Arquivo de Junho, 2009

DigArtMedia: como se aprende?

Self_Portrait_As_Others

Talan Memmott, Self Portrait(s) [as Other(s)] (2003).

O blogue DigArtMedia, tal como o programa de Introdução aos Novos Média a que está associado, acabou por ser, talvez inesperadamente, uma pequena experiência de ensino. De ensino como re-imaginação dos actos de comunicação que formalizam a aprendizagem em contexto escolar. Ao decidir integrar esta ferramenta no corpo do programa, como parte da reflexão colectiva sobre a mediação digital contemporânea, fi-lo sem saber exactamente o que poderia acontecer. É certo que tentei tornar o blogue não apenas parte integrante do acto pedagógico, mas algo que poderia interferir, até certo ponto, na forma do acto. Algo que acrescentasse à comunicação em sala de aula a possibilidade de individualizar os pontos de vista daqueles que, por força dos constragimentos institucionais que os reproduzem como professor e alunos/as, se vêem obrigados a encontrar-se a uma mesma hora a certos dias da semana durante algum tempo.

Este encontro forçado chamaria a atenção para um conjunto de objectos que caracterizam a tecnosfera em que vivemos e, ao mesmo tempo, construiria um vocabulário crítico para pensar os processos cognitivos, sociais e estéticos que nela se reconfiguram. Através do blogue, a realização daqueles actos de comunicação ficaria vinculada a uma prática de escrita partilhada enquanto extensão das interacções de cada um consigo mesmo que tornam possível a aprendizagem. Deste modo, a pergunta ‘como se aprende?’ parece poder voltar a formular-se, uma vez mais, nas suas múltiplas ressonâncias.

Aprende-se – e é isso que me voltam a dizer os textos escritos por vós ao longo destes quatro meses  – através de uma interacção entre as representações de que dispomos para pensar e dizer o mundo (e para nos pensarmos e dizermos a nós mesmos) e as novas representações que vamos construindo por efeito da mudança que o mundo faz em nós enquanto passa o tempo que é estarmos nele. Substituímos representações por outras representações, e ao fazê-lo percebemos a condição intrinsecamente mediada da cognição e da afecção humanas. Aquilo que nos acontece está sempre além daquilo que conseguimos representar. Aprender é, de algum modo, experimentar a insuficiência das novas representações no próprio momento em que abandonamos as velhas.

Por outro lado, este processo de re-representação, que nos mostra os enquadramentos sucessivos dos esquemas com que julgávamos ter fixado uma imagem do real, não é possível sem o investimento afectivo que permite ao mundo surgir como um objecto. Quer dizer que tenho que entrar na linguagem que me faz ser de um determinado modo para que o objecto do meu olhar se torne representável enquanto tal. E é esse jogo, entre afecto e cognição, que este exercício de escrita partilhada (e espartilhada) torna de novo tão claro enquanto jogo essencial da aprendizagem.

Havia um conjunto de regras iniciais, é certo, mas também um espaço para redefinir pelo uso o sentido dessas regras. E foi justamente isso o que aconteceu: a pouco e pouco, os pontos de vista individuais foram surgindo, os seus ângulos particulares, os seus modos de representação, os seus interesses, os seus afectos, os seus desejos, os seus objectos. E nessa retroacção aberta entre a ferramenta de escrita e o desejo de comunicar, a experiência da aprendizagem parece ganhar algo da sua liberdade fundamental. E o mundo parece abrir-se, por instantes, a esse modo de curiosidade de quem não tem ainda uma linguagem para falar dele.

MP

Arcade Fire, Neon Bible (2007).

Antologia DigArtMedia

ALBINO BAPTISTA O Cartão de Estudante na Era Digital

ANA SOFIA LOPES A Teoria Computacional da Mente

ANA TERESA SANTOS “O Meio é a Mensagem”

ANDRÉ MADALENO Efeitos Matrix

ANDRÉ RUI GRAÇA Eu, o Myspace e o 6º Sentido

ANDREIA CONDE Já não funcionas sem Internet?!

CARLOTA AMBRÓSIO Próteses Tecnológicas

CATARINA GODINHO Vários tipos de tecnologia num dia

CÁTIA TEODORO All is full of love

CLÁUDIA MARQUES ASCII History of Moving Images (1998)

DAVIDE VICENTE Um trampolim chamado U-Clic

DIANA MARTINS INÁCIO Uso, mas não abuso!

DIANA REIS Os vários tipos de sujeito

FÁTIMA MACEDO Ten Thousand Pictures of You

FILIPE METELO Computação gráfica – Animação digital!

