Arquivo de Março, 2011

Genealogia dos Novos Média (Remediação, Hipermediacia e Imediacia)

É necessário antes de mais reconhecer que os média estão em constante evolução, eles não estagnam, compreendemos nesta lógica que alguns se aperfeiçoem, que alguns se integrem, se transformem ou simplesmente coexistam noutros… Outra ideia  que é necessário compreender  é a presença do meio em si próprio, quando ele é latente bem óbvio ou quando ele se encontra bem disfarçado quase não se dando por ele!  É aqui que nos deparamos com os conceitos de remediação, hipermediacia, imediacia que nos são pela primeira vez apresentados por Jay David Bolter e Richard Grusin . A remediação consiste praticamente em reformar as formas de média anteriores como são os casos a seguir apresentados:

Fonografia para concerto

Pintura para fotografia

Teatro para cinema

 Romance para cinema

Imprensa para hipertexto electrónico

Telefone para teleconferência.

Mcluhan afirma que o conteúdo de cada meio é sempre outro meio. Ex: o conteúdo da escrita é a fala  / o conteúdo da imprensa é a escrita! Bolter e Grusin chamam remediação a essa mesma característica. O conteúdo do meio é representado noutro meio. Segundo Bolter e Grusin esta característica seria a principal dos novos média digitais. Como todos os média digitais  funcionam numa relação dialéctica com os meios anteriores. Existem quatro tipos de remediação a saber:

a) Incorpora meios anteriores, procurando apagar a diferença, ex: digitalizando um livro preservando a sua estrutura e aparência originais.

b) Incorpora meios anteriores acentuando a diferença, ex: digitalizando imagens de cinema ou televisor e utilizando-as numa obra inteiramente digital. 

c) Absorve  inteiramente  um meio anterior e minimiza as diferenças entre ambos, ex: um jogo de computador que permite os jogadores serem personagens de uma narrativa fílmica.

d) Incorpora outras formas oriundas do seu próprio meio,  ex: um livro que incorpora elementos de outro livro.

A remediação tem em  vista o melhoramento dos média que o precedem!

Existe ainda nesta genealogia dois tópicos importantes: a imediacia e a hipermediacia.

Hipermediacia – a mediação opera segundo a lógica da opacidade, isto é, o meio mostra-se e torna a sua presença visível – o meio enquanto superfície que expõe a sua materialidade própria. Os diferentes actos de representação são tornados visíveis multiplicando os sinais de mediação: o espaço visual de representação é visto como espaço mediado.  Factores que favorecem a hipermediacia:

a) A multiplicidade de perspectivas.

b) Presença das marcas do pincel na superfície da tela, combinação de materiais, emancipação das cores e das formas relativamente ao código realista.

c) Presença do utilizador no próprio meio e dispositivos que centram interactividade.

d) Representações múltiplas dentro de janelas abertas no ecrã (texto, gráficos) e os vários elementos das aplicações (ícones, menus, barras de ferramentas) produzem um espaço heterogéneo.

 Falta ainda falar da imediacia. A imediacia actua segundo a lógica da transparência, isto é, tenta esconder-se tornar-se invisível. O meio para além de si próprio que oculta a sua materialidade especifica por ex: o sistema de 3D . Tudo isto é com o intuito que o utilizador não se depare com o média mas logo com o conteúdo do mesmo.

Procedimentos que favorecem a imediacia:

a) Perspectiva linear.

b) Apagamento das marcas do pincel na superfície da tela, homogeneidade das superfícies, utilização mimética da cor e da luz.

c) Automatização da técnica da perspectiva linear (através do cinema, fotografia e televisão).

d) Invisibilidade das aplicações informáticas que são executadas aparentemente sem intervenção Humana.

PEDRO POLÓNIO

A brecha entre gerações causada pelos NM

Com a explosão dos novos média, a geração claramente mais atraída e mais confortável com a evolução tecnológica da comunicação é a mais jovem. Para as pessoas que nasceram nos anos 80 ou 90, os novos média participam nas suas vidas, e estes os olham com complacência, e muitas vezes dependem deles como fonte de entretenimento e partilha de informação. Mas para a antiga geração, acredito que seja diferente. Como é que quem está habituado a comprar um jornal e a ter a informação imprensa em algo material vai-se habituar à ideia de ver as notícias num computador? Como é que se vão habituar a fazer “scroll down” em vez de virar a página?

 

O facto é que a nova geração conduz os novos média para níveis mais altos e fáceis de aceder, no que toca a partilha e conforto do seu uso. Isso traz consigo uma certa questão de valores. O que antes era sentar-se à volta do rádio ou da TV e esperar pela programa favorito, ou pelas notícias (categorizadas por outrem) agora é escolher qualquer altura do dia para ver qualquer programa ou para ler qualquer notícia que pretendemos saber. E também aquilo que vemos ou partilhamos constitui diferenças de percepções entre as gerações. O significado de privacidade, hoje-em-dia, é ditado pelos jovens, e o que para eles é aceitável de ser público, para os mais velhos não o é. A partilha de fotos de família ou de “noitadas” com os amigos é algo até encorajado pela nova geração. Esta liberdade que os jovens vêm não se traduz de maneira tão simples para os mais velhos. Os  de gerações prévias estão habituados a ser mais cuidadosos, porque são mais velhos e temem pela sua saúde, segurança e privacidade.Eles preferem algo ao qual estão habituados, como o jornal em papel (com notícias seleccionadas por profissionais, em quem confiam), do que aventurar-se na Internet e pesquisar a informação por eles próprios.

