podemos até dizer que o acto de escrever à mão, o treino da caligrafia, uns dos objectivos principais dos dois primeiros anos escolares de qualquer criança deixou de ser encarado como algo central.
Vivemos numa era em que tudo é digitalizado, e como tal, acções como entregar trabalhos escolares, ou até criar este simples Blogue, é necessário a escrita num teclado. Compreensível, temos que estar sujeitos há nossa realidade social, é mais rápido, mais fiável, possuímos auto-correctores que nos facilitam ainda mais o nosso trabalho. Mas, o que é estamos a perder quando abandonamos o papel e caneta pelo teclado?
Nos últimos anos, têm sido publicados uma série de estudos científicos que falam na diferença que provoca no cérebro humano escrever com papel e caneta ou num teclado. E todos parecem chegar à mesma conclusão: escrever à mão tem uma ligação mais directa, mais profunda, com o cérebro humano. Mais criatividade, mais memória. É um processo mais lento que num teclado? Sim, mas necessário. Esta mudança poder ter impacto estrutural no desenvolvimento das próximas gerações.
È possível concluir que ao escrever à mão, o escritor diz que é obrigado a uma “certa lentidão” para tornar a escrita mais inteligível, o que por sua vez faz com que pense melhor, tenha melhor aproveitamento da área pensativa, pois a escrita é um meio de informação que nos complementa o desenvolvimento imperativo do nosso consciente , o que dá asas a melhores performances em algo como testes /exames.
Micael António Santos Pereira Ramos
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