FLORA GUERREIRO Inovação no Anúncio do Fonógrafo de Edison

INÊS MONTEIRO Dialtones: A Telesymphony

INÊS DE ALMEIDA O Futuro no Passado

JOÃO MARTINHO Loudness War

KAT COCKBILL Cyberpunk, na literatura uma visão do futuro

MARIA INÊS Milo

MARIANA DOMINGUES O sujeito digital numa nova perspectiva de intimidade

MORGANA GOMES Remediação musical

RICARDO BOLÉO A (des)personalização da escrita

SANDRA CAROLE TEIXEIRA Facebook

SANDRA CARDOSO Itinerário do Sal: Ópera Multimédia

SARA FERNANDES Vídeo de Pavla Koutského

A Internet exercita o cérebro

Segundo tive conhecimento, um estudo da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) afirma que navegar na Internet pode ajudar pessoas de meia-idade e mais velhas a exercitar o cérebro. Este estudo baseou-se em 24 voluntários com idades entre 55 e 76 anos, metade dos quais eram utilizadores experientes da Internet.

Cada voluntário foi submetido a um exame cerebral enquanto realizava tarefas de pesquisa na Web e leitura de livros. Ambas as tarefas provocaram uma actividade significativa nas regiões do cérebro que controlam a linguagem, leitura, memória e capacidades visuais. No entanto, a tarefa de pesquisar na Web activou adicionalmente outras regiões do cérebro que controlam o processo de tomada de decisões e o raciocínio complexo, mas apenas entre os que eram utilizadores experientes da Internet.

Segundo os investigadores, a Internet, em comparação com a leitura simples, disponibiliza um grande leque de escolhas que requer que as pessoas tomem decisões acerca daquilo em que vão clicar de forma a encontrar a informação relevante. Os cientistas sugerem contudo que os internautas “novatos” obtiveram resultados diferentes dos mais experientes porque não terão assimilado as estratégias necessárias para efectuar correctamente uma pesquisa na Internet.

 

Diana Martins Inácio

Spotify . Combate à pirataria musical!!

É notório o grande crescimento das artes e mais ainda quando falamos a nível musical. Por consequência, cresce também a pirataria musical, crime que ainda não foi possível combater e para o qual se procuram as mais variadas formas para sucumbir tal delito.
Foi criado recentemente a solução que consiste na criação de um serviço que preencha todas as necessidades dos amantes da música. É do Spotify que vos falo. Trata-se de uma aplicação que fornece ao amante da música uma gigantesca oferta, uma espécie de mistura entre o melhor do iTunes e do last.fm. Esta tecnologia permite ao utilizador ouvir a música instantaneamente através de um canal suportado pela tecnologia P2P.
Com uma qualidade equivalente à do MP3 de 160Kb/s, o Spotify oferece uma biblioteca musical vasta, em parte pelo facto de ter acordos com a EMI, Warner Music, Sony BMG e outras três majors que encaram de forma positiva este novo conceito de música. É a altura certa para acabar com a pirataria e continuar a ouvir os mais variados tipos de música à distância de um clique LEGAL.

Filipe Metelo

Windguru

http://www.windguru.cz/pt/

Este é um site bastante útil que nos possibilita saber facilmente as condições meteorológicas e foi especialmente pensado para os praticantes por exemplo, dewindsurf, kitesurf e muitos outros desportos náuticos.

Possibilita-nos uma pesquisa a nível mundial, sendo portanto possível saber as previsões de qualquer parte do mundo (Europa, Ásia, África, Américas, etc.) e de qualquer país e região litoral. Todos estes aspectos tornam este site uma ferramenta bastante útil para quem tenciona viajar e gostaria de saber as previsões do tempo e do estado do náutico.

No menu de Locais, basta seleccionar qual o país e o local de que se pretende saber as previsões, e rapidamente são-nos apresentados os principais dados de interesse, tal como: a direcção do vento; a ondulação; os períodos e direcções das vagas; a temperatura; a nebulosidade; e precipitação. As previsões abrangem oito dias (o dia em que é feita a pesquisa e os 7 dias seguintes), e várias horas do dia (de três em três horas: 05h, 08h, 11h, 14h, 17h, 20h). São-nos apresentadas de um modo fácil de identificar e compreender, usando gráficos ilustrativos e com cores alusivas às temperaturas acompanhadas dos respectivos valores.

Maria Inês

Walk2Web – Walk. Explore. Have Fun

Walk2Web

Em 2007, revolucionando o sistema de navegação na Internet, surgiu o Walk2Web, uma ferramenta de visualização que convida a uma pesquisa mais produtiva e até mais divertida.

Esta ferramenta permite ao utilizador saltar de site em site, ao mesmo tempo que mantém uma perspectiva de todos os percursos possíveis a partir de links existentes no site visitado em primeiro lugar. Assim, fica acessível uma rede de ligações que, decerto, permitirão uma melhor pesquisa e um conhecimento mais abrangente.

