“Em que medida os dispositivos são extensões psíquicas e emocionais do sujeito?”
Sem dúvida a tecnologia entrou na nossa vida sem bater à porta. Em tão pouco tempo tornamos-nos “viciados” nas tecnologias, por vezes mesmo sem conseguir viver sem elas.
Desde que a internet entrou no nosso dia à dia as pessoas deixaram de ter paciência, querem que tudo seja rápido, querem que um vídeo carregue rapidamente, querem entrar em sites rapidamente, querem mostrar às pessoas o que estão a fazer e querem ser vistos e reconhecidos rapidamente. Quando a internet falha e não as deixa entrar, ficam irritadas, partem coisas, batem no computador/telemóvel seja o que for, ficam de mau humor. Outro exemplo que se pode usar, e até já o experienciei, quando se está a jogar e acontece alguma coisa que nos mata, a internet fica lenta, ou o computador não aguenta e desliga-se, parece que o mundo acabou, temos a tendência a dizer: “porquê?”, “porquê a mim?”, “eu só queria jogar normalmente”, ficamos extremamente frustados e enervados.
Existe um estudo da Universidade de Maryland, que vai mais longe e descobre mesmo que há pessoas que sem tecnologia tem sintomas iguais ao viciados em drogas e álcool. O estudo consistia em cerca de duzentos estudantes ficarem sem tecnologias durante um dia, passado esse tempo muitos deles exibiram sinais de abstinência, tais como ansiedade e incapacidade em agir normalmente. Na noticia em que me baseei-me para o estudo contém alguns testemunhos que admitem que são mesmo viciados.
Analisando estes factos, pergunto-me, será que as tecnologias vierem nos ajudar ou vieram criar mais uma dependência doentia? Tentando responder à minha própria pergunta digo que, sim vieram nos facilitar a vida, mas ao mesmo tempo criou-nos um efeito parecido ao que os comprimidos fazem, dependência deles para as nossas vidas, sendo necessário uma dose diária para não entrar em demência.
Link da noticia: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1554036&seccao=Tecnologia
Eliana Silva
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