Arquivo de Junho, 2015

Handwriting vs Teclado

Memória e criatividade!

O que é que estamos a perder quando abandonamos o papel e a caneta? Um assunto muito pouco debatido, pelos demais, aliás, podemos até dizer que o acto de escrever à mão, o treino da caligrafia, uns dos objectivos principais dos dois primeiros anos escolares de qualquer criança deixou de ser encarado como algo central.

Vivemos numa era em que tudo é digitalizado, e como tal, acções como entregar trabalhos escolares, ou até criar este simples Blogue, é necessário a escrita num teclado. Compreensível, temos que estar sujeitos há nossa realidade social, é mais rápido, mais fiável,  possuímos auto-correctores que nos facilitam ainda mais o nosso trabalho. Mas, o que é estamos a perder quando abandonamos o papel e caneta pelo teclado?

Nos últimos anos, têm sido publicados uma série de estudos científicos que falam na diferença que provoca no cérebro humano escrever com papel e caneta ou num teclado. E todos parecem chegar à mesma conclusão: escrever à mão tem uma ligação mais directa, mais profunda, com o cérebro humano. Mais criatividade, mais memória. É um processo mais lento que num teclado? Sim, mas necessário. Esta mudança poder ter impacto estrutural no desenvolvimento das próximas gerações.

Pen_and_keyboard

È possível concluir que ao escrever à mão, o escritor diz que é obrigado a uma “certa lentidão” para tornar a escrita mais inteligível, o que por sua vez faz com que pense melhor, tenha melhor aproveitamento da área pensativa, pois a escrita é um meio de informação que nos complementa o desenvolvimento imperativo do nosso consciente , o que dá asas a melhores performances em algo como testes /exames.

Micael António Santos Pereira Ramos

Digital BlackOut

Dispositivos Digitais, uma solução, que contrai inconveniências que perturbam, o verdadeiro ambiente e conexão táctil do Ser Humano comum. Sem dúvida, que neste preciso momento, o mundo é totalmente rodeado, mas preciso  por esses elementos digitais. Com um simples toque num smartphone, é possível efectuar, bastantes momentos, que por ventura nos dirigem há função do lazer. Contudo, tal objecto é constantemente usado para chamada, muita dessa que pode até salvar vidas. Não condeno o seu uso, aliás, aprovo até a sua continuidade e expansão, somos seres evolutivos, e a tecnologia é algo em constante desenvolvimento. Grande factor deste grande uso, é o poder da Internet. Partilha de ficheiros, mensagens, fotografias, vídeos, conversas por redes tais como Facebook, Instagram e Twitter, ajudam imenso, na demonstra de recordações vividas e até, a conectividade com uma ou mais pessoas distanciadas.

lolApesar de aprovar o uso destas tecnologias, como tal também demonstram um lado que foge há relação de interacção  entre nós. A fuga, muitas vezes nosso erro de desenvolvermos ligações pessoais, por estes meios. Sem dúvida,que enorme escala de indivíduos entrariam em comportamentos anormais, se lhes retirassem no nada o smartphone. Seria como tentar retirar o vício de algo difícil de sair. Como seria para ti, se te afastassem de dispositivos digitais? Bem, como enorme usuário deste meio, não seria nada fácil para mim, era como se do nada ficasses afastado da sociedade.

Sim… Sociedade.

Se formos a ver, tudo se remete a esse espírito, pois a globalização deste meio, já foi feita, e para ficar, e por norma, nós jovens, gostamos de estar em sintonia, com a nossa sociedade, e infelizmente, maior parte de nós somos afectados por tal. È sempre possível a coexistência social, contudo é preciso saber usar correctamente essas interacções destes média, de uma forma considerada “correcta” e positiva. Somos nós que fazemos a sociedade.

Micael António Santos Pereira Ramos

p r e s e n ç a

É difícil fazer com que as relações interpessoais durem, vai sempre haver o momento em que não vai haver nada para dizer e é nesse momento que os relacionamentos passam maus bocado – quando não ficam suspensos. É aqui que a problemática da comunicação começa. É preciso estar fisicamente presente para manter uma relação (relação de amizade/romântica)? É preciso haver contacto diário?