Na homepage de Walk2web, é possível pedir ajuda “ao vivo” ou aceder ao Walk2Web surfer’s blog.

Sandra Cardoso

The Beatles: Rock Band

A evolução dos jogos de consolas parece não ter fim! Ainda ‘ontem’ jogávamos Nintendo acompanhados pelo Super Mário, ou Sony com o rápido Sonic e hoje esses lendários personagens foram ultrapassados por algo inovador.

Para além dos milhares de novos jogos e consolas melhoradas, chegam-nos também novos métodos de jogar, que abandonam o uso do “velho comando”.

Um bom exemplo disto, são os novos jogos Guitar Hero, que nos posicionam no lugar dos músicos, e nos proporcionam a adrenalina e experiencia de tocar os seus instrumentos e dar voz aos temas aprendendo as suas músicas (tempos, acordes, tons, etc.). E ainda o divertido SingStar, que tem como objectivo cantar diversos temas em equipa e disputar o lugar de melhor vocalista. Existe uma enorme variedade de bandas e estilos disponíveis para estes jogos.

Finalmente a Aple Corps juntamente com os The Betles, pensou num projecto que trará aos fans a possibilidade de viver os gloriosos momentos de carreira dos ‘The Beatles’, uma das mais badaladas bandas da história da música! Não só será possível acompanhar a sua evolução e todas as suas conquistas, como também poder-se-á fazer parte da própria banda ao lado de Jhon, Paul, George e Ringo. Os cenários são fabulosos, e a virtualidade dá asas à nossa imaginação. Cores, formas, sons, vidas, dão a este projecto toda a sua criatividade.

Os temas são históricos e entre eles podemos destacar:

  • I Saw Her Standing There
  • I Want to Hold Your Hand
  • I Feel Fine
  • Day Tripper
  • Taxman
  • I Am the Walrus
  • Back in the USSR
  • Octopus’s Garden
  • Here Comes the Sun
  • Get Back

O seu lançamento está previsto para o dia 9 de Setembro de 2009. Aqui fica o vídeo, e o site oficial deste projecto:

http://www.thebeatlesrockband.com/

Maria Inês

Um futuro sem tecnologia.

Imaginamos um futuro onde a tecnologia impera. Um futuro onde aquilo que vemos nos filmes de ficção científica serão tão banais como usar um telemóvel. Um futuro onde o incrível avanço da tecnologia produzirá frutos nunca antes pensados. No entanto, o futuro que o filme ‘The time machine’ nos dá é completamente diferente. É certo que esse futuro se passa daqui a milhares e milhares de anos, numa era completamente longínqua da nossa, mas não deixa de ser um futuro deveras curioso que tem o seu sentido. Este filme, lançado no ano de 2002, teve a direcção a cargo de Gore Verbinski e Simon Wells, e é baseado na história de ficção científica de H. G. Wells. Alexander Hartlegen é um cientista do século XIX que perde a sua amada tragicamente, decidindo construir uma máquina do tempo para remediar essa situação. No entanto, após a ter construído, ao usá-la ele decide ir ao futuro para achar respostas para o seu tempo. Chega a uma época em que a tecnologia no dia-a-dia é como aquela que nós actualmente vemos nos filmes de ficção científica, no entanto, devido a todos os comportamentos excessivos e gananciosos do ser humano, fazem com que pedaços da lua caiam na terra. É neste momento que o cientista viaja oitocentos mil anos no futuro, chegando ao ano de 802.701 d.C. . Ao sermos projectados para esta nova era, em vez de encontrarmos uma humanidade altamente futurista, damos de caras como se fosse um ‘passado no futuro’. A tecnologia não existe bem como todos os outros progressos para os quais os seres humanos trabalharam. Esta humanidade tinha sido despida de todos aqueles bens materiais que acabam então por ser superficiais, notando-se bastante bem neste filme que sem eles, as pessoas entre ajudam-se muito mais, estabelecendo relações pessoais muito mais verdadeira. Trata-se de um filme interessante neste tipo de questões, dando-nos uma curiosa perspectiva de futuro para a humanidade. Um futuro onde a tecnologia e os progressos humanos ao longo de anos e anos desaparecem, e surge uma população mais humanizada. Um futuro um pouco irónico mas que não deixa de ser fiável.

Cátia Teodoro

My Boyfriend Came Back From The War

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O “netfilm” My Boyfriend Came Back From the War (http://www.teleportacia.org/war/war.html), de 1996, da autoria de Olia Lialina, é um projecto já muito conhecido na Net Art, tendo sido apropriado e remisturado por muitos outros artistas (http://myboyfriendcamebackfromth.ewar.ru/). Conta a história de dois amantes que se reencontram depois do personagem masculino voltar da guerra. Esse reencontro é doloroso, percebemos isso na dificuldade que encontramos para juntar os fragmentos do diálogo. A mulher diz-lhe que teve um caso com um vizinho durante o tempo em que o namorado esteve ausente. Ele pede-a em casamento. Não há uma narrativa linear, as imagens a preto e branco sucedem-se, à medida que carregamos nelas ou nas palavras e frases que vão surgindo, em cada quadro do ecrã. Esta escolha lembra a montagem no cinema, em que se vão juntando as peças do puzzle para produzir um todo coerente. As legendas nunca aparecem com a imagem, aludindo aos filmes mudos.