Há outras questões que evidenciam a brecha entre gerações causada pelos novos média, mas deixo aqui um vídeo para resumir o meu argumento:

 

André Ribeiro

O impacto da máquina de escrever

Antes de redigir este post, pesquisei no google: Impact of the first typewritter.Infelizmente só encontrei referências e textos sobre a máquina enquanto objecto. Isto é, não encontrei nenhum texto que falasse especificamente das reacções sociais causadas pela primeira máquina de escrever. Tentei falar com o meu avô para saber se ele sabia de alguma coisa, mas a máquina de escrever foi inventada em 1860, portanto, para a sua época, o impacto já estava mais difuso..

No entanto encontrei o seguinte website: answers.yahoo.com. Aparentemente é um sítio onde um utilizador pode submeter qualquer pergunta e os outros utilizadores, se a virem, podem tentar respondê-la. Por sorte, um indivíduo tinha uma pergunta semelhante à minha: http://answers.yahoo.com/question/index?qid=20080805003537AAcumIh

A resposta do outro utilizador, apesar de bastante informal, tinha uma base lógica e satisfatória. Segundo JVHawai’i, a máquina de escrever impressionou pela sua utilidade, especialmente para as empresas onde as ordens e instruções circulavam em textos escritos à mão e não era incomum que acontecessem desastres que originassem de uma palavra mal escrita. Por exemplo, um indivíduo que se enganasse a escrever um certo número de itens a produzir, podia induzir imensos trabalhadores em erro. E, juntamente com o fonógrafo e os outros aspectos da Revolução industrial, estas máquinas revolucionaram o negócio empresarial, o que proporcionou aos EUA , e a vários países da Europa, uma ascensão a potências mundiais.

Reflectindo sobre este argumento, entendo que o impacto da máquina de escrever foi mais profundo em termos económicos, empresariais e políticos. Mas, na vertente literária, também deve ter sido prezada por introduzir uma nova maneira de escrever. Em vez dos escritores estarem dependentes de uma letra legível, ou de uma editora mais perfeita, a máquina de escrever vem uniformizar todos os tipos de letra feitos por cada mão humana.

 

André Ribeiro

Arte digital

Quando se fala em tecnologia, já não podemos resumir o discurso em áreas relacionadas apenas de ordem científica.

Hoje as artes em suas várias configurações, também bebem dessa fonte e assim remodelam o olhar não apenas do espectador, mas de todos que pensam e executam arte.

Vemos assim o “Poder”, que é instituído a palavra “Tecnologia”, pois nos faz pensar, agir, reagir e sentir novas experiências.

Um meio se anexa ao outro essa foi a proposta de “Destino”, um desenho animado produzido pela Disney contendo representações das obras de arte de Salvador Dalí.

Não devemos porém, nos deixar ser conduzidos pela ingenuidade, pois não estamos diante das obras de Dalí, e sim de uma reconfiguração das mesmas, porém a consideração positiva dessa parceria é poder fazer com que um maior público tenha acesso as tais obras, ou seja, pode-se reflectir que, a tecnologia proporciona também quando convém, a promoção de um discurso social mais igualitário.

Andréia Moro Maranho

 

O Meio e a Mensagem

Uma das ideias centrais de McLuhan remete-nos para a noção de que qualquer mensagem é inevitavelmente  marcada pelo meio que a transporta, de tal forma que, no limite, este é que define aquela.  É certo que cada meio implica na forma de apreendermos uma mensagem e que de meios diferentes resultam apreensões diferentes de uma mensagem semelhante. Como já foi indicado neste blogue, uma carta, um e-mail, uma SMS, um vídeo, um quadro, uma gravação áudio,etc, ainda que utilizando a mesma mensagem ou ideia original, implicam percepções distintas do que se está a transmitir.

No entanto, penso que o importante desta análise por McLuhan tem que com as alterações culturais, sociais e também psicológicas provocadas pelo aparecimento de cada novo medium. Considerando que cada meio é uma extensão do ser humano, o aparecimento de cada um deles traz novas formas de contacto com o outro, novas formas de rnos relacionarmos com o mundo e com as pessoas. Historicamente, o autor define 3 grandes momentos em que se assiste a alterações drásticas provocadas pelo aparecimento de novos meios de transmissão de informação: o aparecimento da escrita, o aparecimento da imprensa e o aparecimento da electricidade. A cada passo, assistimos ao aparecimento de um novo e drasticamente diferente meio de interacção. Fugindo à descrição mais ou menos detalhada que o autor faz dessas consequências, não há dúvidas sobre o impacto causado por cada nova forma de transmissão da informação, da maneira como foram recebidas e assimiladas por cada sociedade: novas formas de identidade, novas relações de poder, novas maneiras de entender o nosso mundo. E é neste ponto, após a resignação a estes novos meios, que surge a preocupação com as consequências, como um possível mau uso do meio de comunicação: a propaganda, a engenharia social, a moldagem de uma opinião pública, invenção de necessidades, alienação…

Pope Pius XII was deeply concerned that there be serious study of the media today. On February 17, 1950, he said:

It is not an exaggeration to say that the future of modern society and the stability of its inner life depend in large part on the maintenance of an equilibrium between the strength of the techniques of communication and the capacity of the individual’s own reaction.

Failure in this respect has for centuries been typical and total for mankind. Subliminal and docile acceptance of media impact has made them prisons without walls for their human users.  (Understanding Media: The Extensions of Man, 2001[1964])

Rui Carvalho

Our conventional response to all media, namely that it is how
they are used that counts, is the numb stance of the technological idiot. For the “content” of a
medium is like the juicy piece of meat carried by the burglar to distract the watchdog of the
mind. The effect of the medium is made strong and intense just because it is given another
medium as “content.” The content of a movie is a novel or a play or an opera. The effect of
the movie form is not related to its program content. The “content” of writing or print is
speech, but the reader is almost entirely unaware either of print or of speech.

