Arquivo de Abril, 2009



Arte Digital

Arte digital é produzida em ambiente gráfico computacional. Utiliza-se de processos digitais e virtuais. Inclui experiências com net arte, web arte, vídeo-arte, etc. Tem o objectivo de dar vida virtual às coisas e mostrar que a arte não é feita só a mão. Existem diversas categorias de arte digital tais como pintura digital, gravura digital, programas de modelação 3D, edição de fotografias e imagens, animação, entre outros. Os resultados podem ser apreciados em impressões em papéis especiais ou no próprio ambiente gráfico computacional. Vários artistas usam estas técnicas. Ao contrário dos meios tradicionais, o trabalho é produzido por meios digitais. A apreciação da obra de arte pode ser feita nos ambientes digitais ou em médias tradicionais. Existem diversas comunidades virtuais voltadas à divulgação da Arte Digital, entre elas, Deviantart e CGsociety. ” in Wikipedia

Desenho digital: o desenho digital é elaborado por meio de ferramentas virtuais que simulam as utilizadas na Arte Tradicional. É o aspecto mais conhecido da Arte Digital, constantemente confundido com a mesma.” in Wikipedia

Escolhi este vídeo, onde vemos um desenho totalmente a ser criado no Photoshop, um dos programas existentes para a edição de imagens, que usa rasters, vectores etc… Hoje em dia tudo é possível através de um computador, já não é preciso nem folha nem lápis para obter desenhos, estes criados virtualmente são mais exactos, os pormenores são muito mais precisos e o jogo de sombra/luz muito mais elaborado. Através de um tapete e uma caneta especial acabamos com um desenho perfeito. Hoje em dia, o desenho digital difere em muitas formas e estilos, acabado por criar coisas que seriam impensáveis à mão, tal como o exemplo que se segue.

gravity_by_neurokratos2Sandra Teixeira

Novas formas de fazer música

Para quem não conhece, o reactable é um sistema controlador/modulo de síntese musical electrónico revolucionário inventado por quatro engenheiros da Universitat Pompeu Fabra de Barcelona, que consiste num sintetizador em forma de uma mesa redonda que incorpora o ultimo grito da tecnologia LCD inteligente. A ideia de dar um interface gráfico 100% manipulável a um sintetizador analógico emulado, parte do principio de tornar esta tecnologia mais acessível a leigos e a crianças de forma divertida (mas não promete que faça deles o Vangelis). Alem de ter uma grande pinta, este traz-nos uma forma inovadora e intuitiva de sintetizar musica de raiz, a partir da elementar geração da onda sonora por meio de simples operações matemáticas do modulo de síntese. A partir daí, a onda pode ser modulada em amplitude, frequência e em forma com uso de peças inteligentes (chamadas de tangibles) que simulam as funções básicas de um sintetizador analógico, tais como o LFO (low frequency oscillator), VCO (voltage-controlled oscillator), sequenciador (sons elaborados que podem ser sujeitos a modulação por parte do sintetizador de forma aditiva ou subtractiva), entre outras. Os tangibles ao serem colocados na mesa, dão ordem ao sintetizador para executar determinado comando que se traduz na síntese ou transformação da sonora por meios completamente electrónicos. O que cada peça faz, e como essas se manipulam para que tenham um resultado aprazível, tem muito que se lhe diga, portanto o melhor mesmo é testar a máquina em pessoa (são bastante comuns em exposições da especialidade). De resto, esta tecnologia já encontrou aplicações práticas em músicos profissionais como a Björk, que precorreu mundo com este instrumento na sua ultima tour de promoção ao álbum Volta. O preço ronda os 15.000€.
Demonstração prática:

Björk – Declare Independance (ao vivo no Later… With Jools Holland)

-j.mart

A internet é uma tecnologia boa?

 

Coisas positivas da internet?

– A primeira coisa boa à cerca da internet é a facilidade com que hoje encontramos qualquer tipo de infomação em questão de segundos, isto é uma ferramenta incrivel que alguns anos atrás ninguem nunca pensou que uma coisa destas podesse vir a existir.

– Outra coisa boa é também que qualquer tipo de pessoa pode fazer a sua opiniao sobre qualquer assunto ser ouvida e descutida. Qualquer pessoa pode ter o seu site pessoal sem custos sobre matérias que são importantes para a própria pessoa. Em outras palavras toda a gente pode publicar o seu próprio material.

– Também a internet melhorou dramaticamente a comunicação. É mais fácil manter se em contacto com amigos e familia mesmo que estejamos no outro lado do mundo. Também podemos encontrar pessoas de outras partes do mundo com os mesmos interesses e opiniões. Podemos também partilhar fotografias e videos e também falar com qualquer pessoa através de vários programas como por exemplo Skype,messenger,myspace,facebook e muitos outros e podemos voltar a contactar pessoas com que perdemos o contacto. E ainda temos a questão de online dating onde pessoas encontram a felicidade através da internet.

– Podemos encontrar respostas para perguntas com que não nos sentimos confortáveis a perguntar a outras pessoas como por exemplo as nossas familias. Pode ser alguma coisa confidencial ou pode ser algo que nos sentimos estupidos por perguntar a outras pessoas.

Além de todas estas coisas á mais coisas positivas ainda á cerca da internet que nos influenciam e motivam no dia a dia das nossas vidas.

