Droga legal

“Em que medida os dispositivos são extensões psíquicas e emocionais do sujeito?”

  Sem dúvida a tecnologia entrou na nossa vida sem bater à porta. Em tão pouco tempo tornamos-nos “viciados” nas tecnologias, por vezes mesmo sem conseguir viver sem elas.

  Desde que a internet entrou no nosso dia à dia as pessoas deixaram de ter paciência, querem que tudo seja rápido, querem que um vídeo carregue rapidamente, querem entrar em sites rapidamente, querem mostrar às pessoas o que estão a fazer e querem ser vistos e reconhecidos rapidamente. Quando a internet falha e não as deixa entrar, ficam irritadas, partem coisas, batem no computador/telemóvel seja o que for, ficam de mau humor. Outro exemplo que se pode usar, e até já o experienciei, quando se está a jogar e acontece alguma coisa que nos mata, a internet fica lenta, ou o computador não aguenta e desliga-se, parece que o mundo acabou, temos a tendência a dizer: “porquê?”, “porquê a mim?”, “eu só queria jogar normalmente”, ficamos extremamente frustados e enervados.

  Existe um estudo da Universidade de Maryland, que vai mais longe e descobre mesmo que há pessoas que sem tecnologia tem sintomas iguais ao viciados em drogas e álcool. O estudo consistia em cerca de duzentos estudantes ficarem sem tecnologias durante um dia, passado esse tempo muitos deles exibiram sinais de abstinência, tais como ansiedade e incapacidade em agir normalmente. Na noticia em que me baseei-me para o estudo contém alguns testemunhos que admitem que são mesmo viciados.

  Analisando estes factos, pergunto-me, será que as tecnologias vierem nos ajudar ou vieram criar mais uma dependência doentia? Tentando responder à minha própria pergunta digo que, sim vieram nos facilitar a vida, mas ao mesmo tempo criou-nos um efeito parecido ao que os comprimidos fazem, dependência deles para as nossas vidas, sendo necessário uma dose diária para não entrar em demência.

Link da noticia: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1554036&seccao=Tecnologia

Eliana Silva

Invisível ou Visível?

“Como podemos entender a relação entre ‘imediacia’ e ‘hipermediacia’ (por exemplo, num destes meios: televisão, cinema, rádio, computador pessoal, videojogo, pintura, romance, teatro?)”

Jay David Bolter e Richard Grusin em Remediation: Understanding New Media desenvolveram uma teoria que se baseia em três conceitos: remediação, imediacia e hipermediacia.

Os novos média baseiam-se sempre em outros meios, claro que sofrem modificações para que se adeque ao seu tempo, por exemplo, os jornais ou revistas que consultamos nos nossos smartphones ou tablets, tem o mesmo estilo dos de formato em papel, por vezes são mesmo iguais ao formato de papel simplesmente são digitalizados. Mas não encontramos remediação só do velho para o novo, também podemos encontrar no contrário, por vezes os média antigos procuram características dos novos e adaptam para os antigos para manter ou chamar mais público.

Relativamente à imediacia, é um conceito em que a mediação realiza-se através da transparência, da naturalização e da ocultação do meio, ou seja, o meio tenta esconder-se e tornar-se invisível. Podemos usar como exemplo um jogo em primeira pessoa (de muitos que há, vou me basear no Far Cry 3) é um jogo que nos leva até à ação, o facto de estarmos tão concentrados no que estamos a fazer leva nos a pensar que estamos mesmo na ação, este jogo move a câmera como se fossem os teus próprios olhos, o que torna o meio um pouco invisível.

A hipermediacia, é um conceito em que ao contrário da imediacia opera pela opacidade, o estranhamento e a revelação do meio, isto é, o meio mostra-se e torna a sua presença visível. Como para a imediacia podemos usar um jogo mas agora na terceira pessoa como por exemplo, o facto de vermos o avatar não nos remete para o lugar dele, faz com que não nos esqueçamos que é um jogo e não a vida real.

Estes dois conceitos são contraditórios mas podem complementarem-se um ao outro, ou seja um é como o espelho do real, o outro cria-nos uma ideia de continuidade.

gta-v-1 Far-Cry-3-hangglider

Eliana Silva

Movimento das imagens

28 de Dezembro de 1895, Paris, Salão Grand Café.

O primeiro filme foi apresentado em sala pública, até então as imagens em movimento eram vistas principalmente numa espécie de caixas (cinescópios) inventadas por Thomas Edison e apenas uma pessoa via , “Arrivée du traine n gare à La Ciotat” dos irmãos Lumière, grande confusão se instala na sala cerca de trinta pessoas entram em pânico pensando que se aproximava um comboio verdadeiro e que iriam morrer. Grande sucesso que se expandiu até hoje. Tentaram passar alguns dos “mini” filmes que davam nos cinescópios para as salas de cinema para que todos pudessem ver em conjunto, um  dos filmes que teve um grande escândalo foi o filme “O Beijo” de 1896, em que os atores dão um pequeno beijo na boca e para a sociedade esses comportamentos eram proibidos em público tendo ambos os atores um final drástico (John C. Rice e May Irwin).

Com o passar do tempo o cinema começou a ser uma coisa normal e as imagens em movimento a ser utilizadas em imensas coisas, tanto para lazer ou trabalho. Hoje em dia usamos diariamente as imagens em movimento, na televisão, no telemóvel ou mesmo no computador.

Considero o cinema algo importante não só para a parte de lazer mas também para a parte cognitiva, existem muitos filmes de acontecimentos históricos, literários, entre outros. Muitas das vezes aumento a minha cultura geral com eles. A evolução e as consequências que acontece com o cinema acontece de certa forma também com as gravações caseiras, com elas podemos recordar momentos e/ou registar algo de importante. Ao filmar o mundo cada pessoa pode dar uma interpretação mais pessoal e divulgá-la e  quem sabe poderemos estar a dar um passo em frente tal como os irmãos Lumière ou o Thomas Edison o fizeram.

Eliana Silva

Addicted … or not

O meu dia a dia seria complicado se não tivesse rodeada de tecnologia. Das primeiras coisas que faço quando chego a casa é ligar o meu Facebook, ver o meu mail, ir ao meu Intagram… Mesmo antes de fazer coisas básicas como comer. Dou como exemplo uma situação que me aconteceu à uns dias, o meu telemóvel avariou-se, deixei de conseguir ir a todos esses sítios, não podia mandar SMS e estava “completamente” incontactável, nesse período cheguei a pedir a colegas para me emprestarem o telemóvel para enquanto não estava em casa poder estar conectada.

Podia-se dizer que sou viciada mas com isto posso comunicar com a minha família gratuitamente enquanto estou fora. Os próprios média, como a televisão e revistas envolvendo todo o marketing, empurra-nos para tais situações, como por exemplo nos programas de televisão encorajam-nos para comentar acontecimentos nas redes sociais, ou seja gratuitamente, apenas temos que usar hashtag alguma coisa. Não considero que este acontecimento seja mau, até acho que podemos considerar como progresso. Contudo, fica muito mais fácil de nos interligarmos e de nos percebermos uns aos outros. É mais fácil divulgar situações relacionadas com saúde, politica, entre os mais derivados temas. É mais fácil tomar conhecimento e discutir assuntos que não são do nosso meio.

Com isto podemos chegar a várias perguntas, viciado em tecnologia ou não? É necessário para nos manter informados a nível mundial ou não? Progresso ou criar dependência?

Eliana Silva


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