Para abordar este problema, dou o exemplo de um casal estadunidense. Jesse e Sam conheceram-se via Tumblr, aos 18 anos. Conversavam por telefone, mensagem e Skype. Começaram o namoro a fevereiro de 2011 e o noivado a setembro do mesmo ano. Moram juntos desde 2012 e têm agora 22 anos.

Conheci este caso de relacionamento à distância pelo vídeo “love 2054 miles away”, muito partilhado e falado em 2011, em que Jesse explica o complicado que é estar numa relação a mais de 3305.5 quilómetros de distância.

E estiveram juntos pela primeira vez no verão de 2011.


   How could I love/date a girl I have never met?

Love is a feeling someone gives you, something a person can’t control. It is one thing to love a complete stranger, but I wouldn’t call her a stranger at all. Just because I haven’t physically been there for her, I have been there emotionally and I think that is the most important part of any relationship. Plus, all we do every day is learn about each other because we CAN’T be there physically. So instead of all that physical stuff getting in the way, it opens up so much more time to talk and learn more about each other.

 – Jesse em resposta a uma pergunta anónima via Tumblr


Jesse Ryan resolve um dos problemas propostos por pessoas que não compreendem como é possível a aproximação de alguém sem nunca ter estado com essa pessoa. “… tudo o que fazemos todos os dias é conhecermo-nos porque NÃO PODEMOS estar juntos fisicamente. Por isso, em vez de a parte física se por no caminho, dá-nos muito mais tempo para nos conhecermos.”

Este caso é somente um exemplo, existem muitas relações amorosas à distância que funcionam, existem muitas amizades à distância que funcionam. Já estive dos dois lado da equação, sei como é viver essa experiência. E sou totalmente da mesma opinião de Jesse, existe muito mais tempo para duas pessoas se conhecerem quando não estão fisicamente próximas. Se o físico faz falta? faz, sem dúvida. Não conhecer a textura da pele da outra pessoa nem o seu cheiro custa, não há chamada nem video chatting via Skype que o possa substituir. Mas se depois de as pessoas se conhecerem tiverem oportunidade de estarem juntas, terão muito mais intimidade e confiança no outro.

Carlos Vicente Paredes

Redes sociais e seus reflexos emocionais e psíquicos nas relações humanas

“Alcançamos o computador subjectivo. Os computadores não se limitam a fazer coisas por nós, fazem-nos coisas a nós, incluindo às nossas formas de pensar acerca de nós próprios e das outras pessoas. Hoje (…) as pessoas recorrem explicitamente aos computadores em busca de experiências que possam alterar as suas maneiras de pensar ou afectar a sua vida social ou emocional. Quando as pessoas exploram jogos de simulação e mundos de fantasia ou acedem a uma comunidade onde têm amigos e amantes virtuais, não estão a pensar no computador como (…) maquinismo analítico. Procuram no computador (…) uma máquina intimista”. in Turkle, Sherry “A vida no ecrã: a identidade na era da Internet”, Relógio d’Água, Lisboa, 1997

Esta reflexão de Sherry Turkle em torno dos reflexos sociais, psicológicos e emocionais do uso do computador permanece actualizada e assume redobrada pertinência dezoito anos após a sua publicação, numa sociedade claramente marcada pela “informatização” ou mediação digital nas relações humanas.

Na presente exposição, passo a considerar o crescente uso das redes sociais como paradigmático desse recurso ao computador em busca de experiências susceptíveis de afectarem a vida social ou emocional, de que fala a autora referida supra. Se em muitas situações a ligação contínua ao facebook é uma das formas mais completas e eficazes de estabelecer relação com o outro – alguém que está do outro lado do mundo, por exemplo (estou a lembrar-me de uma pessoa que todos os dias publica fotos de quase tudo o que faz, na tentativa de diminuir a distância de milhares de km que a separa da mãe) – em muitos outros pode traduzir-se numa certa alienação da realidade não virtual.