Kat Cockbill

Arte Digital, e a realidade distorcida

Como nos tinhamos apercebido no video que foi apresentado na aula sobre os Radio Head, os Novos Media têm uma caracteristica muito importante, conseguem criar novas realidades através da distorção de elementos que primeiramente não teriam o objectivo de serem utilizados para tais funções. Passo então a explicar a minha ideia. O videoclip dos Radio Head, se fosse realizado e produzido para que a imagem fosse visualizada tal como a nossa vista recepciona, provavelmente, ou com certeza, não teria o impacto que teve na sua divulgação. Sendo assim, podemos dizer que os media evoluem criando novas adaptações de funcionalidades já existentes. Os sensores usados para que o videoclip tivesse o efeito visual que teve, aos olhos dos mais desatentos quase que pareceria um erro de pelicula, mas analisando bem a situação podemos dizer que o video, é igual a tantos outros, apenas foi modificado de uma forma artisticamente atraente, ou seja, a tal distorção do meio, que cria um novo produto, e uma nova realidade através de uma tecnologia já existente.

Aproveitando a deixa, decidi apresentar este video que segue dentro da mesma linha de racíocinio, a imaginação e a criatividade levaram a que os autores adaptassem uma realidade a outra. O programa informático Excel, é aqui usado para um fim que não seria aquele para o qual a sua criação estaria pensado. A arte digital estará portanto, cada vez mais a surgir como um factor de incrementação dos novos media como meios não só profissionalmente uteis, mas tambem ao nivel de entretenimento, e de interacção entre a tecnologia e a arte. 

André Madaleno 

Lev Manovich e a linguagem dos novos média

lev-manovichLev Manovich nasceu em Moscovo, onde estudou arquitectura e ciências de informática. Em 1981 muda-se para os EUA onde prossegue os seus estudos. Nomeadamente um mestrado em psicologia experimental pela New York University e doutouramento (PhD) pela University of Rochester. Desde então tem desenvolvido imensa pesquisa e investigação na área da cultura digital e contribuido como teórico de software e novos média.

Uma das suas principais obras e objecto do nosso estudo nesta cadeira, é a  “The Language of New Media” . Neste texto, Manovich faz uma reflexão sobre os novos média um pouco ao jeito de Marshall MacLuhan, onde contextualiza o apareciemento dos novos média históricamente e tecnológicamente e enumera uma lista de “Princípios dos Novos Média”.

Para Manovich, os novos média surgem na convergência entre as tecnologias de média já existentes e o aparecimento do computador, sendo que teorizou cinco princípios para os novos media:

1- Representação Numérica – Segundo este princípio, com a utilização do computador, todos os objectos criados ou convertidos podem ser descritos em linguagem matemática e, por consequência, são programáveis.

2-Modularidade – Manovich defende que os elementos de média são representados em fracções independentes ( pequenas colecções de amostras discretas) e que essas mesmas fracções agregam-se de modo a constituir um todo. Desta forma é possivel alterar-se uma das fracções independentes sem ter de mexer ou alterar outra fracção independente  (p.e. posso alterar este texto que agora escrevo sem alterar o site, ou a web em geral, uma vez que esta página é uma fracção móvel e alterável, contudo independente, de algo maior como a web).

3- Automação – Este princípio, apenas possível pelos dois anteriores, refere que até certo ponto é possível retirar o elemento humano do processo creativo. Segundo esta teoria, existem dois “níveis” de automação: O nível baixo, do qual consistem algumas das propriedades automáticas do software comercial que reune a informação e a trata de acordo com templates e scripts pré-formatados (p.e. retocar uma foto num programa de edição de imagem automáticamente) ;  o nível alto consiste na criação e acção da inteligência artificial. Esta, por sua vez, ainda é extremamente limitada e apenas pode responder perante as situações para a qual está programada.

A par com os níveis de automação encontra-se a problemática do acesso aos conteudos média devido à abundância de conteudos e à dificuldade de pesquisa e achamento de algum especifíco. Neste contexto surgiu a necessidade de organizar e armazenar a informação e os materiais mediáticos.

4-  Variabilidade – Deste modo, os conteúdos dos novos média não são algo de fixo, mas sim passíveis de várias versões ajustadas (p.e. um site com versões diferentes para quem utiliza Jawa Scripts ou não, ou com diferentes velocidades de conecção).Portanto, em vez de uma série de cópias iguais, dos novos média surgem diferente versões . Por outro lado a informação vai-se transformando através de actualizações ou pode estar interligada com outra (p.e. este mesmo blog, onde posso publicar um texto e um vídeo na mesma plataforma através de hiperligações). Outro exemplo de variabilidade é a hipotese de representação em vários níveis de detalhe (p.e. uma fotografia à qual posso fazer zoom).

5 – Transcodificação – Como já foi referido, a computorização transforma os conteúdos média em informação digital, e portanto,este último princípio refere que os novos media consistem em dois estractos diferentes. Respectivamente o cultural – que diz respeito à sapiencia e elemntos culturais – e o do computador – que é constituido pelas funcionalidades e propriedades matemáticas e formais do computador. Estes dois estractos influênciam-se mutuamente contribuindo assim para o avanço de cada um, formando a nova sociedade digital e dos novos média.