Olia Lialina estudou Crítica Cinematográfica na Universidade Estatal de Moscovo e organizou o Cine Fanton, um clube experimental de cinema na capital.

Inês Monteiro

Slow Motion

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O slow motion está bastante presente nos mais diversos vídeos, filmes, publicidade, até em imagens, fotografias entre outros. Com certeza que já nos deparámos com os demais efeitos curiosos usando esta técnica, são inúmeros os sites que possuem grandes quantidades de experiências em slow motion. 

 

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 Corresponde, essencialmente, ao retardar da filmagem, como usualmente conhecemos o ‘filmar em câmara lenta’, ou o captar momentâneo do preciso movimento em fotografias ou em filmes. È uma técnica deveras usada em vídeos, principalmente por ser fácil de conseguir, já antiga, que já na nossa infância ouvíamos falar. Já nas fotografias é mais complicado, mais trabalhoso e exige uma maior paciência, mas o resultado final é extraordinário. Presentemente cada vez são criadas mais câmaras fotográficas, acessíveis ao publico em geral, que facilitam a captação em slow motion.

As experiências nesta técnica conferem resultados espectaculares quando escolhemos devidamente uma situação para filmar ou fotografar deste modo. Assim deparamo-nos com várias situações caricatas e curiosas, que até nos transportam para um novo mundo de definições.

Aqui deixo um exemplo desses demais vídeos encontrados por toda a internet:

 

Mariana Domingues

‘All is full of love’

 

‘All is full of love’ é um vídeo bastante interessante de uma música da artista Björk, que junta dois robots apaixonados, fazendo parte do álbum Homogenic. Foi dirigido por Chris Cunningham que se tornou famoso em 1997 com o vídeo ‘Come to Daddy’, tendo sido também responsável pelo vídeo ‘Frozen’ de Madonna e ‘Only You’ de Portishead. Pelas palavras de Cunningham, o vídeo é uma combinação de robots industriais, anatomia feminina e luz fluorescente. O vídeo começa com um robot a ser montado e reparado por braços mecânicos enquanto canta calmamente. Entretanto outro robot aparece, juntando-se ao primeiro na música, cantando com ele. O ponto alto dá-se quando os dois robots se juntam num abraço, beijando-se apaixonadamente, enquanto ainda estão a ser montados e reparados nas suas costas pelos braços mecânicos ligados a máquinas. O vídeo apresenta um cenário branco e bastante simples, com os dois robots, as duas máquinas industriais e uma espécie de plataforma onde os robots se encontram. Todo o processo captado no vídeo é feito de forma bastante lenta, com os braços mecânicos a repararem os robots,  e apesar de o vídeo tender para motivos sexuais não se torna ofensivo, talvez por se desenrolar de uma maneira tão simples e até mesmo inocente. Cada um dos dois robots apresenta no rosto feições delicadas da artista Björk e foram construídos por Paul Catling. Para a caracterização do robot da Björk, em primeiro lugar foi gravado o robot sem a cabeça e em seguida a artista colocou-se na mesma posição para que a sua cabeça coincidisse com o resto do corpo robótico. No entanto, apenas os seus olhos e boca foram utilizadas, o resto da cabeça foi utilizada do robot, em 3D. Cunningham menciona que ao ouvir esta música as primeiras palavras que lhe ocorreram foram ‘sexual’, ‘leite’, e ‘porcelana branca’. Ao termo sexual podemos encontrá-lo no vídeo quando os dois robots se envolvem apaixonadamente, ‘porcelana branca’ devido ás características dos robots em si e ‘leite’ quando se vê algo branco a escorrer dos robots e das suas peças, como se tivesse derretido, ligando isso ao amor. Este foi um vídeo que recebeu bastantes prémios, cerca de dezasseis, sendo desta forma bastante reconhecido pela sua qualidade e singularidade. No que toca à letra da música, ela fala sobre acreditar que o amor existe em todo o lugar, por vezes não na direcção em que se procura, mas sim em toda a parte e em cada canto. Mas será que ele também se encontra entre dois robots? Na minha opinião, ao chegarem a este extremo no vídeo, conseguiram transmitir a mensagem da música, ‘All is full of love’.