Sem querer moralizar e diabolizar os diversos usos que são feitos do facebook, considero ser relevante reflectir sobre alguns efeitos psíquicos e emocionais da forma talvez subversiva com que muitos utilizadores encaram a lógica de estar conectado com todos a qualquer momento, subjacente à difusão das redes sociais. Estas oferecem grandes facilidades de interagir com qualquer pessoa a qualquer hora do dia – essa é uma realidade cada vez mais presente, muito em virtude das aplicações criadas para os dispositivos móveis – independentemente do lugar em que se encontre, bem como de ter acesso a uma considerável quantidade de informação sobre a pessoa em causa, seja através da partilha de fotos, de estados de espírito ou da música, dos filmes, dos itens das mais diversas áreas de que se gosta. Se isto é verdade, não podemos deixar de reconhecer que este modelo de interacção está longe de reunir todas as potencialidades comunicativas do modelo tradicional “cara a cara”.

Desde logo, como é evidente, o perfil do facebook pode ser mais ou menos construído, mais ou menos conscientemente, em função da imagem que se quer transmitir ao público, sendo certo que ninguém publicará conteúdos que evidenciem os seus defeitos e fragilidades, mas pelo contrário, tendencialmente, imagens e “estados de espírito” que contribuam para uma boa impressão sobre si.

Por outro lado, a forma de expressão permitida pelas redes sociais ou plataformas de conversação é, por natureza, limitada, ainda que usemos um smile por cada frase que escrevemos. Com efeito, a comunicação humana não se reduz à comunicação verbal, sendo a comunicação não-verbal essencial na compreensão da mensagem transmitida pelo interlocutor com quem estabelecemos interacção, revelando-se manifestamente pobre, em termos expressivos, uma conversa tida num chat via internet, em que não conseguimos observar a postura corporal da pessoa, a sua expressão facial e os gestos que espontaneamente tem enquanto conversa.

Perguntamos então: em que medida toda esta forma de interagir influi na dimensão psíquica e emocional do individuo da era digital?

Muitas vezes se não reflectirmos, vamos dando espaço, ainda que de forma pouco consciente, à ideia ilusória e superficial de que “a vida dos outros é melhor que a minha” –  já que assistimos, maioritariamente, à publicação de eventos e cenas felizes da vida das pessoas – bem como à criação de imagens superficiais e idealizadas das pessoas; por outro lado, alimentamos a necessidade de imediatismo e de resposta rápida que o computador nos proporciona, e ainda a  certas necessidades emocionais de confirmação da nossa auto-estima, tornando-nos dependentes do número de “gostos” que obtemos ao postar uma nova foto de perfil. Acresce ainda o risco de nos habituarmos a uma forma de expressão das nossas ideias simplista e descomprometida, veiculada pelo fácil mas sempre ambíguo “gosto”, habilmente caricaturado pela equipa da Rádio Comercial, conforme podemos observar no vídeo em anexo.

Ponho a descoberto esta faceta das redes sociais em jeito de reflexão e não numa atitude fechada de quem só vê seu o lado negro e obscuro, até porque este emerge ou não dependendo da atitude (passiva e acrítica ou não) do utilizador.

Sara Luísa Silva

A evolução

Podemos dizer que os novos média tem em base os média antigos, logo o que acontece é uma transformação entre os mesmos. Dá-se uma evolução, um avançamento no conhecimento e isso leva aos novos média. No entanto não podemos esquecer que os antigos média hoje em dia, vão buscar ideias aos novos e vice-versa.
Podemos ver esse exemplo nos jornais, para muitas pessoas os jornais estão desactualizados e não tem a qualidade que a televisão ou as revistas. O que eles fizeram para mudar isso foi de génio, pegaram numa nova tecnologia e brincaram com ela, criaram jornais online, que são praticamente iguais aos de papel no entanto podem consultar-se no computador, tablet ou telemóvel. Conseguiram agradar a todas as classes e idades.
A remediação está presente quando o espaço de tempo entre o surgimento de novos média for pequeno, pois a sociedade precisará da remediação para se adaptar a esses novos média.
Podemos então afirmar que não existe uma nova invenção ou algo único nos novos média, mas sim um melhoramento do que já existia.

indexBruna Ferreira

Poder de uma Entidade Online

Avatar? Sim, Avatar.