Concluindo, segundo a teoria da “linguagem dos novos media”, Lev Manovich demonstra claramente a dimensão que a técnologia informática veio trazer à divulgação, produção, distribuição, percepção e recepção dos novos media por parte das culturas modernas, que, cada vez mais cultivam os novos media digitais.

Saudações Académicas,

André Rui Graça

Tecnologia apenas como diversão

A tecnologia, neste caso a componente vídeo, pode ser utilizada de variadíssimas formas e para fins diversos, como para construir “peças” de arte, como trabalho ou simplesmente para pura diversão, como é o caso do exemplo cómico que vos deixo hoje.

Cem Músicas,

Cem locais (diferentes),

Cem danças (não muito diferentes),

Cem combinações de roupa,

E muita loucura…

Um rapaz de bem com a vida e com tempo que sobra, fez um vídeo curioso: em cem locais diferentes, fez cem tipos de danças com cem músicas diferentes e depois juntou todas as cenas. É divertido assistir a este espectáculo musical, e posso dizer também que o sujeito até tem bom gosto musical, e uma grande dose de loucura. Tal como eu para colocar isto aqui.

 http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=3237836&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=&fullscreen=1

Este post serve apenas para demonstrar que a tecnologia pode servir apenas para divertimento pessoal, e também doa espectadores.

Para quem gostou do set dele, aí vão as músicas usadas no vídeo:

 
001. Heart of Glass / Blondie
002. Jimmy / M.I.A.
003. Deceptacon / Le Tigre
004. Im on Fire / 5000 Volts
005. Je Veux Te Voir / YELLE
006. The Way I Are / Timbaland
007. Too Young / Phoenix
008. Over And Over / Hot Chip
009. Stick It To The Pimp / Peaches
010. Say My Name / Destiny’s Child
011. Pin / Yeah Yeah Yeahs
012. Geremia / Bonde Do Role
013. Let Me Clear My Throat / DJ Kool
014. Point Of No Return / Expose
015. Bubble Sex / The Seebach Band
016. Pump Up the Jam / Technotronic
017. Let’s Make Love And Listen To Death From Above / CSS
018. Hella Nervous / Gravy Train
019. Me Plus One / Annie
020. Don’t Go / Yaz
021. Bootylicious / Destiny’s Child
022. Electric Feel / MGMT
023. Boys Don’t Cry / The Cure
024. Lose Control / Missy Elliott
025. Ride The Lightning / Evans And Eagles
026. Don’t Stop ‘Til You Get Enough / Michael Jackson
027. Hearts On Fire / Cut Copy
028. Tainted Love / Soft Cell
029. Between Us & Them / Moving Units
030. It Feels Good / Tony Toni Tone
031. Polaris (Club Mix) / Cyber People
032. You Never Can Tell / Chuck Berry
033. Huddle Formation / The Go! Team
034. Pump That / FannyPack
035. My Love / Justin Timberlake
036. Hung Up / Madonna
037. Justice – D.A.N.C.E (MSTRKRFT Remix) / Justice
038. Cybernetic Love / Casco
039. Creep / TLC
040. When I Hear Music / Debbie Deb
041. B.O.B. / Outkast
042. Bubble Pop Electric / Gwen Stefani
043. Miss You Much / Janet Jackson
044. You Spin Me Round / Dead Or Alive
045. Slide In / Goldfrapp
046. Kelly / Van She
047. Mine Fore Life / The Sounds
048. Disco Heat / Calvin Harris
049. Nighttiming / Coconut Records
050. Club Action / Yo Majesty
051. Pogo / Digitalism
052. Lip Gloss / Lil Mama
053. Heartbeats / The Knife
054. Enola Gay / OMD
055. Goodbye Girls / Broadcast
056. Kids In America / Kim Wilde
057. Kiss / Prince
058. Tenderness / General Public
059. Push It / Salt N Pepa
060. Circle, Square, Triangle / Test Icicles
061. Day ‘N’ Nite (Crookers Remix) / Kid Cudi
062. Shadows / Midnight Juggernauts
063. Paris (Aeroplane Remix) / Friendly Fires
064. Out At The Pictures / Hot Chip
065. Me Myself and I / De La Soul
066. AudioTrack 10 / Diplo
067. Girls & Boys / Blur
068. Heater / Samim
069. I Wanna Dance With Somebody / Whitney Houston
070. Hands In The Air / Girl Talk
071. Limited Edition OJ Slammer / Cadence Weapon
072. Meeting In The Ladys Room / Mary Jane Girls
073. NY Lipps / Soulwax
074. Lex / Ratatat
075. Gravity’s Rainbow (Soulwax Remix) / Steve Aoki
076. Once In A Lifetime / Talking Heads
077. Leave It Alone / Operator Please
078. Half Mast / Empire Of The Sun
079. Hardcore Girls / Count and Sinden feat. Rye Rye
080. Dance, Dance, Dance / Lykke Li
081. Never Gonna Get It / En Vogue
082. Blue Monday / New Order
083. Crazy In Love (Featuring Jay-Z) / Beyoncé
084. 10 Dollar / M.I.A.
085. Love To Love You Baby / Donna Summer
086. Steppin’ Out / Lo-Fi-Fnk
087. Karle Pyar Karle / Asha Bhosle
088. Love Will Tear Us Apart / Joy Division
089. Straight Up / Paula Abdul
090. My Drive Thru / Santogold, Casablancas, NERD
091. Like A Prayer / Madonna
092. Freedom 90 / George Michael
093. Black & Gold / Sam Sparro
094. B-O-O-T-A-Y / Spank Rock and Benny Blanco
095. Great Dj / The Ting Tings
096. In A Dream / Rockell
097. Don’t Stop the Music / Rihanna
098. Hong Kong Garden / Siouxsie & The Banshees
099. It’s Tricky / D.M.C.
100. Bizarre Love Triangle / New Order