Cátia Teodoro

Dependência pelo Facilitismo

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Não aconteceu já a todos nós estarmos a resolver questões burocratas ou algo do género e, por uma falha no sistema informático, termos que voltar apenas no dia seguinte?

Este é um bom exemplo da dependência que a sociedade possui pela tecnologia. Já não existe formas alternativas para realizar actividades que estavam a cargo prévio dos meios informáticos e, caso estes falhem, é catastrófico. Deposita-se uma elevada confiança na tecnologia, não nos lembramos que esta pode falhar. Falamos aqui de dependência, não só colectiva como do individual.

È difícil avaliar quem está dependente tecnologicamente, pois ainda não existe um modelo padrão para avaliar tais situações. No entanto, um facto é que a dependência, neste caso tecnológica, é não poder viver sem ela, portanto a maior parte da população mundial é dependente. È algo assustador, mas real. Há inúmeros casos de pessoas que ficam nervosas quando não conseguem ter acesso a meios informáticos, nem se conseguem lembrar como faziam antigamente. Nestes casos vemos a tecnologia a tomar conta de nós sem fazermos nada contra isso.

Principalmente através das redes comunicacionais estabelecidas tão facilmente através da tecnologia, nomeadamente pela internet, é notório o crescente número de dependentes destas redes. Visto que o ser humano tem uma grande necessidade de comunicar, todos os meios que estão ligados à comunicação têm uma especial adesão do público, revelando-se uma conexão em massa, rapidamente absorvida. Tornou-se uma necessidade comunicar onde quer que se esteja e este facto viabilizou uma massificação do uso, por exemplo, de e-mail ou do msn, que já não é utilizado para casos esporádicos, mas sim, um modo de vida com o qual já não se consegue viver.

Nesta geração, quem não vê o msn ou o telemóvel como uma necessidade está ‘fora de tempo’ e não está integrado numa sociedade. Será que estas pessoas são assim tão desactualizadas…ou não se deixam levar pelo facilitismo? Quer queiramos quer não, a tecnologia é isso mesmo: um enorme facilitismo de todas as actividades.

As actuações feitas agora sem exigência de pensamento ou até de actividade física, tornaram as pessoas mais acomodadas e já com uma alteração do seu relógio biológico. Estas já querem fazer tudo à velocidade do computador, querem que todas as actividades se resolvam com um click. Desejam que situações voltem atrás com a facilidade de um ‘retroceder’ ou que percebamos melhor as coisas com um ‘actualizar’.

Isto altera a personalidade individual, torna as pessoas mais impacientes, mais ignorantes na medida em que não precisam de esforçar para pensar, pois é tudo feito por elas. Isto gera uma dependência pelo facilitismo, uma dependência pela tecnologia.

Não saber lidar com a pressão da tecnologia pode provocar problemas de auto-estima e o caso, se não for acompanhado, pode transformar-se numa neurose digital. Este mundo já passou a barreira do inofensivo como se designava inicialmente.

Mariana Domingues

Dança, literatura, e tecnologia

É no ano de 2008 que a Companhia de Dança de Aveiro, nos apresenta o novo trabalho “Os livros”, através da dança contemporânea é nos transmitido linguagens artísticas. É conjudado assim os livros objectos de literatura e cultura, com a dança forma de expressão de arte, com a tecnologia sob a forma de luzes e reprodução da música. Os livros são admitidos como objecto que faz também a coregrafia, criando uma relação muito intíma entre o bailarino e o seu livro, acontece ali um jogo que resulta bastante bem. E todo este espectáculo só é conseguido com um jogo muito bem pensado de luzes e cores, que dá ao palco uma vivacidade unica que acaba mesmo por chegar ao público, causando uma sensação por vezes até de alegria ou mesmo um sentimento mais reflexivo. Todo a escolha das músicas, dos bailarinos e do tema foi muito bem programada, issó é algo que percebemos logo a partir do primeiro momento em que começa acontecer o espectáculo em palco.

Diana Reis

Revolução na comunicação – a caneta inteligente

Não estou certa que este tema ainda aqui não foi referido, mas gostaria de vos apresentar uma nova caneta, uma caneta diferente, cheia de novas funcionalidades, com, pelo menos aparentemente, inúmeros benefícios (como é possível visualizar no filme supra visível).

Fabricada pela Livrescribe de Oakland, Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, esta é uma caneta inteligente que pode mudar a forma como as pessoas praticam a computação móvel, revolucionando a definição tradicional da caneta e do papel. Foi desenhada para digitalizar palavras e/ou desenhos que os individuos coclocam no papel. Este é um papel impresso com um padrão especial onde a caneta tecnológica transforma o que é escrito em texto interativo. Também a estes se podem agregar som, dando-lhes vida. Uma forma curiosa de estabelecer comunicações.

Apesar de todas estas vantagens enumeradas no vídeo, não acham que é mais uma coisa para nos tornar ainda mais dependentes dos meios tecnológicos, ainda mais levados pelo facilitismo?