Download!!

Nenhuma “cultura” de aproximação do povo à cultura em geral, provavelmente a maior lacuna na evolução intelectual do ser humano, foi um erro muito grave cometido pela maioria dos estados ditatoriais europeus e um pouco por todo o mundo durante o século XX.

Devido a esta implícita acção de não-alimentação do culto do intelecto e da evolução em geral foram poucas as fontes de trabalho competente.

O ponto principal desta nota passa pela tentativa de compreensão da evolução do mercado musical.

Corria o século XVIII quando é dado a conhecer o primeiro “prodígio” do mundo, Mozart. Esta foi a altura em que se deu o principal desenvolvimento na Imprensa, foi comercializada. Este é um meio muito importante de comunicação inter-pessoal em massa.

Neste período Mozart deu a conhecer através da imprensa os seus dotes de compositor e pianista e ainda os seus primeiros concertos, concertos esses que eram vendidos em bilhetes, até então a única forma de dar ouvir à população as suas criações. Ao mesmo tempo estava a ser construído o mercado da música.

Passados os séculos XVIII e XIX onde se deram as primeiras provas do potencial económico que este mercado poderia ter chegamos ao século XX, período em que já referi ter havido uma depressão cultural.

Aqueles que na primeira metade do século XX produziram trabalhos musicais não conseguiram ter na Europa um reconhecimento tal como era desejado, até porque muitos desses aventureiros faziam parte de facções políticas discordantes com os governos em geral, gerando assim um sentimento de revolta por parte dos artistas, que muitas vezes acabavam por ser censurados nas suas letras e espectáculos. Ou seja nesta altura temos uma adulteração à liberdade do indivíduo. Os meios de comunicação tais como a imprensa, rádio, em meados do século a televisão, eram condicionados por vontades políticas em prol de uma população burra, fazendo com que não houvesse oposição do Zé Povinho ao Estado Governador.

Com o passar dos anos 50, devido à queda da maioria dos regimes fascistas, houve uma crescente sede de conhecimento.

Chegando aos anos 90 deu-se o “BOOM” da mediação de informação. Com o elevado nível de procura à adesão a um sistema de criação, mediação, remediação, etc, chamado Internet.

Se por um lado o mercado musical beneficiou com a fácil notificação aos interessados, e não só, dos seus novos nomes, por outro teve um castigo bastante grande, o fácil contorno dos deveres económicos que o utilizador tem para com o dono dos direitos de autor da arte em geral.

Com a criação do “Napster”, um sítio que pôde ser apelidado de “traficante de música”, o mundo perdeu o total controlo sobre os poderes da Internet, o principal meio de mediação de informação.

Download passou a ser a palavra-chave da Cybersociedade mundial. Desta forma os autores perderam economicamente muito daquilo que lhes era devido, devido à pirataria informática.

No entanto, ainda assim, à rebelia dos autores são criadas plataformas online de forma gratuita para o utilizador onde é possível disfrutar em pleno da cultura musical, sem que tenhamos de cometer crimes de pirataria. Ou seja, não pode ser feito o Download. Um grande e bom exemplo é o sítio “Grooveshark”.

Mesmo com estes podres, podemos agradecer por existir e ser tão implementado o nosso sistema de divulgação de informação.

João Ferreira

A busca pelo «real» e «eterno» nas imagens: a ascensão da fotografia.

Pintura em Lascaux, França

Das formas mais diferentes, o homem sempre tentou registar a sua existência. Na pré-história, além das marcas produzidas nas cavernas pela impressão de suas mãos, havia a representação das primeiras formas narrativas que faziam parte de seu quotidiano, onde desempenhavam um papel espiritual (relata-se que ao pintar um animal e depois o atingir com uma lança, esta acção seria realizada).

No Renascimento, a própria utilização da câmara escura por alguns pintores no acto de produção, revela essa tentativa em busca do real. A produção de imagens, em geral financiadas pela burguesia e clero ao longo da história das artes, faziam parte fundamental da imortalização de figuras importantes da sociedade. Esse sentimento humano em busca do «eterno» é discussão de vários filósofos. Em O Banquete (380 a.C.), Platão afirma que todo homem busca a “imortalidade, memória e bem-aventurança por todos os séculos seguintes”.

Com as primeiras experiências fotográficas no século XIX, o conceito de «real» e «eterno» tornam-se imediatos. A fotografia livra a representação da aptidão manual e, em parte, da interpretação individual. Deste modo, aproxima-se mais da representação do real. A fotografia compreende algo que está longe do «aqui e agora», e permanece no tempo sempre idêntica a si. Não é surpreendente que os primeiros modelos fotografados afirmavam que o advento da fotografia era uma “grande e misteriosa experiência” (Walter Benjamin), pois eram confrontados com uma realidade desconhecida de um meio mecânico, desvelada pelo próprio meio: a fotografia.

Esta aproximação da fotografia com os objectos, que revela o próprio e o outro, age sobre o espectador de forma mística. As pessoas passam a confrontar-se com a representação verosímil de si; a imagem adopta um sentimento quase que «primitivo» como das antigas pinturas rupestres. É comum o desconforto quando alguém rabisca ou falta respeito com alguma foto nossa ou de um ente querido. É como se a fotografia fosse tão real quanto os objectos ou pessoas.