Uma simples palavra que contém um significado de um contexto de complexidade e de poder, bem ocultos do valor em ascendência suportados por nós, Seres Humanos. Algo não real, cuja génese é composta por meios gráficos que  inseridos nesse vórtex de alucinação, nos permitem transformar, e ser uma entidade completamente arrasadora, dominando o ser Humano consciente, com o nosso sub-consciente Online.
Transcendência? Sim, tudo nos resume a esse aspecto. Em simples jogos MMORPG, uma semelhança realçada é que, todos eles requerem uma especificação, o poder da evolução, seja em atributos, armamento, estratégias criadas para te tornar cada vez mais forte.

È possível salientar, que o Avatar foi criado para engendrar um sonho, neste momento inacessível, de nos fazer superiores ao que já somos. Ao entrar na realidade fictícia, cria-se um disfarce, em colectividade, que nos permite a facilidade, de coexistência social, talvez esta,denegrida, no mundo real.
Extravagância essa que pode determinar um inverso de realidade que nos escapa e isola do mundo em si, tornando-nos um ser cada vez mais remoto e por certas excepções, mais obcecado em continuar nesse universo virtual.

elder scrool                                          MMORPG, Elder Scrolls Online

È possível retirar uma espécie de fundamento por parte dos criadores destes avatares e jogos MMORPG. A sua expansão de conhecimento, não só envolve o tema entretenimento como o factor mais importante, mas também desafiam uma expansão de limites sobre-humanos a estas criaturas formadas realística ou não-realisticamente, com atribuições semelhantes ao que o nosso ser determina de, um Deus.

Micael António Santos Pereira Ramos

O Ser Robótico-Humano

Cyborg, uma característica não distante nos tempos actuais no nosso mundo. Determina uma evolução, da nossa entidade com propriedades de maquinaria, cujo projecto consiste não só na evolução completa do ser humano, mas para algo superior ao nível considerado até de divino. O ser Humano no global contém uma característica, do querer sempre mais, isto é, mesmo quando obtém prazer e realizações, isso não é suficiente, anseiam sempre por mais e mais.

Transformar um ser biológico numa criatura robótica não escapa há regra. A ambição de metamorfosear um ser, que ignora debilidades físicas. Contudo, na actualidade, não é ainda possível realizar uma acção de total eficácia entre a combinação perfeita entre Homem-Máquina em toda a sua existência.

Objectivos delineados para o uso desta maquinaria, encontram-se na área medicinal, com o uso de variantes reduções e membros semelhantes aos do ser Humano, delineados de Próteses Robóticas. Neste momento é possível transformar algo perdido, para uma condição quase possível do que é denominado de Normal.

human vs robot

Mas se realmente se suceder a transfiguração de um Humano para Android, não será que poderemos perder o controlo? Actualmente Micro-Chips já serão introduzidos em Humanos numa expectativa de determinar a sua localização, e por rumores, conseguirem identificar malignidades, que poderão eventualmente surgir no individuo. Quem dirá que num futuro, essas pequenas partículas robóticas em constante upgrade permitam tomar um controlo mal gerido nas mãos erradas? Os danos e controlo que poderiam ser impingidos nos seres considerados Android, poderiam ser catastróficos. Uma globalização robótica pode sempre implicar a um controlo global.

Micael António Santos Pereira Ramos

Droga legal

“Em que medida os dispositivos são extensões psíquicas e emocionais do sujeito?”

  Sem dúvida a tecnologia entrou na nossa vida sem bater à porta. Em tão pouco tempo tornamos-nos “viciados” nas tecnologias, por vezes mesmo sem conseguir viver sem elas.

  Desde que a internet entrou no nosso dia à dia as pessoas deixaram de ter paciência, querem que tudo seja rápido, querem que um vídeo carregue rapidamente, querem entrar em sites rapidamente, querem mostrar às pessoas o que estão a fazer e querem ser vistos e reconhecidos rapidamente. Quando a internet falha e não as deixa entrar, ficam irritadas, partem coisas, batem no computador/telemóvel seja o que for, ficam de mau humor. Outro exemplo que se pode usar, e até já o experienciei, quando se está a jogar e acontece alguma coisa que nos mata, a internet fica lenta, ou o computador não aguenta e desliga-se, parece que o mundo acabou, temos a tendência a dizer: “porquê?”, “porquê a mim?”, “eu só queria jogar normalmente”, ficamos extremamente frustados e enervados.

