A moda do Facebook

 

  A internet introduziu uma nova dinâmica nas relações sociais, o carácter presencial deixou de ser obrigatório para conhecer alguém e levar a cabo uma conversa sobre qualquer tema. Os chats on-line e o aparecimento do, outrora famoso, mIRC veio afirmar esta nova tendência de criar laços através de um ecrã, um teclado e uma ligação à internet. Mais recentemente, depois do IRC ter passado de moda e a maioria dos seus utilizadores terem abandonado este universo paralelo, as redes sociais como o hi5 e, mais recentemente, o facebook e o twitter vieram revolucionar por completo esta dinâmica das relações sociais.

 Actualmente o facebook é o grande mestre da alienação dos internautas. Já se registaram casos, como na Câmara Municipal de Coimbra, em que o acesso a esta rede social foi vedado aos trabalhadores, visto que perturbava o bom funcionamento da autarquia. O fanatismo tem sido tanto que já começaram a surgir em alguns países clínicas especializadas para tratar este ““Facebook Addiction Disorder”, caracteziado por sintomas semelhantes aos apresentados pelos viciados em substâncias como a nicotina, álcool ou comprimidos.

 Através desta rede social, para além das funcionalidades habituais de aplicações de jogos (neste campo destaca-se o Farmville, que já se tornou uma religião para grande parte dos utilizadores registados) e chat incorporado, é também possível fazer quizz’s (desde a cultura cinematográfica, aos típicos questionários das revistas juvenis), publicidade, divulgar eventos e até mesmo organizar movimentos de manifestações. Constituído por vários grupos e caracterizado pela típica expressão do “gosto disto” (o famoso botão do “gosto” que acompanha todas as publicações do facebook), esta rede social gera um espaço de discussão permitido pelos comentários. Há quem chegue mais longe e afirme que este site apresenta enormes potencialidades a nível da informação, visto que funciona como um. O utilizador escolhe os meios de comunicação que (jornais, rádio, televisão) que “gosta” e recebe no seu perfil notícias seleccionadas pelos sites que escolhe.

 Se por um lado o facebook apresenta um leque de várias opções e funcionalidades, por outro lado, na área da segurança e do respeito pela privacidade dos utilizadores deixa muito a desejar. Este é um factor que tem vindo a gerar uma grande controvérsia em torno desta rede social, chegando a existir sob a forma de um “Quit” oficial, um movimento contra a utilização do facebook, onde foi pedido a todos os utilizadores que abandonassem esta rede.

 Apesar da polémica e das tentativas sucessivas de boicote e descrédito, o facebook continua a somar fãs e, actualmente, conta com cerca de 519,1 milhões de utilizadores.

 Até mudar a moda, este autêntico mundo virtual, é tema de conversa diário e, como seria de esperar, de paródia.

Sara Queirós


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