A busca pelo real e eterno através da fotografia são evidentes, e fazem sentido até mesmo nos dias actuais. Contudo, o abuso de sua utilização pelos média convencionalizam os processos místicos e as revoluções internas que ainda as envolve.

Manoel Paixão Lordelo S. Jr.

Os «Média Quentes» na educação

O conceito de «média quentes e frios» é construído por McLuhan na primeira parte do Undearsting Media (1964). Um dos argumentos usados para esta classificação é o grau de participação do espectador, que está directamente relacionada ao grau de definição dos média. Os «média quentes», seguindo estes conceitos, seriam os meios de informação de alta definição, deste modo, exigindo uma menor participação do público.

A introdução dos «média quentes» nas salas de aula não seria um grande problema para a educação, já que, cada vez mais, exigiriam menos esforços intelectuais dos alunos? Por exemplo, as aulas em 3D aqui citadas, apesar de todas as qualidades inegáveis abordadas, não diminuíram a capacidade cognitiva dos estudantes?

Diante às aulas que utilizam meios em alta definição, há uma menor participação e pouco esforço imaginativo e intelectual, pois tal meio tem um elevado grau de informações, que não seria necessário um empenho interpretativo. Aqui a ideia de «participação» não refere-se no entanto à «entretenimento», já que essas aulas tendem realmente a chamar atenção dos alunos (sobretudo quando ainda são “novidades”), mas à «construção das faculdades intelectuais» (raciocínio, imaginação, memória, juízo, concepção…), a partir do contacto com o conhecimento escolar.

Manoel Paixão Lordelo S. Junior

Les nouveaux médias et la notion de besoin

Au fil des 20 dernières années de multiples innovations technologies sont apparues, certaines sont devenues des objets essentiels de notre vie quotidienne et d’autres ont eu un succès de courte durée ou ont été des échecs. Mais le point commun de toutes ces innovations est d’avoir eu l’ambition de créer un nouveau besoin aux consommateurs. Ceux qui ont réussis ont aujourd’hui des produits « phares » sur le marché.

Le dernier en date à avoir réussi est Apple et son iPad. En effet, le besoin de technologie informative portative était déjà comblé par des produits tels que les ordinateurs portables, ou encore les netbooks (mini ordinateur portable). Mais Apple a réussi, surement grâce a sa notoriété à implanter un produit souvent plus cher que ses « équivalents technologiques » sur le marché. Pour autant, Steve Jobs lui même ne s’est pas risqué à comparer l’iPad et les netbooks, et n’a pas placé l’iPad comme un successeur de l’ordinateur portable, mais l’a déclaré comme étant un nouveau segment : entre le Smartphone et l’ordinateur portable.

Malgré le besoin quasi-inexistant de ce type de produit, le géant Apple a réussi à vendre 2 millions d’iPad en seulement 59 jours ; iPad dont les prix débutent à 499€.

 Mais Apple en créant un nouveau segment ouvre la porte à la concurrence et on note déjà de nombreux produits concurrents. Le pouvoir d’Apple est sa renommée de par les succès précédents de l’iPhone mais aussi des ordinateurs et pc portables en matière d’informatique mais aussi de la famille iPod en matière de musique portable.

Mais avant d’en arriver la, l’entreprise de Stebe Jobs a connu quelques échecs, et ce malgré les moyens mis en place pour la publicité associée, comme nous le montre cet article:

http://publigeekaire.com/2010/07/6-echecs-commerciaux-apple-et-publicites-associees/ 

Pour résumer, le pouvoir des compagnies pour imposer leurs produits consiste à utiliser leur renommée; mais aussi à créer un nouveau besoin, voire même un nouveau segment, en ciblant ce que le client pourrait acheter, pour éviter l’effet gadget.

Julia Alberti

Nós e a tecnologia

            A tecnologia é hoje um assunto bastante abrangente e relativamente difícil de se tratar. Apesar de a maior parte de nós ter a noção de que nos estamos a tornar perigosamente viciados e dependentes da tecnologia, o que de alguma maneira afecta o nosso meio ambiente, a grande maioria de nós não se consegue despender dela por muito que tente.

            Maioritariamente a nossa geração e as futuras, em pequenas coisas do quotidiano, com as quais, estamos habituados a lidar desde o berço, tais como televisão, a própria luz das nossas casas, música gravada nas suas mais diversas formas, fotografias e todo o género de aparelhos ou meios com os quais temos contacto desde muito cedo.

            Esse contacto, involuntária e despropositadamente, afecta a nossa maneira de agir e ver o nosso mundo. Assim, ainda que muitos de nós se digam contra certos tipos de tecnologia que possam achar desnecessária e maliciosamente viciante, não nos conseguimos desprender completamente dela, sendo uma extensão do ser humano, uma evolução que nós criamos, é praticamente impossível voltar atrás, e imaginarmo-nos, por exemplo, sem poder usufruir de noticias de qualquer canto do mundo com o ligar da televisão ou um clique do rato, pensar em não poder aceder rapidamente a uma música que queiramos, ou um livro novo, pesquisar as criticas dos filmes mais recentes ou procurar em questão de segundos espectáculos artísticos que possamos ver.

            A tecnologia e os media estão, portanto, de tal maneira ligados a nós que já nem nos damos conta do quanto nos controlam, tornaram-se parte fundamental do nosso dia-a-dia ou até de nós mesmos. Apesar da dificuldade, devemos tentar aprender a desligarmo-nos um pouco de toda a influência que os media exercem em nós, não se trata de os ignorar e esquecer, mas saber tirar partido deles, da melhor maneira possível, sem exageros ou casos desnecessários, equilibrar a nossa relação com esse, que é um dos inegáveis avanços do ser humano.