Davide Vicente

Experiências digitais no mundo dos videoclipes

                No seguimento da apresentação de videoclipes, exemplos de experiências no campo da arte digital, apresento-vos também um vídeo, que acredito que todos já tenham visto, mas que vale a pena referir e ver novamente.

                Os directores deste vídeo fizeram o seu nome com este vídeo, que deixaria Andy Warhol muito orgulhoso, um dos melhores videoclipes que estrearam em 2007. O muito premiado “D.A.N.C.E.” foi dirigido por “Jonas & François” para a dupla francesa Justice. Neste vídeo, há uma sequência de animações que tem como tela as t-shirts dos personagens que nele se deslocam, que são neste caso a dupla que forma os Justice. À medida que a dupla se desloca as suas t-shirts transformam-se em sintonia com a música, o resultando é um fantástico videoclipe que só poderia ser resultado de um obra digital. É praticamente hipnotizante, não só pelo uso das cores no fundo em preto e branco mas também pelo visual alucinante das figuras.

                Mas exibir, palavras da letra da canção na tela não é novidade. Muito menos desenhos que vão se transformando continuamente. Porém, estes procedimentos em conjunto, somados ao facto de praticamente toda a acção acontecer nas t-shirts da dupla, resulta num videoclipe que consegue em pouco mais de três minutos seduzir e prender a atenção do espectador. O vídeo consolida o estilo dos directores, que depois disto fizeram vídeos para kanye West e Madonna.

 

 

                Resultado também de uma experiência neste campo, é o exemplo seguinte. Para este vídeo foram inicialmente captadas imagens reais, e posteriormente foram trabalhadas digitalmente.

 

 

Davide Vicente

O Futuro dos Média


O poder da informação é notório. Tem uma capacidade de aprisionar o cidadão inquestionável! Enquanto a publicidade manipula e seduz o indivíduo, os média, no geral, deixou de divulgar imparcialmente a informação e os factos para se tornar numa poderosa criadora de opiniões.
E o pior de tudo é que apesar de sermos constantemente alimentados pelos meios de comunicação, também os alimentamos! A informação “ataca-nos” e nós simplesmente deixamo-nos “aprisionar”. É inevitável, a informação está em todo o lado: faz parte das nossas vidas.
Mas o que acontecerá aos média daqui a alguns anos? Qual o seu futuro? Para responder a esta questão coloco um vídeo muito curioso. “Prometeus- A revolução da Mídia” trata-se de uma “previsão” do futuro dos meios de comunicação. O que vem provar que a Internet mudou totalmente a forma como lidamos com a informação – se numa época anterior lidávamos com a informação em suporte papel, agora cada vez mais acedemo-la através de uma plataforma digital.
Primeiramente o vídeo fala-nos sobre o Homem da “Nova mídia” e a “velha mídia” (Gutenberg, copyright, a rádio, a televisão, os anúncios).
Com a revolução da mídia uma nova figura aparece: o “Prosumor” (que produz e consome a informação): os canais televisivos ficam disponíveis na Internet; O blog torna-se mais comum; são criados vários mundos virtuais em que cada pessoa pode assumir várias identidades.
Em 2011, investimentos em anúncios são feitos progressivamente na Internet. Quatro anos depois os jornais e as transmissões televisivas deixam de existir e a rádio só se transmite via Internet.
A Google, a Amazon, a BBC, a CNN e a CCTV tornam-se líderes mundiais de conteúdo universal.
Em 2020, Lawrence Lessig (um dos maiores defensores da “Internet livre” e da maior flexibilidade dos direitos de autor, pois assim, a cultura tornar-se-ia mais rica) torna-se secretário americano de justiça e declara a copyright ilegal. Os cinco sentidos do ser humano ficam disponíveis nos mundos virtuais e a realidade poderia ser copiada pelo “Second Life” e todos possuíamos um “Agav” (“Agent-avatar”).
Dois anos depois a Google lança o “Prometeus” e a Amazon cria o “Place”( uma empresa que não faz nada senão copiar a realidade). Em 2027 a “Second Life” evolui para “Spirit”e em 2050, a vida virtual torna-se o maior mercado do planeta!
“Experiência é a nova realidade”- será que é assim que tudo vai acontecer?
Dá que pensar….

