PRESENÇA

Beth Coleman escreveu o livro Hello Avatar: Rise of the Networked Generation, ela estudou como a tecnologia afectou as pessoas nos últimos anos de 2000.

A verdade é que na ultima década a maneira como as pessoas se relacionam mudou drasticamente, temos cada vez mais relações feitas através de dispositivos médias do que cara a cara, no geral,isto faz com que tenhamos uma realidade diferente da que existia à uns anos atrás, tanto para o lado bom como o mau.
Posso dizer por experiência própria, e contra mim falo, de que noto uma diferença cada vez mais crescente quando estou no café com amigos, a fala é mais escassa, há momentos em que damos por nós e estamos, todos nós, a olhar para o nosso smartphone, ou a jogar ou ás mensagens com alguém que não está presente. Por outro lado há também coisas boas nesta nova realidade como conseguirmos comunicar com familiares ou amigos que estão a quilómetros e quilómetros de distância, ou aquela simples mensagem de bom dia que faz com que acordemos com outra disposição.

Coleman fala nos conceitos de “copresença” e “tempo-real”, a copresença é conseguirmos comunicar com alguém que não está presente, que não está no mesmo sitio que nós, para mim acho até parecido com o conceito de Sherry Turkle “alone together” pois estamos sozinhos mas estamos a comunicar com alguém, estamos ligados, estamos sozinhos estando juntos. A “copresença” traz com ela uma proximidade e relações frequentemente falsas, pois por vezes essa é a única relação que existe entre duas pessoas não há o verdadeiro “olhar nos olhos”, não há toque, não há proximidade, não há relação. Mas claro que isto acontece quando há apenas este tipo de relação, uma relação artificial, tecnológica. Quando a relação é mais do que apenas tecnológica penso que a “copresença” seja algo que ajuda e muito numa relação, seja ela qual for, agora não temos que estar meses sem falar com o familiar que emigrou, ou falar de mês a mês por carta, onde não havia conversação, não era uma conversa em “tempo-real”, com os novos média podemos agora ter relações distantes a “tempo-real”.

Num modo geral penso que neste momento já estamos numa  realidade talvez um pouco alarmante, para alguns, para os mais novos penso eu, mas na minha opinião cabe a cada um e aos seus progenitores de mostrar que as relações que se estabelecem não podem ser apenas de “copresença” mas sim de PRESENÇA.

Ana Bento

“Remediação é a lógica formal através do qual novos média reformam as formas de média anteriores”

“Remediação é a lógica formal através do qual novos média reformam as formas de média anteriores”

Hoje em dia cada vez há mais novos média, e todos eles tiveram uma base, um molde, algo em que se basearam para fazer estes novos média. É mais ou menos isto que Bolter e Grusin querem dizer quando falam em remediação. A remediação é quando o conteúdo de um meio é representado noutro meio, ou seja quando o novo meio é baseado noutro como por exemplo, o conteúdo da imprensa é a escrita.

A remediação nos dias de hoje é bastante usada, a meu ver, da fala foram buscar o telefone, e do telefone as videochamadas, que toda a gente usa, pois vivemos num tempo em que as famílias, os amigos, estão separados, ou em países diferentes ou em cidades diferentes devido ao trabalho. A remediação que foram fazendo ao longo dos anos ajudou a que esta comunicação distante seja possível, ajudou a manter a comunicação, não só a comunicação como a visualização dos nosso familiares e amigos.
Há outros exemplos como o da pintura, da pintura passámos para a fotografia, da fotografia para o vídeo, e estes dois, a fotografia e o vídeo podemos encontrar no telemóvel, na verdade no telemóvel encontramos grande parte dos novos média, na minha opinião o telemóvel é o dispositivo que mais usou a remediação e que é mais remediado, pois de mês a mês temos novas versões, melhores que as anteriores, o telemóvel está constantemente a ser actualizado, a ser melhorado, a ser remediado. O computador por exemplo é outro exemplo pois tem imensos média, como a fotografia, o cinema, o rádio, os jogos, a escrita, a imprensa etc.

Há várias formas de fazer a remediação, podemos querer mostrar a diferença, podemos não mostrar a diferença, podemos copiar inteiramente outro meio e podemos também retirar várias coisas de vários meios, como o exemplo do computador e do telemóvel.