            Andreia Sofia Sousa Martins

A Captação do Real

Desde os seus primórdios, o Homem encontrou dentro de si uma necessidade inegável de se expressar, inicialmente através de sons rudes, passando pela fala e pela escrita, pelo desenho e pintura, até às formas mais complexas e mecânicas, como é o caso da fotografia ou do cinema. Hoje, estas formas de comunicação são-nos muito familiares, de tal forma que quase as não notamos. Contudo, podemos-nos deparar com uma interessante discussão se pensarmos no que significou para o homem ver a primeira fotografia, a primeira imagem em movimento, ou ouvir pela primeira vez a voz humana gravada.

A fonografia, a fotografia e o cinema alteraram profundamente a nossa maneira de comunicar, a imagem que temos de nós próprios e, também, a nossa memmória e a forma como vivemos. Com as primeiras gravações da voz humana, ela desprendeu-se, de certa forma, da presença física do emissor, o que alterou a nossa concepção de fala e expressão oral de algo limitado e local a algo que pode ser ouvido noutros lugares e noutros tempos. Já a fotografia deu-nos a possibilidade de captarmos um momento quase instantaneamente. A sua antecessora pintura tentou várias vezes este efeito, sendo notável o esforço e génio de alguns pintores realistas. Contudo, muitas dessas pinturas foram construídas após a vivência do momento que representam, tendo sempre, ainda que bem disfarçada, alguma parcialidade por parte do autor. Hoje, ao pegarmos numa máquina fotográfica, conseguimos, assim que carregamos no botão do obturador, captar o momento no momento exacto em que acontece. O mesmo acontece com a captação de imagens em movimento.

É incontornável o efeito social e cultural que estas possibilidades nos trouxeram. Começam por alterar a maneira como vivemos, como nos vemos a nós próprios, como atentamos ao que nos rodeia, acabando por funcionar como auxiliares da nossa memória, permitindo-nos reviver momentos e sensações que acabam por se perder no tempo. Por fim, alteram a forma como nos damos a conhecer aos outros e mesmo a nós próprios.

Rita Henriques

L’évolution du e-commerce en Europe

Les nouveaux médias et leur évolution ont apportées de nouvelles pratiques, notamment dans le monde du commerce.  L’e-commerce est une composante du e-business utilisant un média électronique pour la réalisation de transactions commerciales, se divisant en plusieurs types. Il regroupe premièrement les échanges d’informations commerciales  entre une entreprise et des particuliers (B2C, business to consumer) ou entre deux entreprises (B2B, business to business), mais encore les échanges d’informations commerciales entre une entreprise et ses collaborateurs (B2E, business to employee), et enfin entre une entreprise et des collectivités territoriales (B2G, business to governement). Voici son historique en image :

Cette pratique est née avant même Internet, avec les premières transactions électroniques dès 1979 et se développe surtout avec l’avènement du Minitel à partir de 1982. Depuis le début des années 2000 l’e-commerce s’est progressivement installé en Europe en même temps que le développement et la « socialisation » d’Internet et du World Wide Web. En 2003, 19% de la population était considéré « cyber-acheteuse » et le chiffre d’affaire du e-commerce atteignait 33,4 milliards d’euros.

L’étude Forrester intitulée « Western European Online Retail Forecast, 2009-2014 »  de 2009 a fait le point sur l’évolution du e-commerce en Europe pour les cinq prochaines années .Cette étude prédit que le montant des achats sur Internet, en Europe de l’Ouest, devrait atteindre 114 milliards d’euros en 2014 et que 190 millions d’européens achèteront en ligne à cette date (contre 141 millions aujourd’hui).

Le e-commerce est devenu un objectif et un enjeu pour la majorité des entreprises européennes et il permet de développer son activité tout en gardant des coûts limités.

Julia Alberti

Representação da (1ª) Imagem

Observando os nossos comportamentos e formas de estar e viver podemos dizer que a representação é, em certa medida, um dos grandes pilares da nossa sociedade cultura. Tudo é feito em representação de algo, projectado em nome de, e nós mesmos, poderemos dizer, não somos mais do que uma mera representação daquilo que pensamos que os outros vê em nós. E como representação que somos, imagem construída, estamos constantemente a representar, a reproduzir, a apresentarmo-nos e a expormo-nos. No fundo somos a imagem que projectamos de nós mesmos ou tentamos ser essa imagem. E este termo, “Imagem”, diz-nos Carlos Ceia que “significava em latim (imago) mais uma cópia da realidade do que uma representação artística, portanto, convencional e trabalhada esteticamente.” E com isto chegamos à questão que nos foi apresentada numa das aulas de Introdução aos Novos Média: “Que terá representado para o Homem o visionamento das primeiras imagens em movimento?”.

Sinceramente é-me quase impossível dizer ou tentar explicar ou verbalizar tal sensação. É que eu já nasci bem depois dessas primeiras imagens, numa sociedade onde a imagem em movimento é algo banal. Mas creio que, seguindo a linha de raciocínio acima, o visionamento das primeiras imagens em movimento, além de outras implicações que possa ter tido, veio modificar os processos de autognose do homem em geral. “Afinal é assim que eu ando!” terão exclamado muitos. A noção que temos de nós próprios é, sempre foi e será, muito diferente de nós próprios. Se não concordam lembrem-se de quantas vezes não pensaram que estavam feios ou mal numa fotografia e mandaram repetir, quando a opinião dos outros era discordante.