Ana Sofia Lopes

House of Cards-Um progresso original!

house-of-cards-radioheadOs Radiohead é uma banda inglesa de rock alternativo, formada no ano de 1988 por Thom Yorke, Jonny Greenwood ,Ed O’Brien, Colin Greenwood e Phil Selway. Dilly Gent tem sido responsável pelos videoclips dos Radiohead. Em House of Cards fizeram um vídeo sem utilizar câmaras! Todos os elementos e características de Thom Yorke, actores e figurantes foram capturados usando luzes e lasers. Tais características são-nos apresentadas como um conjunto de pontos de traços físicos e faciais que nos são familiares e por isso associamo-lo a um rosto ou corpo humano. Se conhecermos bem a aparência do cantor, então a associação é imediatamente consumada. O mesmo se passa com um rosto feminino, com um conjunto de pessoas e até com as paisagens que vão aparecendo ao longo do vídeo. Ao todo sessenta e quatro lasers foram utilizados durante o processo Velodyne Lidar, capturando 900 vezes por minuto para as grandes cenas enquanto que luzes estruturadas foram cruciais para os close-ups (Geometric Informatics). Através da voz e da banda sonora também se torna imediata essa associação. Thom Yorke explicou a decisão da banda para este videoclip, dizendo, passo a citar: “Eu sempre gostei da ideia de usar tecnologia de uma forma que não foi concebida para ser utilizada(…)”. É um vídeo bastante original e inédito onde o uso da tecnologia marca claramente a presença. A realidade é vista com outros meios, mas tudo está lá: o vocalista, a rapariga, as pessoas que estão na festa, as paisagens… Apenas não as vemos como estamos habituados a ver.

Ana Sofia Lopes

Vídeo-Vigilância

     Apesar de todas as consequências positivas que as tecnologias têm nas nossas vidas, existem algumas implicações negativas da omnipresença dos dispositivos digitais na nossa vida. Telemóveis, computadores, cartões bancários e outros tantos objectos que diariamente utilizamos tornam-se “espiões” de nós próprios. Registam as nossas deslocações, as nossas actividades, o nosso comportamento, os nossos consumos: invadem a nossa intimidade. A nossa vida privada fica aos poucos à mercê da geração das novas tecnologias. Em breve, será corrente prática localizar o usuário de um telemóvel (aliás, já têm sido criados dispositivos para localizar automóveis, pessoas, objectos).

     Localizar e controlar alguém por satélite será igualmente tarefa facilitada através de métodos informatizados.  Por um lado, trazer-nos-á grandes proveitos e utilidades mas, do mesmo modo, poderá representar uma verdadeira ameaça às liberdades individuais.

     Com a Internet e a Webcam, a intimidade de milhões de lares é violada e deixa de ter segredos. Alguns canais de televisão habituaram-nos a acompanhar ao vivo e em tempo real inúmeras cenas da vida real, através dos populares reality shows. Imaginam-se no papel dos concorrentes desse tipo de concursos?

     As câmaras trazem-nos também a possibilidade de assistir ao que se passa noutra parte do mundo como, por exemplo, termos uma visão real do clima que faz em várias regiões do globo terrestre.

     A vídeo-vigilância contra a insegurança cada vez se torna mais eficaz e aperfeiçoada. Em algumas cidades, câmaras de vigilância podem girar 360 graus e fotografar distâncias até 300m. Em alguns edifícios existem já implantados sistemas de vigilância que possibilitam os moradores acompanharem por monitores as saídas e entradas de pessoas que se encontram em áreas comuns: halls, corredores, escadas, elevadores, garagens…

 

 

     Será o princípio do fim da vida privada?

Ana Teresa Santos

Panorama musical escolhe novas formas digitais para os seus videos

House of cards, novo single da mediática banda Radiohead, tem sido tema frequente nas passadas aulas. Vários posts são aqui feitos em referência ao mesmo vídeo, que se tornou igualmente mediático e inovador. Nada que não pudessemos esperar destes ilustres senhores.
Dada a cambalhota, podemos constatar que várias são as bandas que têm mostrado um particular interesse por utilizar estas novas formas digitais, na construção e apresentação dos seus videoclips.
Como já aqui foi referido, o vocalista dos Radiohead, Thom Yorke, diz que “gosta de usar a tecnologia de maneira diferente da suposta/esperada, e do desafio que é descobrir tudo o que podemos fazer com ela”, penso que o desafio é este, desafio que, aos meus olhos, tem sido cada vez mais bem sucedido. Lembrei-me, neste emaranhar de palavras e imagens, do recente vídeo “My girls” da original banda Animal Collective, que tem andado muito nos mp3’s de pequenos e graúdos. Penso que seria um bom exemplo, tal como House of Cards, embora num âmbito diferente, para aqui vos mostrar:

Para segundo vídeo escolhi o WARP de The Bloody Beetroots ft. Steve Aoki . Através, principalmente da câmara lenta, consegue-se captar os movimentos de um forma interessante, oferecendo assim, a estes, o sumo deste vídeo.
Como estes, poderiamos tirar variados exemplos de videoclips que têm sido fruto destas novas “brincadeiras” digitais, e que cada vez mais, se usam no panorama musical.

