Ontem, dia vinte e três de Março de dois mil e nove, acordei às nove horas da manhã.
Ainda ensonada, faço um esforço e como quem pisca um olho, leio as mensagens ainda da noite passada. Voltei a dormitar mais um pouco e lá ganhei coragem para responder às pessoas em questão.
Passada toda aquela dormência matinal, levanto-me e ligo o computador, aproveitando o tempo deste iniciar para ir buscar algo fresco ao frigorifico para beber.
A primeira coisa que faço quando regresso ao quarto é dirigir-me ao computador, pôr musica, ser bem rápida a baixar o volume para não acordar ninguém em casa.
Não há nada como acordar e ouvir musica.
Aproveito e vou verificar se o programa que saquei estava em ordem.
Vou também à caixa de emails e tinha cinco não lidos; respondi a dois deles.
Liguei a televisão e desliguei-a instantaneamente. Os programas de manhã…deixam muito a desejar!
Volto à cozinha, o telemóvel toca e corro até ao quarto. Falo sete minutos e entretanto a bateria acaba. Coloco-o a carregar rapidamente e volto a ligá-lo. Faço a chamada de retorno e nessa altura já assinala uma nova mensagem.
Lembro-me que tenho fotos para passar para o computador, e ao mesmo tempo que falo ao telemóvel, vou buscar o cabo e passo as fotos. Só mais um giga de fotos e vídeos. Atiro o telemóvel para a cama e arrumo o cabo da máquina.
Antes de arrumar a máquina, apago as fotos que foram transferidas, desligo a máquina, tiro o cartão de memória e confiro se há fotos na memória da máquina. Positivo. Mas essas já não tenho paciência para as passar, e arrumo a máquina de vez.
Com isto tudo, já não me sobrava muito tempo para vestir, comer e “ seguir viagem “ até à faculdade.
A caminho, ainda faço uma chamada e troco mensagens com duas pessoas. Chego à sala, sento-me, tiro o som ao telemóvel.
À hora de almoço, passo por um multibanco, levanto dinheiro e carrego o telemóvel. Sem ter de me dirigir a um banco ou a uma loja.
No resto do dia, e também a contar com a noite houve lugar para várias trocas de mensagens e telefonemas, uso de máquinas fotográficas e afins.
É engraçado começar a ter percepção de como a tecnologia influencia o nosso estado de espírito, os nossos costumes/hábitos, e como esta está enraizada à nossa volta, em todos os lugares que passamos.
A principal questão: seriamos mesmo capazes de nos adaptar se por acaso a tecnologia nos fosse retirada e fossemos privados de a utilizar? Abusar dela e ela de nós?
Penso que não. Se em média oiço três horas de música por dia, será que conseguia aguentar? Se até quando a pilha do mp3 acaba é um drama?!
Entre outras imensas coisas que fazem parte da rotina do nosso dia-a-dia.
E aqui temos mais um vício para acrescentar a tantos outros.
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