A fotografia, e os processos fílmicos que a partir dela se desenvolveram, vieram dar ao Homem um novo espelho. O Homem consegue, a partir desse momento, congelar uma realidade, um momento, com tempo e espaço. Uma representação da realidade, de uma determinada realidade com uma determinada duração e um determinado espaço físico. Isto independentemente do que se tenha captado ser uma actuação ou um momento de espontaneidade, pois não é essa a questão agora. Se for captada uma peça de teatro esta não deixa de ter tido um tempo e espaço onde foi representada e captada e, como tal, apesar de uma encenação, faz parte de uma realidade que aconteceu.

Temos então dois conceitos juntos: espaço e tempo. E a autognose é, num sentido simplista, uma tentativa profunda de nos conhecermos enquanto ser, físico e psicológico, com massa física que ocupa um determinado espaço e que se modifica e evoluí com o tempo e num determinado tempo e contexto. Na verdade, as primeiras imagens em movimento conseguidas foram obtidas no âmbito de um estudo científico acerca do movimento do corpo de animais e humanos.

No fundo Marshall McLuhan estava coberto de razão quando afirmou, na sua teoria acerca dos meios de comunicação, que estes são extensões do homem, não sou eu que o afirmo nem a mim me compete. Mas indo mais longe poderemos afirmar que o vídeo, a imagem em movimento, além de uma extensão da visão do Homem são uma extensão do seu cérebro também, da sua noção de espaço e tempo. Pois se por um lado nos permitem ver onde coisas os nossos olhos não estavam, também nos permitem ver em nós coisas que os nossos sentidos não conseguem discernir e, como tal, das quais o nosso cérebro não tem noção e nós não conhecemos à partida.

João Miguel C. Pereirinha

A evolução da tecnologia e o antagonismo social

O processo evolutivo das tecnologias, ocorrido durante  cinco séculos ininterruptos,  do sec. XV d.C. com o Renascimento até nossos dias, produz uma tranformação abrangente em todas as áreas do conhecimento humano, e se acentuando vigorosamente com o iluminismo.

A história da  evolução do conhecimento começou com a  escrita  padronizada e  com invenção da  tipografia da imprensa e da máquina de datilografia; no ambito da  arte pictórica e  representativa das imagens , dos retratos das pessoas e paisagens, tinha como suporte básico  a tela, o muro, a parede, o vidro, o papel, o desenho  e as  tintas, técnicas seculares de  fixar  as imagens em que as caracteristicas individuais ou idealizadas das pessoas e imagens eram predominantes.  Posteriomente, para captar melhor os detalhes das imagens que se desejavam eternizar,  inventaram a câmara escura e  uma sucessão de aparelhos que antecederam a máquina fotográfica, neste interim, as pesquisas das ciências prosperavam e também a busca para a capatação e gravação da voz  humana ou do som. A energia eletrica, como o primeiro invento  que proporcionaria a  propulsão dos inventos  tecnológicos que hoje dispomos, possibilita industrialização  do mundo que chamamos de moderno ou pós moderno.

Porquanto, a tecnologia, que iniciara sua trajetória com a invenção da maquina de  escrever, dos jornais e revistas impressos, da fotografia,  da gravação da imagem em movimento, dos veículos automotores, ds aviões, do telegráfo, do telefone, dos gravadores de voz e som, do rádio e depois da televisão, alguns no inicio do século XX,  parecia que almejara a sua mais brilhante forma de comunicar e produzir imagens, ledo engano, depois da metade do seculo XX, a história dos media passaria a ser re-contada , re-teorizada, re-analisada com o advento do computador.

Ao assistirmos hoje, o imediatismo dos  recursos tecnológicos dos média, substancialmente, dos aparelho que contém  tudo que citamos anteriormente, e que, ainda  serão desenvolvidos,  concluimos que estamos ricamente avançados em conhecimento científico-tecnológico,  e ao mesmo tempo,  pobres e atrasados com as questões humanitárias, face aos conflitos e as desigualdades sociais  e culturais que temos em várias regiões do nosso planeta.

A  tecnologia evoluiu em poucas décadas, com o esforço e  empreendedorismo dos homens do saber, se  consegue encurtar distâncias entre pessoas, criar mundos imaginários, ficiticios e utópicos,  se consegue transformar verdadeiramente o comportamento e as relações sociais, facilitando a vida  de muitos, seja financeira, material ou culturalmente. Porém, o mundo civilizado, o mundo dos direitos sociais  não evoluiu e não se  desenvolveu tanto quanto o mundo das máquinas, há uma enorme abismo entre o conhecimento filosófico, sociológico, antropológico em sua praxis na sociedade e o conhecimento da engenharia de comunicação e informática e a produção de  equipamentos para as  industrias multinacionais, cada vez mais globalizadas,  não há  investimentos para solucionar e melhorar as condições de vida da grande populaça que ainda sofre a miséria e a pobreza em nosso planeta, paises  que estão classificados pela ONU no quesito IDH ainda em situações de extrema dificuldades.  Como conciliar e minimizar  este quadro antagônico que envergonha as  ciências tecnológicas e humanas?

Manoelito Neves

o que significa social e culturalmente a possibilidade de podermos registar as imagens, os sons, o movimento!!!!