È claro que esta nova caneta digital dá imenso jeito, é bastante prática, todos a queriam ter, resolve diversas situações. Mas já o telemóvel é visto assim e estamos agora tão dependente dele. O mesmo acontece com a internet e outros meios tecnológicos. Talvez não seja assim tão necessário este culminar de funções quando podemos as realizar as mesmas tarefas de outros modos que acabam por não ser assim tão difíceis de concretizar, apenas se os comparamos com esta caneta. Será realmente necessário entregarmo-nos a mais uma facilidade conferida pela tecnologia?

Mariana Domingues

Um novo aliado das tarefas domésticas

Robot Aspirador – Roomba

Encontrei um produto que poderia ser uma possível solução para os meus problemas de higiene lá de casa, nomeadamente para os problemas de sujidade no chão. Actualmente este problema é atenuado através de um de três métodos possíveis: ou varro, ou aspiro, ou faço de conta que a sujidade não existe. Mas todas estas tarefas têm um problema muito mais grave do que a própria existência de sujidade em casa, ambas as tarefas são executadas por mim! Isto de limpar ou de fingir que a casa está limpa, parecendo que não, cansa e é um pouco aborrecido. Este produto revolucionário que eu encontrei é o Roomba, da empresa IRobot, e trata-se de um robot que aspira a casa automaticamente.

Ao contrário do que as pessoas que viram o filme I,Robot estão a imaginar, este produto não é nenhum humanóide com quem possamos andar aos tiros ou conversar, mas sim algo parecido com um disco de hockey com fios e luzinhas. Alerto estas mesmas pessoas que podem estar descansadas porque não serão “obrigadas” a ver o Will Smith a mostrar e a elogiar as “sapatilhas” ALL STAR caso queiram comprar o aspirador. Vejam a foto:

Fui então analisar melhor as características deste produto para tentar perceber se seria aconselhável para mim:

  • Capacidade – A capacidade de armazenamento deste aspirador é um pouco diminuta tendo em conta a quantidade de sujidade que costuma existir em minha casa (mesmo depois de eu a limpar). Pelas minhas contas, 1 segundo depois de ter carregado na tecla “Clean”, já o aspirador estaria completamente cheio e estacionado na base de auto carregamento;
  • Autonomia – Como a capacidade é muito pequena, a autonomia, seja ela qual for, torna-se muito elevada. O aspirador vai passar a maior parte do tempo a carregar, o que faz com que a bateria fique viciada e o aspirador deixe de funcionar;
  • Detectores de Escadas – O aparelho vem equipado com sensores que o impedem de cair pelas escadas. O que o fabricante chama de inteligência, eu chamo de preguiça, já que o aspirador não desce nem sobe escadas para ir aspirar nos outros andares da casa, deixando esse trabalho para o proprietário;
  • Preço – O preço deste aparelho, analisando-o do ponto de vista da minha conta bancária, é um pouco exorbitante já que começa nos €295 para o Roomba 530 e nos €389 para o Roomba 560.”

Mais uma vez a tecnologia vem mudar a nossa vida, com inovações como esta é possivel trazer uma qualidade de vida melhorada, tendo menos uma preocupação com a manutenção da casa limpa. Basta pô-lo apto para trabalhar e carregar num simples botão, que a partir desse momento não temos de nos preocupar mais com nada, ele é capaz de detectar todos os obstáculos no caminho, limpando com eficâcia e rapidez sem qaulquer problema.

Diana Reis

A utilização mediática da tecnologia

“Tecnologia da PT Inovação leva informação rodoviária multimédia aos telemóveis

As soluções de telemática rodoviária da PT Inovação, já disponíveis em vários pontos do país, são um auxiliar importante para os operadores rodoviários na gestão do tráfego ao contribuírem para o aumento da segurança das vias e a consequente redução do número de acidentes. Está para muito breve o lançamento de um novo serviço disponibilizado pelo Instituto das Estradas de Portugal (IEP) que irá permitir receber nos telemóveis, as imagens captadas pelas câmaras de vídeo e as informações dos painéis de mensagens variáveis sobre a circulação do trânsito nas principais rodovias da Área Metropolitana de Lisboa.

A PT inovação desenvolveu a plataforma de captura de imagens que controla as matrizes de vídeo no IEP e na BRISA através da rede CIRPOR (Controlo e Informação de Tráfego Rodoviário em Portugal), bem como o servidor que fornece as imagens e ainda, o interface de administração do serviço.

A preferência do IEP pela PT Inovação enquanto parceiro tecnológico para este projecto, decorre da confiança nas competências da Empresa de I&D do Grupo PT, acumulada durante o desenvolvimento e operação da rede CIRPOR.