Bolter e Grusin dizem que a remediação é a principal característica dos novos média digitais, pois os médias que hoje existem, que todos nós usamos, todos eles tiveram um antecedente, algo que foi a fonte para estes novos média, como o facto do conteúdo da escrita da escrita ser a fala.

Ana Bento

O que acontece quando se grava o som?

     Um dia Edison inventou o fonógrafo, um dispositivo que gravava o som e o reproduzia, na altura em que foi inventado, não havia algo igual, apenas havia os fono-autogramas de Édouard-Léon, mas obviamente este dispositivo não teve o mesmo impacto que o fonógrafo teve.
Ouvir, reproduzir um som por uma máquina mudou tudo, a forma como se ouve, se sente a música, e também a forma como se partilha informação ou mesmo culturas. Com o fonógrafo foi possível levar a música para dentro de casas, foi possível levar a arte para dentro de casa, foi possível ouvir música sem que ela  esteja a ser tocada ou cantada por músicos, foi assim possível também, talvez uma magnificação da música em termos culturais, com o fonógrafo podiam gravar uma musica duma tribo africana e reproduzi-la nos Estados Unidos, quando que se o fonógrafo não existisse isso nunca existiria. Não só na música mas em tudo, podiam gravar o que quisessem e reproduzi-lo no outro canto do mundo. Mas para mim este dispositivo leva a algo maior que é os dispositivos que temos hoje em dia, onde podemos gravar tudo, estes dispositivos que hoje são uma grande ajuda em várias profissões.
Outra grande mudança que este dispositivo, o fonógrafo, trouxe foi a simplicidade de gravar a voz de uma pessoa, gravar a voz, talvez não seja algo tão espectacular para alguns, pois já estamos tão habituados ás tecnologias de hoje, maso facto de gravar a voz de uma pessoa e guarda-la é um tesouro tão grande, eu penso e tenho quase a certeza que há tanta gente, incluindo eu, que desejava ter gravado a voz de pessoas que partiram, este dispositivo mudou a forma como olhamos para o passado.
Ouvir a voz ou a música e reproduzi-la é algo que nos dias não achamos ser uma grande coisa, mas se de repente ficassemos sem essa possibilidade con certeza que o Mundo não seria o mesmo.

Ana Bento

O Erro é “Nosso”

Nos dias de hoje os aparelhos digitais como o computador e o smartphone são elementos importantes para a vida de cada um. As crianças brincam com a playstation e os adultos fazem negócios pelo telemóvel, é verdade que os média digitais nos ajudam agora, em múltiplas coisas como o facto de nos trazer o saber e o conhecimento à distancia de um clique , mas também é verdade que tempo a tempo nos privaram da conversa cara a cara, a verdade é que agora quando acontece algo de bom ou de mau o passo a seguir é postar no face ou mandar uma mensagem a alguém para partilhar, e isto não quer dizer que seja de todo mau, pois falo de experiência própria quando digo que a Internet me ajuda, e muito, a comunicar com familiares e amigos.

Em média uma pessoa passa quatro anos da sua vida a mexer num telemóvel (como diz no vídeo “Can We Auto-Correct Humanity?”), mas a verdade é que a culpa não é da Internet, nem dos produtores dos smartphones, a culpa é “nossa”, que escolhemos passar a “nossa” vida agarrados a um objecto com ligação à Internet em vez de desenvolvermos ligações pessoais, o erro é “nosso” que hoje, qualquer coisa que façamos temos de partilhar, o erro é “nosso” que ligamos mais aos likes e aos comentários, que aos elogios e às conversas, vivemos nos dias de hoje numa sociedade tecnológica, onde para a grande maioria dos adolescentes, ter sucesso é ter 200 likes e ter milhares de amigos, numa sociedade tecnológica em que para conhecer pessoas novas não se vai a um bar ou a um café, vai-se sim online.

O que eu quero dizer é que todo este avanço tecnológico acarreta coisas boas e más como tudo, cabe a cada um utilizar estes novos média de forma correcta, para que um dia não estejamos todos nós viciados nestas redes sociais e smarthphones que nos fazem ser uma sociedade tecnológica.

Ana Bento


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