  Existe um estudo da Universidade de Maryland, que vai mais longe e descobre mesmo que há pessoas que sem tecnologia tem sintomas iguais ao viciados em drogas e álcool. O estudo consistia em cerca de duzentos estudantes ficarem sem tecnologias durante um dia, passado esse tempo muitos deles exibiram sinais de abstinência, tais como ansiedade e incapacidade em agir normalmente. Na noticia em que me baseei-me para o estudo contém alguns testemunhos que admitem que são mesmo viciados.

  Analisando estes factos, pergunto-me, será que as tecnologias vierem nos ajudar ou vieram criar mais uma dependência doentia? Tentando responder à minha própria pergunta digo que, sim vieram nos facilitar a vida, mas ao mesmo tempo criou-nos um efeito parecido ao que os comprimidos fazem, dependência deles para as nossas vidas, sendo necessário uma dose diária para não entrar em demência.

Link da noticia: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1554036&seccao=Tecnologia

Eliana Silva

Os caracteres e a sincronia

Por muito que pareca que a linguagem através de caracteres e de códigos é recente não é, pois já se comunica através da música, do fogo e de outros meios. Estes meios de comunicação foram evoluindo, como por exemplo o aparecimento dos novos médias digitais, em que os seus utilizadores começaram a utilizar a linguagem de redução de caracteres para por exemplo ser mais rápido de escrever sms, para poupar dinheiro, pois os pacotes que incluem várias ofertas, sendo uma delas mensagens ilimitadas, são recentes, para estar na ´moda´ entre os amigos, entre muitos outros objetivos.

Todos estes novos médias de comunicação vieram possibilitar a comunicação síncrona, ou seja, o emissor e o receptor têm de estar em sincronia mesmo antes da comunicação iniciar e dar continuação até que esta tenha acabado. Se isto não acontecer, a mensagem que se pretende transmitir não será transmitida corretamente ou mesmo a não chegar a ser transmitida. Por exemplo, se o objetivo for transmitir uma ou mais imagens de um telemóvel para outro pode-se utilizar o Bluetooth mas para essa transação acontecer e ser realizada com sucesso é necessário que os dois telemóveis inseridos na transmissão estejam perto um do outro. Caso isto não aconteça a transação não é realizada.

Estes dois conceitos cruzam-se, uma vez que para uma comunicação em que é utilizada a linguagem de redução de caracteres é necessário que o emissor e o receptor se encontrem sincronizados, pois se o emissor mandar uma mensagem do gênero: Olá td bem? Cmg tbm tá td bem :); e se o receptor não tiver conhecimento deste tipo de linguagem de redução, a mensagem fica sem sentido para quem recebe e logo não foi cumprido o objetivo. O que também pode acontecer é que o emissor mande uma mensagem com a linguagem de redução de caracteres que se utiliza naquele determinado momento e o receptor tenha conhecimento de uma linguagem de redução de caracteres mais antigo e poderá não perceber os novos tipos de redução.

Cassandra Santos

Alter(ated)-ego

Na minha opinião, podemos falar de um avatar como um alter-ego. Uma representação à qual se alicerçam qualidades que transponham as características que temos em comum, homens e mulheres, a finitude e a fronteira entre os limites físicos e temporais. Um avatar que represente o melhor ou o pior dos nossos lados, de forma figurada ou não, que possa simultaneamente corresponder à realidade e à condição da vida humana.

Um avatar pode realmente tomar inúmeras formas. Sejam estes alguns dos exemplos: quando temos a possibilidade de criar uma conta de e-mail, um perfil ou uma página num site de âmbito social e/ou relacional, um perfil ou uma personagem para um jogo, entre tantos mais que nos possam ocorrer.

No entanto, é para mim interessante uma relativamente recente prática na internet, e na esfera do espaço social e digital do século XXI. Tive conhecimento dos Role-Playing Games (da conhecida sigla RPG) através de uma amiga que praticava esta “modalidade”. RPG é uma prática que se pode observar entre pessoas que criam um ou mais avatares (em sites conhecidos como o Twitter ou o Facebook), como que uma comunidade dentro da Internet, que se agrega para integrar uma realidade fictícia. Dentro do espaço digital, proporciona-se um outro de cariz social em que existem personagens onde quem está “atrás do ecrã” tem o conhecimento de que nada do que é dito ou que se possa ver tenha por base algum fundo de verdade.