A fim de tornar este novo serviço uma realidade, decorrem negociações entre o IEP e dois operadores móveis nacionais, um dos quais a TMN. Está igualmente previsto para breve, o alargamento deste serviço a outros pontos fulcrais da rede rodoviária nacional, ao mesmo tempo que se encontram já em desenvolvimento algumas funcionalidades adicionais, como o envio de clips de vídeo.”

http://www.ptinovacao.pt/noticias/2003/mar%20inforodotelemovel.htm

Cada vez menos nos deparamos com as facilidades que a tecnologia nos permite, sem qualquer incomodo conseguimos saber ja praticamente todas as informações que precisamos naquele momento, por uma determinada razão que nos leva a procurar. A partir de uma televisão, de um telemóvel ou de um computador, a informação chega a nos muitas das vezes sem sequer termos ‘trabalho’, muitas vezes basta só mexer os dedos para mexer no comando da televisão, nas teclas do telemovel, ou através do simples rato de um computador. Vivemos num mundo de facilistismo em que tudo é tão simples que não chega sequer a dar-nos dores de cabeça!

Diana Reis 

Live Broadcast .

Basta ter ligação à internet e uma webcam: o Mogulus trata do resto, sem software adicional. A que me refiro? A Um serviço de televisão online pessoal totalmente gratuito. Qualquer anónimo poderá ter o seu canal, transmitindo em directo ou emitindo vídeos previamente gravados, havendo a possibilidade de incluir gráficos ao estilo televisivo e ligação a variados pontos de reportagem (dentro do mesmo canal).

Para notícias caseiras o serviço sem custos é assegurado por anúncios de 10/15 segundos a cada 8 minutos de emissão. Ainda assim, o Mogulus conta ainda com um serviço pago para profissionais (sem a obrigatoriedade de transmitir publicidade).

Foi criado em 2007 por Max Haot, Dayananda Nanjundappa, Phil Worthington, e Mark Kornfilt. Em Abril de 2008 lançaram a versão Pro e em Maio passado mudaram o nome para Livestream. O objectivo sempre foi a pretensão de revolucionar a produção de conteúdos vídeo, associados à divulgação de notícias. Funciona, basicamente, como um upgrade do serviço prestado pelo YouTube, com uma política ainda mais inovadora – vídeo em tempo real para todo o mundo.

(Para ver o video clicar aqui.)

O vídeo anterior trata-se de uma pequena explicação do modo como funciona este serviço. Aliás, é feita uma analogia deste site comparativamente com o surgimento da Tv, com o intuito de o publicitar como um passo tão grande para a era da informação como a televisão. O anúncio é feito nos moldes de publicidades mais antigas, apresentando todas as vantagens e potencialidades do Mogulus. Além disso, é apresentado um caso “real”, que explora as mais-valias que este site oferece.

Mais um passo para o processo de globalização, com a possibilidade de cada um ter o seu próprio noticiário. Mas não estará a ser também um passo para tornar a informação e a comunicação mais caseira? Por outras palavras, cada vez mais há a possibilidade de fazer tudo em casa: compras, trabalho, desporto, conversas, notícias globais e, agora, notícias pessoais. Não que os blogs não tenham essa componente da notícia pessoas a partir de casa, mas parece-me que este serviço de streaming individual virá agravar a situação…

 

Inês de Almeida

Dançar pelo ambiente.

Que tal contribuir para o ambiente, produzindo energia enquanto dançamos? É isto que Sustainable Dance Floor propõe com o seu lema ‘People, Planet, Party’, uma ideia que começou em 2005, juntando inovadores de sustentabilidade da Enviu com arquitectos da Döll com o objectivo de criar um clube nocturno sustentável. Em 2006, a apresentação deste projecto ocorreu no clube The Critical Mass em Roterdão, sendo oficialmente lançado em 2008, também em Roterdão, no clube WATT.

Sustainable Dance Floor cria clubes nocturnos, onde ao dançar nas pistas de dança e com os movimentos do corpo se produz energia, aliando o lazer e divertimento à preocupação ambiental. Através da junção da electrónica, materiais inteligentes e duráveis e software, a energia gerada pelo movimento humano é utilizada para iluminar interactivamente o chão. Este consiste em módulos com a medida de 65×65, movendo-se 1 centímetro na vertical sempre que alguém dança por cima. Estes movimentos serão então transformados para electricidade por um motor eléctrico e através de um contador digital, é projectado nos ecrãs a quantidade de energia produzida na pista de dança. Em função da intensidade energética, o chão destes clubes nocturnos vão exibindo várias colorações, mudando assim a sua aparência. Assim, dependendo do peso da pessoa e da sua actividade é possível produzir cerca de 5-20 watts por pessoa.