Morgana Gomes

Daniela Mercury e as novas formas de divulgação musical

Daniela Mercury (n. 1965) é uma consagrada cantora brasileira. Em 1991 iniciou a sua carreira a solo (depois de dois discos com o grupo Cia Clic) porém foi em 1992 que o Brasil a reconheceu como uma das cantoras de maior sucesso. O seu segundo disco, O Canto da Cidade, vendeu mais que qualquer outro até aquela altura alcançando o duplo diamante. Daniela Mercury foi uma precursora da axé music, revolucionou o Carnaval na sua cidade (Salvador) e abraçou o samba-reggae do Olodum de Neguinho do Samba. As raízes afro-baianas não foram esquecidas da sua música e houve mesmo quem dissesse que Daniela tinha “devolvido o samba aos pés do Brasil”. Ao longo da sua carreira recheada de grandes sucessos, Daniela Mercury tentou sempre inovar numa pesquisa musical que mesclasse o samba com outros ritmos, originando o samba-rock, samba-funk, etc.

Mas foi em 2001 que Daniela chocou o Brasil. De imagem renovada e com fotos (de Mário Cravo Neto) que realçavam a sua sensualidade, Daniela lança o disco Sou de Qualquer Lugar. O disco vinha recheado de batidas programadas, ritmos electrónicos, manguebeat, techno misturado com frevo… Era o axé antigo misturado com a modernidade, as possibilidades da electrónica. Daniela opta ainda por lançar o videoclip do single Beat Lamento na Internet antes deste chegar às televisões, algo que foi completamente inédito no Brasil. O vídeo produzido pela Conspiração Digital e com direcção de Gualter Pupo, Mara Liz e Fábio Soares, mostrava Daniela numa versão de animação. Captado por detecção de movimento, Daniela participou obviamente na gravação do vídeo até porque é a figura principal. Este passo revolucionário de Daniela Mercury, tanto na introdução de meios electrónicos na sua música e no videoclip como lançar o vídeo na rede virtual antes de qualquer outro artista brasileiro, valeu-lhe tantas críticas como prémios.

Mas quem pensava que a cantora se queria tornar cool e iria enveredar por outros ritmos ou géneros musicais, enganou-se. Depois de Sou de Qualquer Lugar, Daniela já lançou cinco álbuns e quatro dvds em que se divide entre vários estilos musicais incluindo aqueles que a tornaram famosa. Porém, Sou de Qualquer Lugar marca um período de mudança enorme na divulgação musical no Brasil além da forma como os artistas começaram a pensar nos seus vídeos depois do lançamento na Internet de Beat Lamento.

A título de curiosidade, Daniela Mercury está sem lançar um álbum novo desde 2007 (e de estúdio desde 2006), porém durante o último ano já disponibilizou cinco músicas na Internet, de entre as quais duas estiveram entre as mais tocadas no Carnaval de Salvador. A cantora tenta a todo o custo “descolar-se” do formato de cd para divulgação das suas canções.

 

 

Ricardo Boléo

o Digital como representação Artística

Mais uma vez venho escrever sobre a importância da tecnologia na nossa vida, assim como a Arte e a interacção existente entres estes dois elementos.
Ora vejamos, estamos todos a ver este blog, um exemplo de Arte Digital (11ª Arte), e nele estão subjacentes outros movimentos artísticos tais como, a Música (1ª Arte); a Pintura (3ª Arte); o Cinema (7ª Arte); a Fotografia (8ª Arte) e claro está a Literatura (6ª Arte).
Como alguém ouviu e depois fez chegar até mim “O Universo é uma fotografia e se olharmos para este mesmo ao longo do tempo temos um slide show”.
Tenho um amigo que conseguiu através das palavras (6ªArte) construir uma ligação perfeita entre o Universo e a Arte, melhor dizendo, entre o Universo e a Fotografia (8ªArte), inconscientemente, podia dizer ele, devido ao seu ponto de vista céptico em relação á Arte, mas a verdade é que o fez. Então se o Universo é uma fotografia que dá origem a um slide show, logo, o Universo também é Arte! (Bem talvez não seja bem assim, ou se o é, não sei justificar esta afirmação, até porque escrevi isto por nenhuma razão.)

O blog é na minha opinião, o melhor exemplo de união artística: Não concilia todas as artes, mas grande parte delas. Com isto quero sublinhar que seria exagero considerar alguém artista por ser bloguer. Paradoxalmente a alguém que produz música: um músico sim é artista.

Abstracto, ou talvez não, o Universo resigna-se assim a sofrer artisticamente os avanços a que a Arte assistiu, como por exemplo, considerar o Digital um meio de representação artística.

Fátima Macedo

House of Cards

Como já foi referido anteriormente, a banda é mundialmente conhecida por seguir um caminho peculiar, por se tentar destacar na sua manifestação artística. E por isso mesmo criaram um vídeo que utiliza tecnologias inovadoras e ao mesmo tempo com aparência simples e rudimentar.

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O vídeo “House of Cards” foi totalmente feito com o recurso a sensores de movimento e lasers que permitem a detecção de pontos que formam uma imagem. Assim são-nos apresentadas sucessivas imagens com uma aparência rudimentar que podem ser mais ou menos claras, dependendo do momento, conseguimos ver o vocalista da banda, Thom Yorke, e reconhecemo-lo, pois o seu rosto nos é familiar, pois conseguimos associar facilmente a inteligente junção de pontos e traços ao homem que dá a voz às músicas dos Radiohead. É claro que nem todo o vídeo gira em torno de Thom Yorke, podemos identificar um rosto feminino, sem no entanto o conhecermos especificemente, bem como um espaço, uma paisagem. Estes momentos vão aparecendo intercalados uns com os outros. Assim temos acesso a um vídeo original com um aspecto diferente do que estamos habituados.