Ainda assim, no âmbito do jogo, é possível que os avatares/personagens “deixem cair a máscara” entre pessoas que queiram efectivamente conhecer-se e podem fazê-lo out of character (gíria de RPG e outros jogos).

Maria Miguel

Avatar

A ideia de avatar pode ter várias vertentes no sentido de identificar/dar identidade a alguém no “mundo virtual”.

A perspectiva de que o avatar transporta a nossa identidade os nossos preceitos , limitações e crenças para uma dimensão digital não se apresenta , para mim, como sendo algo plausível.

Por outro lado acredito que o avatar é uma forma de transpor ideais e objectivos por vezes otopicos, pois o lado virtual da realidade tem como característica a falta de limitações , pois todos os problemas podem ser solucionados e ou transpostos por apenas algumas linhas de códigos, o que faz com que o nosso avatar seja regido não pela verdade mas sim na verosimilhança , na tentativa de alcançar uma representação daquilo que gostaríamos de ser, e não do que somos.

Podemos assim identificar assim os “avateres

” como ferramenta de introspectiva.

Migrar para o ciberespaço

A história dos media começa com a imprensa de Gutenberg, seguida de um outro conjunto de media tradicionais, como a rádio e a televisão. A esta evolução juntaram-se, rapidamente, novas criações e desenvolvimentos tecnológicos que, devido à adesão do cidadão-comum, levaram os media tradicionais a procurar um lugar na Internet. Ou seja, os media tradicionais “foram obrigados a migrar para o ciberespaço”.

Se analisarmos o exemplo do jornal, o fenómeno da Internet repercutiu neste media dois resultados: por um lado, um fácil acesso à informação que subsiste nele, sem custos; por outro, diminuiu, em grande escala, o número de compradores do seu suporte físico, podendo este vir a desaparecer, devido à falta de compradores, ou mesmo deixar de existir, dado não haver lucros para pagar aos seus redactores. Além disso, a Web 2.0 autorizou a liberalização da publicação, permitindo ao cidadão-comum criar o seu próprio espaço de publicação, fazendo dele um leitor e editor ao mesmo tempo, o que banaliza a circulação da informação.

Este exemplo serve para mostrar o quão dependente da tecnologia se encontra a nossa sociedade. Vivemos num século “preso” às “máquinas”, nas quais jovens e adultos investem grande parte do seu tempo, salvo raras excepções.

Entramos assim, num campo controverso, pois até que ponto estar dependente de uma dada “máquina” é favorável ao nosso desenvolvimento? Eis a questão! Sherry Turkle, especialista em estudos sociais científicos e tecnológicos, psicóloga clínica e directora/fundadora de uma iniciativa no Instituto de Tecnologia do Massachusetts – MIT Initiative on Technology and Self, na qual se reflecte sobre a crescente relação do ser humano com as tecnologias – diz-nos: “we are vulnerable creatures. Our vulnerability is when we are asked to nurture another creature we bond, we connect.” Deste modo, actualmente, valorizamos mais o telemóvel, o computador, a Internet, o que revela que é difícil conseguimos estar sós, porque na verdade nunca estamos sós. Estamos sempre ligados, conectados e, por vezes, não encararmos a solidão como algo positivo, digna de um amadurecimento pessoal enriquecedor para as nossas vidas. Aliás, esta mensagem está bem presente na sua mais recente obra literária, lançada em 2011, Alone Together. Nesta, a autora frisa que há trinta anos atrás tudo era uma autêntica descoberta, não havia Facebook, Twitter, telefones “inteligentes” e ainda mal se sabia quais as utilidades de um computador; já no momento actual, graças aos rápidos avanços tecnológicos, podemos criar, navegar e executar as nossas vidas emocionais. A tecnologia é hoje arquitecta das nossas intimidades, sendo que estar online é hoje uma verdadeira tentação, quase que irresistível. Assim sendo, Alone Together espelha quinze anos de pesquiza realizada por Turkle na área das relações “tecno-sociais”, baseada em entrevistas com centenas de crianças e adultos, onde são descritas relações inquietantes entre amigos, pais e filhos, novas instabilidades na forma como encaramos a privacidade, a intimidade e a solidão, na qual Turkle expressa a sua vontade de que as pessoas, nomeadamente os jovens, não dependam tantos das tecnologias para se sentirem realizados, mas que apostem mais numa interacção humana directa.