É de extrema importância referir o impacto pessoal, social e cultural de ter  havido  a possibilidade   de registarmos imagens, sons e movimentos!  São por demais evidentes os benefícios e interesse que os registos podem trazer. A nível pessoal permitiu evocar memórias, relembrar momentos, voltar a sentir determinadas situações que porventura estariam esquecidas ou escondidas dentro de nós. Permitiu  saber mais sobre cada  um e sobre outros (outros  que poderiam estar ausentes por qualquer contingência) … também funciona como uma forma de trazer o passado para o presente e futuro (como são o caso das fotografias ou de registos áudio). Os registos áudio são ainda importantíssimos para o lazer,  assim como os primeiros registos de movimento que houveram e que vão dar origem ao que hoje em dia chamamos de cinema, ou seja, visto primeiro sob a perspectiva do lazer, do auto conhecimento, de  um ponto de vista criativo e de futuro, o registo é de suma importância, mas existem ainda tópicos que devem ser referidos  (as transformações que ocorrerão) ao nível cultural e científico. Ao nível cultural  passamos a ter avanços significativos que nos transportam a passos largos para um veicular mais rápido da informação  para uma população que até aqui  se encontrava desprovida da mesma, é quase o começo de uma nova era em que os meios proporcionam e disseminam o que até aí era restrito no caso dos saberes ou mesmo não existia no caso de películas ou de fotografias. Podemos dizer claramente que a capacidade de registar guardar ou armazenar fez com que as sociedades dessem um pulo qualitativo. São estes engenhos responsáveis também, pelos avanços das sociedades.

Existe desde os primórdios, desde os primeiros registos uma tentativa de pertença muito grande por parte  do Homem. Cada um de nós, procura incessantemente o seu lugar, querendo fazer parte desta aldeia global onde os avanços tecnológicos por muito ténues que fossem o atraem vertiginosamente. No entanto é importante referir que é necessário um equilíbrio entre  a utilização dos meios e a obsessão pelos meios (média).

Pedro Polónio

What it meant to see a moving image for the first time?

On the end of the 19th Century, life was totally different from nowadays, people only had words or drawings to relate a story, create a piece of art, or even remind events.

One of the first phonographic record and the first photographic record were huge changings. People had for the first time the occasion to register memories or have it on a material object.

But the first cinematographic record went even further, a new dimension of recording appeared. The possibility of having images in movement was born. It brings more than words, emotions in movements, real actions not limited by a fixed image. It is so much more complete and it is one of the first opportunities to create. It was finally possible to make creations, and keep memories of them for a long time, to make it live longer.

For creative peoples, it was the birth of a new possibility of art, a new way to create and show it to the world. The imagination could be stimulated by this new way of expression. One of the first creators of the Cinema were the Lumière brothers from France. In 1895 they decided to organize a public but paying screening of some of their works (L’Arroseur arrosé, Le Repas de bébé, La Sortie de l’usine Lumière à Lyon…). The first day, only thirty-three spectators (including two journalists) came to enjoy the various short films. But only one week after the waiting line seriously grew up.

Those new artists who used this new technology had faith in it, they made it evolve. And thanks to them it kept on evolving. It is in continuous changing, always creating new, and always more realistic, ways to see the world.

Julia Alberti

O Meio é a Mensagem

O meio é a mensagem foi uma teoria desenvolvida por Marshall McLuhan, que diz que o meio não é apenas um instrumento que permite passar mensagens entre as pessoas, mas também faz parte da mesma. Por exemplo quando recebemos uma mensagem de telemóvel, a interpretação desta é completamente diferente do que se tivermos a falar pessoalmente com outra pessoa e esta transmitir-nos a mesma informação que se encontra no SMS. Costumamos dizer que meio serve apenas como intermediário entre a mensagem (a informação) e os sujeitos que somos nós mas isso é errado dizer pois ele próprio faz parte da mensagem recebida, e podemos ver isso através da televisão que nos permite observar e ouvir as diferentes informações que nos são transmitidas todos os dias podendo assim dar mais ênfase por exemplo às notícias que se focem lidas não seriam tão apelativas. A mensagem usa o meio e este usa-a como forma de comunicação que permite às pessoas saberem o que lhes interessa ou não. Isto acontece principalmente nas propagandas das novas tecnologias que usam os novos média, exemplo a internet, como instrumento par aliciar as pessoas a adquirir esses equipamentos. Antigamente as notícias eram transmitidas vocalmente, ou seja de pessoa para pessoa, mas com o passar do tempo foi necessário alterar hábitos para que fosse possível haver comunicação entre os diferentes sujeitos. O principal meio de comunicação sempre foi a fala, podendo esta ser transcrita para papel, ou até mesmo nos dias de hoje ser ouvida através da rádio ou vista pela televisão. Marshall McLuhan distinguiu diferentes meios que permitem transmitir a mensagem dando lhes o seu devido valor pois aos poucos e poucos todos se complementando ou seja a fala dá nos a escrita, esta levou há criação da imprensa. A televisão foi complemento da rádio, ligando dois sentidos a visão e a audição, mas que foi nos últimos tempos o principal meio de comunicação entre todas as pessoas dos diferentes países.

César Jesus      

Media como extensão do indivíduo

                Para Marshall McLuhan, os media tratava-se de uma extensão do individuo, usando a expressão de “extensão do sistema nervoso central”, na era tecnológica, o processo de desvinculação de um tempo e espaço específicos para a comunicação. A tecnologia, como toda a extensão do ser humano, obriga a sociedade a adaptar-se a ela. McLuhan vê a tecnologia como um meio de alargar os nossos sentidos, como tem vindo a acontecer com maior intensidade nos nossos dias.

                Muitos dos nossos hábitos foram alterados graças à tecnologia, uns para melhor, facilitando o dia-a-dia, outros mais como um uso exagerado dessas facilidades, do que como uma simples necessidade.

                Todos os dias somos “bombardeados” com publicidade gratuita, cuja mensagem é apenas uma ordem de consumo camuflada. Entre anúncios, programas de Tv., músicas, ou qualquer outro meio de publicidade, como um aparelho electrónico que em si se torna um meio de condicionar a sociedade a consumir tecnologia, como um telemóvel ou um computador. Qualquer extensão tem consequências na maneira como o ser humano pensa ou organiza a sociedade, sendo o próprio meio uma forma de a condicionar.