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Recorrendo às palavras do próprio Thom, que deixou como mensagem aos fãs no site official da banda: “it was a strange experience, sitting in front of a lazer in the dark, then emailing back an forth with James the director as he sat in front of computers for a whole month with the amazing technicians who processed the data etc.. but it says something about the song and came out better than I had dared hope.”

 

Sara Fernandes

Vídeo de Pavla Koutského

No vídeo de Pavla Koutského, conseguimos observar dois planos narrativos: por um lado temos um boneco animado desenhado, e por outro temos as mãos do sujeito manipulador, e mesmo que estejamos  a ver as suas mãos apenas, acreditamos que se trata de facto de um ser humano independente que domina o ser animado.

O facto de ter dois planos (e claro duas narrativas), faz com que a consciência da mediação aumente. E, por outro lado, pelo facto de ser um vídeo que estamos a visionar através da internet, aumenta a hipermediação, isto porque nem sempre é possível que o vídeo vá carregando enquanto o vemos, por isso,  quando temos a necessidade de parar, esperar que carregue e retomar à visualisação temos consiência do meio, temos então a conciência do que está por detrás do mecanismo.

Durante todo o vídeo o segundo meio revela o primeiro, o que nos permite aferir a existência de algumas metáforas como : ‘a notícia como alimento’; ‘quando lemos estamos a comer, pois interiorizamos informação vinda do objecto de leitura, da mesma forma como quando comemos, ingerimos os nutrientes provenientes da comida’.

No final podemos ver a ironia do vídeo, pois é-nos revelado um terceiro plano, em que vemos que as mãos afinal fazem parte do mecanismo, assim, o boneco desenhado libertou-se dos velhos média, apenas para se aprisionar aos novos média.

Desta forma, penso que o objectivo deste pequeno vídeo é mostrar ao público a dependência que a sociedade tem na tecnologia, e serve para nos projectarmos  no ecrã e percebermos disso mesmo.

 

Sara Fernandes

“It seems our lives are digital”

Através do making-of do videoclip de “House of cards” (Radiohead) e compreendendo o risco e a dificuldade de produzir um videoclip sem câmaras ( “There are a lot of limitations (…) The limitation is the distance, just trying to work out distances from what we could scan. It really came down to trial and error (…) // you don’t actually see what you’ve scanned. I didn’t see anything for two weeks after we did it because the amount of data this thing collect was so massive. Just to process it it took them two weeks to get it into a visual state where I could see what we got. (…) It was just a really slow process.”, James Frost in Creativity), conseguimos perceber as inúmeras possibilidades de criatividade e originalidade que a tecnologia nos oferece. Aqui, a criatividade surge através da vida digitalmente criada: “Everything is data. (…) It seems our lives are digital”, afirma James Frost, o realizador do vídeo. Estas palavras reflectem-se não só no vídeo, mas também (de certa forma) na realidade actual.

O videoclip, tendo em conta que a imagem, apesar de obtida sem qualquer tipo de câmara, é uma reprodução do real, é um exemplo perfeito de vida digital, uma vez que tudo são dados, tudo faz parte de um qualquer programa informático. À medida que temos acesso aos diferentes planos (rosto de Thom Yorke, espaço exterior e espaço de festa) reconhecemos a entreajuda (se assim se pode chamar) entre o mundo real (uma vez que todos os movimentos, todos os espaços são “nossos”) e o mundo digital (de natureza numérica e abstracta). A complexidade do mundo que existe para além de todos os elementos matemáticos, assim como as “milhentas” possibilidades de combinação e manipulação que eles nos oferecem tornam-se inegáveis e a evolução e o seu uso permanente no que quer que seja (inclusive para produzir uma obra artística) é também indiscutível.

Por outro lado, e partindo daquilo que todos nós já concluímos, a nossa realidade é, cada vez mais uma base de dados, cada vez mais digital, cada vez mais sujeita a programas informáticos (“A substituição do átomo pelo bit, do físico pelo virtual, a um ritmo exponencial, vai converter o homo sapiens em homo digitalis”, José Terceiro).

Sandra Cardoso

Pintura Mural vs Pintura Digital

Em pleno século XXI, a tecnologia e a sua aceitação começou por um príncipio designado por World Wibe Web (www). A evolução foi acontecendo e os métodos de pesquisa foram-se desenvolvendo e inovando com o aparecimento dos motores de busca, dos blogs, dos chat’s, etc…

Ao fim destes anos todos de evolução, a tecnologia abrangiu tudo e todos. E se o ínicio e a admiração era tanta para a época, hoje em dia uma conversa com um amigo através de chat’s ou de serviços como o Messenger são banalizados e tornados acessíveis a todos os utilitários deste serviço mundial. Se este tipo de serviço é banalizado, é porque uma nova inovação foi surgindo. Visitas online a museus de cidades como Londres, Praga, Roma, Paris, e outras são possíveis hoje em dia a partir de um banco de jardim numa aldeia do interior de Portugal.

A evolução tecnológica nas artes foi-se desenrolando através de filmes de animação, de albuns de fotografias digitais, dos sites, da música, da pintura, das artes em geral.