Para terminar, convido-vos a visualizarem um anúncio muito recente, lançado em Abril de 2015, pela marca de cerveja portuguesa Super Bock, que espelha perfeitamente, a meu ver, a “ideia” defendida por Turkle.

Texto do anúncio:

“O que é que se passa com a amizade?

Se os amigos são tão importantes na nossa vida, como é que temos tão pouca vida para os amigos? Tudo serve de desculpa. O trabalho, a família, o sono, o sofá. Habituámo-nos a adiar encontros cada vez com menos caracteres. Conversamos com ecrãs. Rimo-nos com as teclas e fazemos likes para enganar a saudade. Mas entre um “não posso” e outro, os grandes amigos vão se tornando estranhos. O que é estranho. As grandes amizades não pedem muito. Mas pedem manutenção. Pedem olhares, silêncios, sintonia. Piadas que mais ninguém percebe. Pedem tempo. Mesmo que pareça pouco. Vai sempre parecer. Não precisamos de mil amigos, precisamos de bons amigos. Muito mais do que imaginamos. Vá lá… Liga-lhes e fura-lhes a agenda. Arranca-os da rotina. Das desculpas, seja a que horas for. Se estiveres de pijama veste umas calças por cima. Marquem encontro no sítio do costume e façam o que sempre fizeram. Nada! Tenham conversas que não levam a lado nenhum. Contem as mesmas histórias de sempre mas estejam juntos. Está na altura de pousarmos o telefone e levantarmos o copo. Se não poderes hoje vai amanhã. Mas vai mesmo. Se a vida conspira contra a amizade, conspiremos juntos para a defender. Leva a Amizade a sério!”

Referências Bibliograficas:

MANDIM, Andreia Alexandra Almeida (2012) “Crise dos media tradicionais e importância dos novos media: o papel dos blogues nacionais como meios de divulgação do Cinema” [http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/23308/1/Andreia%20Alexandra%20Almeida%20Mandim.pdf, acedido em Maio de 2015]

TURKLE, Sherry (2012) “Connected, but alone?” [http://www.ted.com/talks/sherry_turkle_alone_together#t-78309. acedido em Maio de 2015]

 

Rafael Pereira.

 

A nova realidade

Cada vez mais os humanos sentem a necessidade de viver uma vida em sociedade. Inseridos na comunidade e com base na mesma criamos a nossa identidade e a nossa personalidade. No entanto, todas as sociedades tem problemas e ideias já concebidas o que faz com que haja deslocados e pessoas que se sentem completamente incompreendidas.
Os avatares e o mundo virtual surge assim como uma escapatória e uma máscara que nos permite viver numa sociedade à qual nos adaptamos com mais facilidade e nos faz sentir mais que humanos, onde temos capacidade para tudo o que é impossível no mundo real.
As razões para tal acontecer podem ser várias: uma deficiência que nos faz sentir menos que os outros, sofrer de bullying ou até sentirmo-nos simplesmente à parte da sociedade.
No mundo virtual temos uma grande variedade de escolha, podemos ser criaturas míticas, grandes guerreiros, assassinos ou até super homens.
Podemos dizer que este universo é um universo de fantasia, ou seja tudo o que fazemos nesses jogos não passa de uma necessidade que os humanos tem de fugir dos problemas da sociedade e de nos sentirmos invencíveis.
É importante salientar que até a nossa personalidade podemos mudar, isso acaba por ser viciante e pode levar mesmo ao isolamento.
Para Sherry Turkle o mundo online não passa de um workshop para o mundo real, é uma ferramenta que podemos usar de melhoramento pessoal ou até físico.
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Bruna Ferreira


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