Com este projecto, o Sustainable Dance Floor alia os aspectos positivos da tecnologia em função do melhoramento do meio ambiente, passando a mensagem que cuidar do meio ambiente não tem de ser aborrecido nem chato nem sequer nos privar de fazer outras coisas, mas que pode ser tão divertido como dançar. Desta forma, sujeitam as pessoas a terem uma consciência dos problemas ambientais, participando na sua resolução.

Cátia Teodoro

O sujeito digital numa nova perspectiva de intimidade

A insatisfação da alma humana, a sua precariedade e a necessidade de se ultrapassar a tristeza é contada por Fernando Pessoa, como todos nós sabemos. Descreve que a alma humana sente-se incapaz de construir e, comparando as possibilidades com a ambição, desiste e desperdiça a vida no tédio.

Os remédios para esse mal são o sonho, a fuga pela viagem, o refúgio na infância, a crença num mundo ideal e oculto. Todos estes remédios são tentativas frustradas porque, segundo Pessoa, o mal é a própria natureza humana e o tempo a sua condição fatal.

Assim como o escritor referido, o sujeito actual dissipa-se um pouco nessa filosofia. Está cada vez mais presente que com a revolução tecnológica da informação, a propagação da internet, o aumento de blogs e sites de relacionamento, a vida social e o modo de pensar para satisfazer o ‘eu’ altera-se grandemente.

A vida tornou-se mais espectacularizada e, consequentemente, o significado de intimidade mudou. As novas tecnologias começaram a corresponder a um novo modelo de vida social que se usa para responder às buscas de um mundo cada vez mais distante do passado que, em vez de escrever em blogs para multidões visualizarem, incentivava a escrever diários verdadeiramente íntimos.

Nessa nova perspectiva, a vida e as relações sociais ganham um novo sentido e o ser humano só existe se aparece para alguém. Por hi5’s, myspace’s ou facebook’s nota-se isso mesmo, que uma das principais manifestações é um crescente desejo de ser visto, uma vontade de se construir como um eu visível, como um personagem que os outros podem ver e, graças a esse olhar consolador, confirmam a existência de quem se exibe. Assim, o homem moderno tem uma personalidade orientada para o olhar dos outros.2

É claro que este facto não acontece apenas na Internet. Também se manifesta nas diversas práticas contemporâneas onde predomina esse desejo obstinado de que todos nos vejam e nos observem para que possamos ter uma identidade perante uma sociedade, agora praticamente digital.

Existe, muitas vezes, evasão da intimidade, ou seja, uma exposição voluntária nas páginas globais de aspectos da vida de cada um, que antes concerniam à intimidade pessoal e que deveriam de ser protegidos da forma mais sigilosa possível. Em contrapartida, esse redobrar-se na privacidade do lar, na intimidade e na interioridade psicológica motivou também o surgimento de uma atitude de crescente passividade e indiferença com relação aos assuntos públicos e políticos.

Isso acaba por confirmar já a poesia de Fernando Pessoa, em que ninguém se satisfaz com o que tem, altera constantemente as formas de pensar e agir para alcançar a felicidade. No entanto, com este avançar tecnológico temos que estar sensibilizados e especialmente atentos que esta busca de felicidade nem sempre é o que defende a nossa integridade. Devemos ter em conta que a sociedade em que vivemos, que pode ter muitos aspectos positivos, também está rodeada de perversidade e maldade. Há que ter cuidado com o que expomos, com a nossa intimidade – no sentido a que realmente a palavra indica.

Mariana Domingues

miravos.tv

Este vídeo da “miravos.tv” apresentado por Conz Preti (Buenos Aires, Argentina – programado por: psicofxp.com e Trix) alerta-nos e informa-nos de alguns aspectos e novidades no mundo da tecnologia e da internet.

Entre eles: os perigos de usar as mesmas ‘passwords’ para todas as contas que possuímos; crimes cometidos na internet, como por exemplo roubo de dinheiro; plágio nas universidades; entre outros.

Maria Inês

Sejam Honestos

Como muitos de vocês devem saber, existem cada vez mais softwares que ajudam a detectar o plágio!

Essa técnica é cada vez mais utilizada pelos professores universitários, que tentam combater este péssimo hábito, e violação de direitos por parte dos alunos.

A prática é simples: o texto que se desconfia ser plagiado é posto no software, e é feita posteriormente uma pesquisa por inúmeros sites (milhões) comparando esse texto com documentos já existentes. São analisadas coincidências e no final é apresentado um relatório das mesmas.

Por isso já sabem… quando tiverem um trabalho para fazer, sigam as normas. Não custa referenciar o autor de uma frase ou parágrafo que queiramos citar. Evitem este tipo de situações e deixem o hábito do “Copy Paste”.

Para os mais curiosos aqui vai:

http://www.plagiarismdetect.com

http://www.plagium.com

Maria Inês


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