O filme que aqui trago demonstra a perpectiva tecnológica usada para fazer uma limpeza de paredes de uma cidade, substituindo os tags e graffitis por um movimento digital criado artísticamente. Aqui a pintura é criada digitalmente em busca de uma moralidade que é tudo menos tecnológica.

 

 

 

 LUÍS ANDRÉ SÁ

House of Cards – Radiohead

400px-thom_yorke3O grupo radiohead, uma banda com 20anos, ao longo dos anos sempre tentou marcar pela diferença. O seu ultimo álbum ‘’In Rainbow’’ foi lançado por meio de download digital, como meio de aumentar as receitas do álbum. As pessoas podiam escolher o que comprar e a quanto pagar, assim no primeiro dia de lançamento ‘’in Rainbows’’ tenham atingido a marca de 1,2 milhões de downloads.


O vídeo clipe House of Cards foi o 3º single do CD, foi feito recorrendo a 64 lazeres e luzes estruturadas, portanto sem câmara, são usados vários filtros a fim de obter efeitos na imagem. O vídeo e constituído de três planos: no primeiro o vocalista, onde vemos a utilização dos vários filtros na imagem; o segundo, onde nos é apresentado algumas vistas urbanas; e o terceiro plano, o da festa, a utilização de filtros aqui também é notória.

house-of-cards

Se por um lado este vídeo apela a vida urbana por outra mostra-nos a convergência entre o meio digital e o vídeo. A era digital tornou-se transparente, a coerência geral, e a maneira como o nosso cérebro funciona faz com que estejamos, pré-dispostos a entender tudo como uma narrativa que associa factos. Assim a socialização com o mundo actual, ajuda a era digital a desenvolver-se.

Sandra Teixeira

As repercussões das imagens

Todos os dias somos permanentemente bombeados com imagens de corpos perfeitos, que são torturas em cabeças de adolescentes como alvo principal. Estas começam a sonhar com algo que não têm, como gostariam de ser, e como querem ser. As ideias começam a tornar-se a cada dia mais fixas! E é na internet que se idealizam muitas das vezes, através de fotos de túrtulia cor-de-rosa, em que as fotos aparecem abusadamente trabalhadas a photoshop. Contudo, também se deparam com estas ilusões na rua, numa revista, na televisão. Em todo o lado isto está espalhado, é impossivel evitar. Uma simples fotografia à una anos não passava do que lá estava, do que era captado na hora, podemos dizer que era como que um momento real. Hoje as tecnologias digitais vieram revolucionar esse conceito, que foi aquele que apareceu e fez magia na época, e agora parece que se perdeu toda a mística que havia. O acto de fotografar continua a ser um momento real como lhe chamei em cima, mas este pode ser manipulado de diversas maneiras e formas, a tornar mais agradavél o produto final consoante o objectivo desse. Agora fazem-se montagens, modificam-se corpos, acrescenta-se elementos, adapta-se a luminosidade…  tudo é possível! Estes avanços vieram favorecer todas as mentes que sabem usar o meio, mas vieram prejudicar aqueles que se deixam influenciar sem dó nem piedade. Como se fossem escravos da perfeição!

http://www.youtube.com/watch?v=OdZfkLEP5tg

Diana Reis

(i)Realidade Digital

A propósito das considerações de uma das aulas sobre a realidade e a crença instalada nos media, e na utilização inovadora dos recursos digitais no videoclip House of Cards do grupo Radiohead, gostaria de dar um exemplo de como nos pode ser transmitida uma notícia falsa do mesmo modo como nos é apresentada um notícia verdadeira.

No vídeo em baixo pode ver-se uma peça produzida por uma das maiores e mais prestigiadas companhias de informação: a BBC. Nela constata-se a descoberta e a documentação de que os pinguins podem voar…

De facto, somos levados a acreditar em tal logro devido à seriedade com que a peça é apresentada, ao emprego dos mecanismos de produção de coerência aliados à falta de informação específica sobre o tema tratado, e portanto, somos facilmente “enganados”. Por outro lado, só recorrendo aos meios digitais é que é possivel construir a verdade de tal mentira.

Ao observarmos o making of podemos ter uma ideia do que acima expus.

Portanto, através do making of passamos a saber que tudo isto não é mais do que uma piada do Fool’s Day/ 1º de Abril, levada a cabo pela British Broadcasting Corporation (bem como muitas outras agências noticiosas), e que de facto os pinguins não voam e tampouco o apresentador se encontrava no local sugerido pela peça, mas sim num estudio previamente preparado para o efeito.

Concluindo, este tipo de brincadeiras do 1º de Abril demonsta-nos como é facil e possivel manipular-se a informação e levar-nos a acreditar em algo de completamente descabido e inusitado. Tal como é dito no início do making of : “In the world of special effect everything’s possible…” . Com efeito, somos desde a mais tenra idade  predispostos a aceitar o que os Media nos dizem como a verdade e, diga-se de passagem, que existe uma verdade visual  na peça que acaba por ser uma mentira.Ou seja, os pinguins não podem voar, porém, por momentos fui levado a crer o contrário uma vez que a informação que recebi foi devidamente manipulada e construida.

Agora, a questão que eu levanto é a seguinte: quantas “partidas do 1º de Abril” é que nos pregam ao longo do ano inteiro?

Saudações Académicas

André Rui “I saw it on tv” Graça.


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