                Assim, somos todos os dias sujeitos a narrativas alheias que nos são impostas regularmente, a questão é, temos meios para descodificar e entender essa mensagem? Geralmente a mensagem é interpretada de acordo com quem a transmite, no entanto, hoje em dia podem-se diferenciar três tipos de descodificação: o grupo de indivíduos que imediatamente reage à mensagem sem se dar ao trabalho de a tentar descodificar ou entender, o grupo de indivíduos que se opõem, que de algum modo critica e rejeita a mensagem, e aqueles que imediatamente rejeitem a mensagem sem sequer a criticar.

                Assim, hoje, com a quantidade enorme de informação a que temos acesso, temos a obrigação de prestar atenção não só ao meio, mas também à mensagem que nos é transmitida, devemos parar de nos comportar como fantoches controlados pelos fios eléctricos que nos rodeiam, e tentar perceber se aquilo que nos é transmitido ou imposto é realmente aquilo de que precisamos.

                               Andreia Sofia Sousa Martins

Um exemplo da forma de alteração de ensino

As práticas de ensino, de hoje em dia, são bastante diferentes das tradicionais pois estão, invariavelmente,  mais ligadas às tecnologias e aos novos média. A forma de nos interligarmos está cada vez mais presente e mais fácil de obter e a informação que hoje circula está cada vez mais globalizada pelos meios de informação. Tudo isto possibilita uma nova forma de encararmos o ensino e , consequentemente, as suas práticas.  A forma como a aula é dada, hoje em dia, está cada vez mais a abandonar o quadro tradicional para dar lugar ao quadro interactivo e aos “power points”. Começa-se a utilizar mais material tecnológico para, assim, incentivar o aluno a achar a matéria mais interessante.

Analisando o vídeo (visualizado na aula) de Michael Wesch, posso concluir que:

– a excessiva utilização dos computadores pode levar à falta de encorajamento por parte do aluno a participar na aula;

– os estudantes têm mais facilidade em encontrar o que é realmente preciso para o seu estudo diário;

– enfrentam bastante dificuldades de concentração;

– perguntam-se bastantes vezes se irão ter emprego na sua área;

– a presença do facebook e da internet atrapalha muitas vezes a vida escolar, assim como o telemóvel;

Apresento-vos, então, um vídeo que contém uma ideia bastante inovadora e que me captou a atenção pelo simples facto de incorporar na aula o Facebook e o Twitter (as 2 redes sociais mais famosas do Mundo) para, assim, improvisar o estudo e para uma partilha de informação entre colegas e professores mais fácil.

Atendendo à descrição no vídeo pode-se ler: ” Os estudantes universitários sempre falaram das suas aulas, e, ultimamente, as conversações foram transferidas para o Facebook, Twitter e mensagens de texto, muitas vezes durante a aula de leitura em si.
Agora, através de uma incorporação um pouco inteligente de jiu-jitsu educacional, uma aplicação desenvolvida em Purdue University,  usa essas conversas backchannel para melhorar a aprendizagem dos alunos.”

O software que capta as conversações durante a aula chama-se Hotseat e é através dele que o estudante comenta sobre um determinado assunto. Permite também que todos os presentes na sala de aula leiam essas mensagens, incluindo os assistentes e o  professor.  Os estudantes podem enviar mensagens para Hotseat usando o seu Facebook, MySpace e Twitter, ou podem simplesmente entrar no site Hotseat.

Sugato Chakravarty, professor do “Purdue’s Department of Consumer Sciences and Retailing”, disse que o Hotseat está a transformar-se numa inovação legal. Com esta ideia, vê-se cada vez mais alunos a interagir com o curso e a  fazer perguntas relevantes…

Este é mais um dos exemplos em que os média e a educação podem funcionar de uma maneira mais benéfica para os estudantes!

(Para mais informações: http://www.purdue.edu/newsroom/students/2009/091102BowenHotseat.html )

Sara Cunha

Captação de imagem e som – Impactos e transformações

Inicialmente, acreditava-se que os mecanismos de captação de imagem e som captava a realidade, tal pensamento gerou um certo impacto social, pois alguns acreditavam ter tal facto cunho religioso, desmerecendo toda parte cientifica e tecnologia. Com o passar do tempo, muitos foram os que reflectiram sobre a questão e chegou-se a conclusão de que a captação da imagem e do som na verdade era uma REPRESENTAÇÃO do real, e a partir deste conceito, novas transformações ocorreram em diversas áreas do conhecimento.

No campo Social, tal mecanismo permitiu uma maior rapidez e amplitude de acesso e disseminação de informação;

No campo psicológico, ocorreu uma fragmentação da identidade e ao mesmo tempo gerou uma necessidade de pertencer;

No campo cultural, houve uma alteração de carácter comunicacional;

Percebemos assim, que somos influenciados por esses mecanismos,mas que também o influenciamos, ou seja, queremos CONSUMI-LO.

Esse desejo de consumo, é que desperta o interesse nos investimentos ligados as áreas científicas e tecnológicas. E é esse mesmo desejo que nos move a captar cada vez mais o outro, o eu, um todo, e ser também captado pelo outro e pelo todo a todo instante.

A necessidade de ser visto, de ser observado, de ver e de observar, rompe com a palavra privacidade e nos da “PODER”!

“PODER” estar inserido, “PODER” não se sentir só, “PODER” “SER”, não apenas existir.

Andreia Moro Maranho


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