Alter(ated)-ego

Na minha opinião, podemos falar de um avatar como um alter-ego. Uma representação à qual se alicerçam qualidades que transponham as características que temos em comum, homens e mulheres, a finitude e a fronteira entre os limites físicos e temporais. Um avatar que represente o melhor ou o pior dos nossos lados, de forma figurada ou não, que possa simultaneamente corresponder à realidade e à condição da vida humana.

Um avatar pode realmente tomar inúmeras formas. Sejam estes alguns dos exemplos: quando temos a possibilidade de criar uma conta de e-mail, um perfil ou uma página num site de âmbito social e/ou relacional, um perfil ou uma personagem para um jogo, entre tantos mais que nos possam ocorrer.

No entanto, é para mim interessante uma relativamente recente prática na internet, e na esfera do espaço social e digital do século XXI. Tive conhecimento dos Role-Playing Games (da conhecida sigla RPG) através de uma amiga que praticava esta “modalidade”. RPG é uma prática que se pode observar entre pessoas que criam um ou mais avatares (em sites conhecidos como o Twitter ou o Facebook), como que uma comunidade dentro da Internet, que se agrega para integrar uma realidade fictícia. Dentro do espaço digital, proporciona-se um outro de cariz social em que existem personagens onde quem está “atrás do ecrã” tem o conhecimento de que nada do que é dito ou que se possa ver tenha por base algum fundo de verdade.

Ainda assim, no âmbito do jogo, é possível que os avatares/personagens “deixem cair a máscara” entre pessoas que queiram efectivamente conhecer-se e podem fazê-lo out of character (gíria de RPG e outros jogos).

Maria Miguel


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